Capítulo 1

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Oi meninas, tudo bem?

Então, o primeiro capítulo é para vocês sentirem... A história teve sim MUITAS mudanças! E eu tenho que confessar que estou amando. Estou me encontrando com os personagens, com as lutas que estão por vir. Com tudo! É algo mais "real" e o melhor de tudo, se passa no Brasil/Nova York.

Estão prontas para o nosso Khal e Camille?

Espero que sim!








Capítulo 1

- Camille, você pode fechar a loja hoje?

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- Camille, você pode fechar a loja hoje?

- Sim, pode ir tranqüila. – Olhei para Annalise, a dona da livraria a qual eu trabalhava há três anos e tinha me acolhido como uma filha. Unir meu amor pelos livros e ao local de trabalho, tinha sido algo perfeito.

Depois de longos anos vagando pelas ruas, vendo o quanto as pessoas poderiam ser cruéis, o quanto a solidão pode te machucar, as noites frias, a fome. Tudo isso são péssimas recordações que eu guardo dos anos em que estive por conta própria junto com a Sol desde que a Mama partiu para um lugar melhor.

Desde que eu me entendi por gente, sempre estive morando na rua. Tinha vagas lembranças de como era minha vida quando pequena. Lembro de várias pessoas andando ao meu redor, sujas, como se fossem zumbis. Sempre que o medo vinha ao meu redor, lembrava do que a mamãe me falava, segurando fortemente Sol em meus braços.

"Nunca temer. Ser corajosa..."

Mamãe muitas vezes me abraçava, me dizia que tudo aquilo iria passar. E era nisso que eu me apegava a cada dia. Até que de fato passou. E foi quando a Mama partiu e fui para um lugar "melhor".

Apesar de tudo que eu havia passado, deveria ser grata. Feliz por ter chegado onde estou hoje. Como dizem por aí, não há mal que não venha para um bem.

Estava terminando de limpar os livros quando ouvi o sino da porta de entrada da livraria tocar. Arqueando-me um pouco entre as estantes para ver se enxergava quem tinha chegado, mas não obtive nenhum sucesso. Larguei o paninho entre os livros que faltavam e fui caminhando em direção ao balcão, para dá ciência ao visitante que havia alguém presente na loja.

                Quando estava finalmente chegando ao balcão. Só obtive um vislumbre de um homem alto, embalado em um terno adentrando pelas estantes. O terno, pouco comum entre os visitantes da livraria. O que me fez chamar atenção.

                Olhei para o balcão e notei alguns livros, peguei e tratei de colocar nas estantes o qual pertencem.

                - A proprietária do estabelecimento, ela está?

                Olhei para o final do corredor, buscando o dono da voz que preenchia todo o ambiente e que tinha a minha total atenção nesse exato momento, além da dificuldade em falar o português.

Com toda certeza, posso afirmar que o homem que estava a minha frente não era nada ao que estava acostumada a ver. A começar pela grande estatura, o rosto marcante, os olhos verdes delineados por um sobrancelha grossa, os cabelos que chegavam a altura do pescoço me fazia querer saber qual seria a sensação de ter ele entre os meus dedos.

                - Não... Annalise, teve que sair. Mas há algo que eu possa fazer?

                - Não. – Ele olhou para as estantes e fechou o botão do terno. Se virando e saindo em direção a porta de entrada como se mais nada importasse.

                O que será que um homem como aquele. Um estrangeiro, iria querer com Annalise?

                 Era perceptível que ele estava em terra distante. O que me fazia ficar com uma pulga atrás da orelha, sobre quais seriam as suas reais intenções ao vir ao nosso refúgio.

                A nossa livraria era uma das mais antigas de São Paulo, muitos clientes costumavam dizer que aqui era um tesouro perdido. Mas eu costumo a pensar que aqui não é apenas isso, aqui é o lugar onde podemos encontrar tantas histórias, conhecer tantas pessoas, viajar pelo mundo todo, sem sequer sairmos da nossa cadeira. As pessoas subestimam o poder de um livro.

Alguns tratam a leitura como algo banal mas se soubessem a real magia que há dentro deles, poderiam sentir o que eu sinto onde apesar de haver alguns momentos de solidão, quando inicio a leitura de um livro, permito que os personagens se tornem meus companheiros, permito que eles me contem a sua história. Nos tornamos bons amigos. E como todo amigo deve ser presente em todos os momentos.

Eu aprendo com eles. Aprendo como a vida pode te surpreender, seja ela de um jeito bom ou mal, onde algumas vezes poderá se ter pitadas de egoísmo, as pessoas poderão te decepcionar. Mas o que prevalece, é o amor. Em todas as histórias essa é a maior prova que existe, o amor pode mudar tudo.

E era isso que eu esperava ansiosamente por viver.

KhalOnde histórias criam vida. Descubra agora