Dulce estava sentada na sala brincando com o pequeno João Pedro quando recebeu a ligação de Fátima. Não demorou mais do que três horas e ela chegou a casa de Alfonso e Anahí. Manuela assim que viu a madrinha correu abraça-la.
Manuela: Eu quero a mamãe dinda! – pediu chorosa.
Dulce: Agora você não pode ficar com ela Manu! – colocou o filho sentadinho no chão que saiu caminhando pela sala. Sophia se aproximou dela.
Sophia: A mamãe está dodói?
Dulce: Sim meu anjo, por isso vocês não podem ficar com ela agora.
Manuela: Eu quero ficar com o papai... Liga pra ele dinda... – disparou chorosa.
Dulce: Você sabe se o Alfonso ligou pra mãe da Any? – Fátima negou. Dulce se levantou e pegou o telefone sem fio, discando os números. – Tia Alice? É a Dulce. – pausa – Estou bem e a senhora? – pausa – Prometo que assim que der vou visita-la, mas agora não liguei pra isso... Any passou mal, foi pro hospital – pausa – tia eu não sei, Alfonso foi com ela – pausa – vem tia, Any precisa de você – pausa – vamos torcer pra que nada aconteça com o bebê tia – pausa – avise o José, por favor – despediu-se e desligou.
***
Alice desligou o telefone tremendo e já iniciando um choro. Se alguma coisa acontecesse com os bebês Anahí morreria. Correu até o escritório onde o marido estava e imediatamente os dois pegaram a estrada para estar com a filha. Iriam até o aeroporto, assim chegariam mais rápido.
Antes de sair da cidade passaram na academia de José. Preferiram contar a ele pessoalmente o ocorrido.
José: Alice! Ricardo! – sorriu os cumprimentando – a que devo a honra? – fez sinal para que eles se sentassem.
Alice: Não temos tempo José. Temos que ser rápidos e você precisa vir conosco! – falou nervosa. Estava preocupada com Anahí e os gêmeos.
José: Ir para onde? – perguntou se levantando.
Ricardo: Any teve uma ameaça de aborto – explicou e José caiu sentado na cadeira – não temos noticias, Dulce acabou de ligar informando...
José ficou branco feito um papel. Isso não poderia estar acontecendo. Ontem soube que seria pai e agora poderia ser privado disso? Num impulso se levantou, pegando a carteira que estava sobre a mesa.
José: Precisamos ir pro aeroporto – falou com a voz embargada. Tentou segurar as lágrimas. Teria que ser forte se caso acontecesse o pior.
Os três partiram para o aeroporto. Ricardo foi dirigindo até lá. Dos três ele era o que mais estava calmo, que conseguiu se manter calmo. Desespero não ajudaria em nada, José estava uma pilha, não falava, seu olhar era vago. Era como se não estivesse ali, apenas seu corpo estava ali, mas ele estava longe.
***
Alfonso estava nervoso na sala de espera. Ruth havia chego e estava com ele.
Ruth: Calma filho! Ela vai ficar bem e o bebê também...
Alfonso: Esse filho não é meu mamãe – revelou – se perder não fará falta! – falou friamente.
Ruth: Não diga isso Alfonso! Sendo ou não seu filho é apenas uma criança! Não tem culpa dos teus erros ou dos de Anahí! – repreendeu.
Alfonso: Exatamente o que essa criança é! Um erro! E o erro precisa ser deletado! – respondeu duramente.
Ruth balançou a cabeça negativamente. Não entendia como o filho podia ser tão frio. Estava com ciúmes, mas nada justificaria o desejo que ele tinha que a criança morresse. Ela tinha a certeza de que o bebê e Anahí ficariam bem. Alfonso teria que aprender a conviver com o filho de outro se realmente amasse Anahí. Essa seria uma forma dele provar que realmente a ama. Ruth já estava em duvidas se aquilo que Alfonso sentia era realmente amor, ou se era uma espécie de possessividade.
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Empezar Desde Cero (Mini)
FanficSerá que fotos dizem mais do que palavras? Alfonso recebeu fotos comprometedoras de Anahí. Possuído por uma ira incontrolável e cego de ciúmes expulsou-a de casa, duvidando de sua fidelidade e de seu amor. Anahí saiu do apartamento com o coração d...