Capítulo 26

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Alfonso: Depois da sua festa de aniversário... nós discutimos, eu bebi, encontrei a Claudia e aconteceu...

Anahí: Você me traiu no dia do meu aniversário? – questionou incrédula.

Alfonso: Eu estava bêbado e... – tentou se justificar.

Anahí: Não coloque a culpa na bebida pelos seus atos Alfonso! – disparou irritada.

Alfonso: Você estava um porre aquele dia... – se defendeu.

Anahí: A culpa na bebida não colou e agora vem dizer que a culpa é minha? – riu sarcástica – eu estava grávida Alfonso, com os nervos a flor da pele. Eu não queria comemorar, você insistiu com aquela festa surpresa, se esfregou na sua priminha, encheu a cara, me chamou de neurótica, insuportável... e queria que eu estivesse calma?

Alfonso: Eu cometi muitos erros Any e...

Anahí: E um deles foi se deitar com uma vagabunda? – perguntou e cruzou os braços.

Claudia: Vagabunda é a mãe! – gritou se aproximando de Anahí.

Anahí: E o que você é meu bem? – empinou o nariz. Alfonso sabia que a coisa ia ficar feia. – vai pra cama com um homem casado, pra mim é vagabunda! – disparou um olhar desafiador para Claudia.

Claudia: Acho que estamos no mesmo nível não é mesmo? Você também foi pra cama de outro.

Anahí: A diferença é que eu não estava mais com Alfonso! – respondeu ríspida.

Claudia: Mas continua casada com ele! – retrucou.

Alfonso: Any, Claudia, por favor!

Anahí: Por favor, digo eu Alfonso! Sabe o que você faz? – lançou um olhar gélido pra ele – aprecie o seu jantar – apontou pra Claudia. – faça bom proveito dele querida! – falou irônica – pode ficar com os restos – deu de ombros – é isso que vagabundas pegam... os restos não é mesmo? – Claudia se irritou e avançou em cima de Anahí. Alfonso se pôs entre as duas.

Alfonso: JÁ CHEGA! – gritou, virou-se para Claudia – Claudia pegue o Lucca e vá pra casa, amanhã te procuro – olhou para Anahí – você suba, precisamos terminar essa conversar.

Anahí: Não temos mais nada o que conversar. Só me diga uma coisa Alfonso... quantas vezes? – Alfonso ficou calado e abaixou o olhar.

Claudia: Nunca achou estranho seu marido sumir e voltar tarde pra casa? – zombou. Anahí sentiu seu sangue ferver. Não fora apenas uma vez, foram várias. E depois ele vinha deitar do seu lado. Olhou para Alfonso deixando as lágrimas caírem.

Alfonso: Any...

Anahí: Não me toca, fica longe de mim! – gritou e subiu as escadas correndo, tremendo de raiva. Estava nervosa e tudo a sua volta parecia girar.

Entrou no quarto das filhas tremendo, Fátima se assustou ao vê-la pálida. Anahí deu dois passos depois que entrou na porta e caiu desmaiada. Manuela e Sophia disparam a chorar.

Fátima gritou por Alfonso que subiu as escadas correndo, seguido por Claudia. Ao ver Anahí no chão ele entrou em desespero e começou a chorar. A abraçou, apertando o corpo dela contra o seu.

Fátima: Alfonso, temos que ligar pra ambulância... ela está sangrando... – Alfonso viu uma mancha de sangue entre as pernas de Anahí e seu coração apertou.

Ele não queria que ela tivesse aquele bebê, mas ela nunca o perdoaria se permitisse que acontecesse algo com a criança. Tirou o celular do bolso e discou os números. Em menos de dez minutos a ambulância chegou na frente da residência. Manuela e Sophia estavam chorando muito. Alfonso pediu que Fátima avisasse Dulce e olhasse as meninas. Entrou na ambulância com Anahí e segurou uma das mãos dela.

Alfonso: Vai ficar tudo bem meu amor – beijou a mão de Anahí, apertando com força – Nós teremos outros filhos, esse não fará falta – falou em meio a lágrimas. A enfermeira ergueu o olhar para Alfonso.

Enfermeira: Não sabemos se ela perdeu o bebê, estou contendo a hemorragia senhor...

Alfonso: Esse filho não é meu... não o quero... – falou sem olhar para a enfermeira.

Ela apenas balançou a cabeça horrorizada com as palavras dele.

Empezar Desde Cero (Mini)Onde histórias criam vida. Descubra agora