Capítulo 30

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Em uma bela tarde de sexta-feira Anahí ajeitava as ultimas coisas no quarto dos gêmeos quando sentiu uma pontada no pé da barriga. Aquilo para ela era normal, já que durante a gravidez de Manuela e Sophia sentia também quando estava nos últimos dias.

Os bebês poderiam nascer a qualquer momento, faria uma cessaria. Esperaria a bolsa romper, e se num prazo que seu medico havia dado não rompesse, ai sim marcaria uma data para o procedimento cirúrgico. Anahí ignorou a dor e foi conferir a bolsa dos bebês. Havia arrumado uma para cada um. Quando terminou sentiu outra fisgada, dessa vez mais forte. Levou a mão até o local onde sentiu a dor e veio outra pontada. Um liquido escorreu por suas pernas e ela sentiu os olhos marearem.

Se desesperou e pegou o celular em mãos. Estava sozinha em casa e por estar a ponto de dar a luz a qualquer momento não desgrudava do celular. Discou rapidamente um numero e o telefone chamou, chamou e ninguém atendeu. O desespero aumentou. Discou outra vez, chamou três vezes até alguém atender.

Anahí: Vem aqui, por favor... Eu... A bolsa estourou – falou chorando.

Xxx: Calma, eu já chego aí. Não se mexe, senta e tenta se acalmar. – disparou nervoso.

Ela desligou o telefone, caminhou até o sofá de amamentação e fechou os olhos, implorando para que não acontecesse nada aos gêmeos, e que ele chegasse ali rápido.

Em menos de dez minutos José estava ao lado de Anahí, ajudando ela a ir até o carro.

Anahí: Liga pra minha mãe, pro papai e...

José: Primeiro vamos ao hospital princesa, depois eu ligo. – falou tentando a acalmar – Nossos filhos querem vir ao mundo, primeiro eles ok? – Anahí assentiu.

No hospital Anahí foi encaminhada para o pré-operatório, para preparar-se. Nesse meio tempo José ligou para Alice e Ricardo, Dulce e Pablo e para os próprios pais. Andava de um lado para o outro, nervoso. Lembrou-se do dia em que esteve ali quando Sophia nasceu. Estava tão nervoso como naquele dia.

Uma enfermeira se aproximou informando de que Anahí havia ido ao centro cirúrgico e que se ele quisesse assistir ao parto teria que ir se trocar. Imediatamente seguiu a enfermeira. Não perderia a oportunidade de ver os filhos nascerem.

Quando entrou no centro cirúrgico, parou ao lado de Anahí e segurou sua mão. Ela já estava anestesiada, apenas aguardando que o médico iniciasse a cessaria.

Anahí: Obrigada por estar aqui – sorriu para ele com lágrimas nos olhos.

José: Nunca te deixaria sozinha nesse momento princesa – beijou-lhe a testa – Daqui a pouco teremos dois pedacinhos que vão tirar o nosso sono em nossos braços – falou emocionado e Anahí assentiu.

Quinze minutos depois o médico puxou o primeiro bebê: Arthur que logo abriu o bocão, mostrando a força dos pulmões. Dois minutos depois foi a vez de Júlia abrir o bocão. A enfermeira trouxe os gêmeos para próximo dos pais. Anahí e José emocionados, beijavam os filhos.

Anahí chorou mais quando a enfermeira levou os dois para que fossem feto os procedimentos de limpeza, pesagem e outros.

No quarto Anahí estava chorosa, queria ver os filhos outra vez. José e os demais que estavam com ela tentavam acalma-la. Foi então que no quarto entraram duas enfermeiras, uma com um embrulho azul e a outra com um rosa. Anahí abriu um largo sorriso.

Xxx: Olha quem veio ver a mamãe! – se aproximou de Anahí e lhe entregou Júlia. José pegou Arthur e sentou na cama ao lado de Anahí.

Anahí: São lindos... Obrigada! – agradeceu a José emocionada.

José: Eu que te agradeço por esse privilégio... Você me deu o maior e melhor presente do mundo. Quatro filhos maravilhosos... – falou também emocionado.

Anahí: Eles não abrem os olhos – falou fazendo um biquinho.

Alice: Ainda duvida de que cor eles serão? – indagou com um sorriso. Anahí aumentou o bico nos lábios.

Ricardo: A curiosidade dela é se são azuis como os dela ou os de José, não é isso filha? – Anahí assentiu feliz.

Dulce: E porque essa frescura toda? Eles são lindos e saudáveis! – disse se aproximando, pegando Arthur do colo de José. – Ei coisinha linda da titia! Abre o olhinho, dá um sorriso banguela pra sua tia mais linda?

Anahí: Ué não é frescura querer ver a cor dos olhos Dul? – perguntou a fitando com os olhos estreitos. Dulce deu a língua para a irmã.

Ali no quarto todos dispararam a rir. Manuela e Sophia entraram acompanhadas de Guilherme. Inicialmente as duas ficaram com ciúmes, mas depois já se soltaram e queriam pegar os gêmeos, disputando entre elas quem cuidaria de quem.

Anahí sabia que ajuda para cuidar dos bebês não faltaria. José tinha se prontificado a pagar uma babá para auxiliar Anahí. Ela se negou, mas ele insistiu. No fim acabou cedendo porque a mãe interviu dizendo que seria necessário para que ela pudesse descansar também.

Alfonso não apareceu para conhecer os gêmeos. Dulce havia ligado avisando a ele, mas preferiu ficar por casa. Da ultima vez Anahí havia o tratado com frieza e pedido um tempo e ele respeitaria. Deixaria para conhecer os futuros enteados mais tarde. Não estava preparado para ver com os próprios olhos José a cercando por todos os lados. 

Empezar Desde Cero (Mini)Onde histórias criam vida. Descubra agora