Capítulo 9

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Olá meninas e meninos! Tudo bem com vocês? A minha surpresa de Carnaval está aqui! O capítulo de hoje é simples... Mas acho que é algo essencial para o desenvolvimento da história! Quero saber o que vocês estão achando até agora. Me digam! Amo a participação de vocês.

Bom resto de semana! 


Beijo!

Beijo!

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Capítulo 9

- Camille, a gente pode ir a praia amanhã?

- Sabe que eu acho que poderia ser uma excelente idéia? Vamos ver se Annelise vai querer ir conosco. – Sorri e alisei seus cabelos, ela sempre ficava nas mesinhas enquanto eu estava trabalhando, pintando ou lendo alguma coisa. Não tinha do que reclamar, a minha irmã era um verdadeiro anjo. Nunca dava problemas, se esforçava na escola. O que já ajudava bastante em meio a tantas preocupações que era criar uma criança. Era difícil as vezes lidar com a responsabilidade de criar uma criança.

Ouvi o sino tocar, alertando que alguém tinha chegado na livraria. Era comum no dia de hoje o movimento ser grande. Por ser uma livraria antiga, as pessoas já tinha conhecimento que Annalise sempre teria uma grande quantidade de novidades, como também de coisas antigas.

Estava terminando de fazer uma tapioca para Annalise, se deixasse ela passaria o dia sem comer. Quando ela começava a organizar as estantes, perdia sempre a noção do tempo. Coloquei em um prato e toquei o sino. Ela sempre assim que eu a alertava que seu lanche estava pronto.

Andando pela livraria, cumprimentava alguns clientes, perguntando se alguns dele precisavam de ajuda. Quando finalmente o vi parado, era impossível não notar Alex, a começar pela sua estatura. Fiquei ali, parada o encarando, enquanto ele segurava um livro nas mãos, queria saber o que seria de tão interessante para chamar a sua atenção. Percebendo a minha presença, ele fechou o livro, pude então ver do que se tratava, um livro de fotografias.

- Oi. – O sotaque carregado, a voz rouca.

- Oi... Precisa de ajuda?

- Na verdade... Eu estava procurando algo diferente, sem algo certo.

- Entendo... – Balancei a cabeça, rindo. – Mas fica difícil te ajudar sem saber o que realmente quer. Tem alguma idéia?

- Não. – Ele caiu na risada, olhei para seu rosto. Era totalmente o oposto do Alex que tinha encontrado todas as vezes. Era como se algo tivesse mudado.

- Então, o que eu posso dizer é que você fique a vontade para olhar algo que chamar a sua atenção. Se precisar de ajuda... Me chama.

- Camille, espera. Eu... – Olhava para Alex, passando as mãos no meu avental. Não sabia ao certo o que sentia quando estava perto dele, era algo misturado com nervosismo, ansiedade. – Me desculpe, por meu comportamento antes, certo? Eu tenho andado estressado com algumas coisas, a pressão do trabalho principalmente. Mas isso não deve ser motivo para eu descontar. Eu gostaria de verdade de poder mudar o que aconteceu naquele dia na pizzaria.

- Alex, eu realmente odiei o que você fez na pizzaria aquele dia. Você foi grosseiro, não só aquela vez. Teve outros episódios que realmente me incomodaram. Mas... Se você está realmente disposto a um novo começo. Por que não?

- Eu aprecio isso... – Ele estendeu a mão, como se tivéssemos selando um acordo de paz. Claro que eu não poderia deixar de pegar a sua mão, mas o que eu não estava preparada era a sensação que iria me dominar quando a minha pele entrou em contato com a sua.

Puxei instantaneamente. Ele ainda olhava para a minha mão... Era como se ele tivesse sentido também. Mordi o meu lábio inferior, nervosa com toda a situação e o silêncio constrangedor.

- Você pode me mostrar a livraria? Se não tiver ocupada claro. – Ele passava as mãos pelo cabelo.

- Claro! Vamos! Faço questão.

Levei Alex ao primeiro andar, onde era uma boa área, era lá que guardávamos as boas partes dos romances atuais. E eu tinha conseguido que Annalise me desse um pouco de liberdade para deixar uma área mais a vontade para os leitores, em que eles pudessem se sentar e ter um pouco de momentos a sós com os livros, lendo um pouco as obras.

Mostrava a Alex com um imenso orgulho, pois eu mesma tinha pintado algumas cadeiras que tinha comprado de segunda mão. O cantinho, era bem aconchegante localizado no meio do primeiro andar, só tinha uma pessoa sentada em uma das confortáveis poltronas, a maioria dos clientes estavam no andar debaixo onde estava a parte do sebo e livros universitários.

- Você que pintou as cadeiras? Como você faz isso?

- Simples, um pincel, lixa... E você tem algo novo! Quando se tem um orçamento apertado é assim que se faz. – Sorri, olhando para a sua cara. Ele encarava a cadeira como se fosse algo excepcional. Se ele soubesse o tanto de coisas que eu tenho que fazer reinventar, ele iria ficar impressionado.

- Engraçadinha, eu sei que é assim... Mas as vezes não aparenta ser tão simples.

- Nada que um bom tutorial não ajude. Hoje em dia, a internet ajuda. Vem, vou te mostrar a parte lá embaixo e o jardim. – Eu estava ansiosa, o jardim era uma das partes que eu mais gostava, era onde eu, Annalise e Sol trabalhávamos no domingo. Era nosso projeto único. Era algo que víamos brotar e evoluir, sendo regado de cuidados e principalmente de amor. Pois foi isso que eu e Sol tínhamos achado desde o começo quando Annalise nos abrigou, nos deu um lar. E por isso e todas as outras coisas eu iria ser extremamente grata.

Quando chegamos a área da lanchonete. Ouvi Sol chamar Alex, ele se abaixou imediatamente, a chamando com um sorriso no rosto. Era impossível não se emocionar com o afeto que ela tinha criado por Alex, era uma verdadeira incógnita para mim. Parecia até que eles tinham sido ligados em outra vida.

- Vem, eu quero te mostrar minha casa.

- Sol! Não! Alex não quer conhecer, ele daqui a pouco tem que ir embora. – A idéia de ter ele dentro da minha casa, me apavorava, sabia que ele deveria ter um certo status, isto era claro pelos repórteres aquele dia na pizzaria.

- Na verdade, eu quero sim. Quero conhecer tudo que você quiser Sol... – O olhei, estreitei meu olhar, balançando minha cabeça quando via o sorriso brotar no rosto dele. Se antes achava impossível ele ficar mais bonito. A prova contrária era quando ele tinha aberto o sorriso, pegando a mão de Sol e deixando-se ser guiado por ela.


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