Capítulo 16

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Oi meninas! Mais uma segunda e eu trago o nosso capítulo da semana! Gostaria de pedir a vocês que comentassem e caso gostem, coloquem a estrelinha! Isso é extremamente importante para mim!


O que vocês tem achado da reviravolta da história até agora?


Boa semana!


Beijos!


Capítulo 16


Khal


8 meses de gravidez de Sarai.

4 meses que não via Camille.

Penitência por não tê-la.

Felicidade por haver um bebê a caminho.

Por qual motivo eu estava tão mau humorado quando havia tanto motivos para me alegrar?

Parecia que desde que eu tinha recebido a notícia de que seria pai, meu mundo havia mudado ao invés de melhor para pior. Eu desejava algo há muito tempo atrás e agora que o tinha não sabia se era isso mesmo que eu queria.

Estava deitado na cama olhando para o teto, respirava fundo. Mais uma maldita noite que eu havia sonhado com ela, seus cabelos soltos ao vento, estávamos em uma praia no litoral de São Paulo. Ela me olhava e sorria passando a mão pelo meu rosto e eu me sentia cheio... Cheio de uma alegria e paz que era impossível de escrever.

Quando eu tentava tocá-la ela simplesmente sumia e eu acordava, frustado. E com uma sensação de sufoco. Desejava no fundo do meu coração que eu... Me sentei na cama. Sai do quarto, tentando sair de perto da minha mulher.

Agora, Sarai era a minha mulher.

Sim, depois que ela me disse sobre a gravidez eu sabia que devia assumir meu dever de homem e casar com ela. Eu iria instituir minha família, iria ser um pai exemplar, como deveria ser. Imaginava o quanto a vovó Mary iria amar tudo isso.

Descendo as escadas e indo em direção a cozinha, peguei meu celular e abri o aplicativo do Google. Pode me julgar o quanto for mas estar longe não quer dizer que eu iria deixá-la ir tão facilmente, era uma mania que eu tinha de pesquisar sobre ela e do mesmo jeito de antes eu continuava sem uma resposta.

Pelo visto ela ainda continuava a mesma, odiando redes sociais e mantendo-se invisível para o resto do mundo. Mas uma coisa apareceu hoje, para minha sorte. Era o nome de Camille Borges da Silva em um resultado de vestibular. Cliquei no link com certa urgência de saber o que ela iria cursar.
Quando a página abriu, meu coração disparou. Comecei a rir, imaginando o quão idiota eu parecia, estar nervoso apenas por ver o nome da mulher que mexeu com os meus pensamentos e me fez rever sobre o conceito que eu havia montado sobre a vida. Foi por causa dela que eu comecei a ver a importância da família e desejei ter uma.

Por pura ironia do destino isso havia acontecido...

Camille havia passado para uma universidade particular, fiquei imaginando como ela iria conseguir dar conta de pagar. Sabia que ela não tinha recursos suficientes para isso... E eu sabia que poderia ajudá-la de algum modo.

Mandei uma mensagem para Daniel falando que eu iria precisar de sua ajuda para resolver algo no Brasil. Sarai nessa reta final da gravidez fazia questão que eu sempre tivesse em casa com medo de que eu perdesse o nascimento da nossa filha. O tempo todo ela exigiria que eu trouxesse pessoas com produtos para que ela pudesse montar o enxoval, a casa sempre estava cheia e eu já imaginava o quanto isso tudo iria me custar.

Ela tinha se tornado cada vez mais exigente. Se eu não cedesse os seus caprichos poderia ter certeza que iríamos ter um discussão sobre eu desvalorizar o seu amor, desvalorizar os seus sentimentos e todo o sacrifício que ela estava fazendo por mim.

Havia sido estabelecido uma rotina dela falar sobre os estragos que essa gravidez estava fazendo na sua carreira, no seu corpo e na sua vida. Ela agora iria ter que interromper tudo que ela havia programado para si para se tornar uma dona de casa.

Era irritante e triste de ver como a mulher que eu estava iniciando uma nova fase da minha vida via isso como um fardo. A vontade de largar tudo e sair dessa casa as vezes batia forte, mas eu tentava repetir para mim mesmo que isso poderia ser por conta dos hormônios da gravidez e respirava fundo.

Senti meu celular vibrar e vi que Daniel havia respondido perguntando o que seria necessário.

Expliquei brevemente o que eu queria que ele fizesse, queria ajudar Camille, sabia que ela poderia ter um grande futuro. Imaginava ela como advogada, tinha certeza que ela seria uma excelente, a sua arte em me contraria e rebater todas as minhas afirmações já demonstravam o quanto ela era time em suas decisões.

Se eu pudesse ajudá-la, era exatamente isso que eu iria fazer.


KhalOnde histórias criam vida. Descubra agora