Tatuagens.
Corpo definido.
Possessivo.
Charmoso.
E odioso.
Camille, uma amante da leitura. Sonhando como todas, com um belo romance. Até que o destino trata de dá o seu. Admiradora dos romances antigos, de época. Ela nem imagina o quanto u...
Oi meninas, tudo bem com vocês? Olha só... Vai ser só um capítulo por semana. Mas hoje recebi uma notícia maravilhosa! Passei no Exame da Ordem. E resolvi dá esse presente a vocês! Me digam o que acham no fim?
Beijos!
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Khal, nós precisamos de autorização do Governo para derrubar todos os prédios para podermos construir os novos prédios, tendo em vista que eles se tratam de prédios históricos. O que faz com que as coisas demorem um pouco mais.
- Eu fui visitar um dos comerciantes ontem. A vovó havia falado de um deles, sobre a época em que esteve aqui quando adolescente. Sobre uma livraria que muitas vezes se tornou seu refúgio quando o meu bisavô estava emergido no trabalho. É tudo velho, um monte de tralha. Não sei porque o povo trata aquilo como patrimônio histórico quando tudo está caindo aos pedaços Daniel.
- Por favor Khal, eu sei a sua sede de crescer. Mas... – Antes que Daniel pudesse terminar a sua fala. O telefone da sala de reuniões tocou. Enquanto ele tentava resolver o que estava deixando ele a flor da pele pelo visto, fui até a parede de vidro da sala de reuniões e fiquei observando as pessoas correndo pela calçada, alguns se encolhendo dentro dos grossos casacos, outros procuravam conforto em um copo de café.
Essa era Nova York, as pessoas por aqui nunca paravam. As pessoas levaram a sério o lema que tempo é dinheiro. E era esse um dos principais lemas da minha vida, tempo é dinheiro. Desde os 18 anos, meu pai me colocou para trabalhar na empresa, lidávamos com tudo que fosse possível de trazer algum lucro.
Mas o que me deixava com brilho nos olhos, era a possibilidade de transformar algo que estava caindo aos pedaços, em uma bela fortuna. Transformar prédios condenados em algo espetacular, pronto para abrigar negócios promissores.
Hoje com 28 anos estava no controle do grande império. Porém, enfrentava algumas dificuldades, que estavam me desgastando, era a segunda vez no mês que tive que ir ao Brasil para tratar das pendências. Vovó, havia falecido há uns seis meses. Quando soube do testamento, foi uma enorme surpresa ao saber sobre esses prédios na Avenida Paulista, uma série de prédios velhos que precisariam de uma reforma... Aliás, reforma é pouco para o que seria necessário realizar ali.
O que eu pretendia mesmo era derrubar todos e construir prédios novos, modernos. Atendendo a toda a necessidade do século XXI, mas não sabia que iria encontrar impedimentos, primeiro que todos estes estavam ocupados, por pontos comerciais, que pelo visto os donos eram todos idosos. Segundo, prédios históricos considerados um patrimônio histórico conseqüentemente não sendo possível a demolição.
Questionava-me, se deixaria tudo isso para lá, se realmente valeria a pena me estressar com essas propriedades, tendo em mente tudo que iria enfrentar. Deixando todos aqueles idosos continuarem a pagar os míseros aluguéis que irão cobrados pela minha avó. O que por sinal era um absurdo. Porque eles estavam em uma das melhores localizações daquela cidade.
Encostei a cabeça no vidro, relembrando o rosto da menina de pele branca, os cabelos loiros longos que caiam pelas costas, os olhos azuis da cor do mar, as roupas simples contrastando com todo sua beleza. Podia lembrar a sua confusão, ao tentar compreender o meu português ridículo. Um sorriso brotou do meu rosto.
Se ela soubesse quem eu realmente era, poderia apostar que ela teria mudado o seu comportamento, como todas as outras. Mas não posso negar, eu me beneficiava, eu merecia esse benefício. A riqueza que estava ao meu redor o que ela proporcionava, era apenas um bônus as mulheres.
A diversidade destas que estavam sempre me ligando, sempre aparecendo ou esbarrando acidentalmente, era surpreendente. Relacionamentos era algo fora de questão, desde a última vez em que realmente me dispus a amar, a única coisa que eu recebi quando era um idiota apaixonado foi uma boa risada e a traição de quem menos esperei.
Um coração quebrado não era algo que eu estava disposto a ter realmente, isso estava fora de questão. Se é que o que me mantinha vivo aqui dentro poderia ser chamado de coração.
Depois do que Amelia fez comigo, eu não tinha certeza se estava disposto. O passado é uma das piores coisas na vida do homem. Quando você pensa que está pronto para esquecer, ele volta para te assombrar. E isso se torna bem pior quando se trata de assuntos relacionados ao amor.
Amelia tinha sido a primeira mulher que eu realmente amei. A única mulher para quem eu tive olhos desde a época da escola. Lembro como se fosse hoje, quando ficamos felizes quando soubemos da nossa aprovação em Yale.
Do quanto passamos por momentos felizes juntos. De como eu a amava, o quanto eu queria que ela fosse a minha mulher, a mulher a qual eu planejava ter filhos, a que eu queria ao meu lado por anos, imaginava ela ao meu lado na cadeira de balanço nos fins de semana na casa da praia. Tínhamos tudo para dá certo.
Até que na noite em que estava finalmente pronto para propor a ela o felizes para sempre. Tinha pego o anel da vovó, ela sempre tinha me falado o quanto era importante a jóia da família. E ela tinha me dado para que no momento que eu achasse adequado desse para a mulher que eu amava.
Chegando um pouco mais cedo no nosso apartamento, estava ansioso. Queria ver a reação da minha garota. Quando finalmente cheguei a sala, vi a luz do nosso quarto no fim do corredor aberta, ela deve ter saído mais cedo da aula. Fui me aproximando do nosso quarto.
Até que finalmente cheguei na porta, o barulho do chuveiro ligado, abri a porta um pouco, olhei para cama toda bagunçada, o que era estranho... Amelia odiava cama bagunçada, sempre me obrigava a arrumar pela manhã junto com ela.
Me aproximando da porta, comecei ouvir gemidos. Pensei o quanto fui idiota, eu imaginava que ela estaria se divertindo um pouco com seu corpo pensando em mim. Quando na verdade, ela estava dando com Mike, um dos meus companheiros de time.
Comecei a bater palmas. E os dois se assustaram. E logo pararam com o show. Olhei bem nos seus olhos, sem dizer qualquer palavra, eu saí do apartamento. Deixando que Daniel resolvesse com ela, deixando bem claro que a queria fora do apartamento no outro dia.
E naquela noite, foi a última vez que eu vi Amelia. Ela ainda tentou de algum modo me contatar, ela tentou várias vezes me ver chegando até ir na casa da minha avó nas férias. Mas ela sabia que ela literalmente tinha "dado" fim naquela noite a nossa história.
- Senhor? Senhor? A Sarai está aqui. – Virei para a Senhora Mary, minha secretária de 60 anos. Ela sempre afirmava ter 50 mas eu sabia bem a sua idade, afinal eu tinha todas as cópias dos seus documentos. Ela era uma das poucas pessoas a qual eu confiava, sabia que nela poderia. Além de que o salário que ela recebia, era uma garantia disto.
Acenei para Daniel, o qual correspondeu balançando a cabeça. Sabia pela sua expressão que ele estava totalmente insatisfeito por eu estar novamente na presença de Sarai, ele odiava tudo sobre aquela mulher. A qualificava como uma maldita interesseira, eu sabia que ela era isso. Mas não impedia que eu recebesse um agrado de vez em quando.