Capítulo 18

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Eu recebi alguns recadinhos e quase morri! Vocês não tem pena de mim né? Lembrem-se que tudo tem um porque de acontecer... E que apesar de tudo, as coisas no final podem dar certo. De um jeito ou de outro!

Boa leitura!


Khal

6 anos depois....

Capítulo 18

Eu não acreditava no que estava acontecendo. Eu sempre avisei a Sarai para não dirigir e falar ao telefone. Tantas vezes repetindo a mesma coisa e ela nunca me escutava. Mas ela havia passado dos limites, ela tinha feito a maior merda da vida dela quando decidiu me contrariar e envolver o meu filho em uma das suas besteiras.

Estava correndo para a recepção do hospital quando meu celular tocou.

- Daniel, estou chegando agora na recepção.

- E aí? Me mantém atualizado sobre tudo? Eu consigo chegar aí hoje a noite mas vai ser tarde. Estou retornando pegando o voo daqui uma hora.

- Pode deixar irmão, obrigado. - Andei apressado em direção a mulher que trabalhava no computador na recepção. – Boa noite, gostaria de saber o quarto de Theo Bruns. Ele deu entrada agora a noite, um acidente de carro.

- Sim... Só um momento por favor. – Olhava para os lados na esperança de haver alguma pessoa conhecida, ou os pais de Sarai, seria difícil. Já que eles só se importavam em estar presentes em eventos, mas minha esperança era a única que morre.

- Ele ainda está na sala de cirurgia. Qual o seu nome?

- Alex Khal Burns, sou o pai dele.

- Por favor, vá até o segundo andar e procure a chefe daquele andar.

Me dirigi o mais rápido possível para encontrar-me com o meu filho. Eu queria matar Sarai, a raiva que eu estava dela por conta das últimas que ela havia aprontado era impossível de se descrever.

O primeiro ano foi todo focado no Theo, nós tentávamos dar o nosso melhor para que tudo funcionasse. Mas parecia que desde que ela havia me dado a notícia da gravidez, tudo havia mudado. A última coisa que ela queria era me ter perto. E eu não entendia porque disso. E me dei conta o quanto Daniel estava certo sobre aquela noite. A noite que eu pensei ter recebido uma das melhores notícias da minha vida e foi... Mas tanta coisa havia mudado.

Theo era meu verdadeiro presente, seis anos. Meu menino de ouro.

Ele amava jogar futebol, procurava sempre dar o seu melhor na escola. E quando tinha oportunidades estava junto de mim.

Respirei fundo quando abriu a porta do elevador e encontrei Sarai no final do corredor, eu podia ver a sua cara de desespero quando me viu. Ela sabia que tinha feito merda e que dessa vez já tinha passado de todos os limites.

Mas eu não tinha ideia do que me aguarda, como se não bastasse tudo que estava acontecendo. Quando eu estava chegando perto de Sarai, percebi o médico chegando perto dela e ela ter uma reação totalmente negativa.

- Infelizmente, conforme os registros senhora não é possível que você doe sangue porque esteve ingerindo álcool recentemente e quanto ao pai da criança, verificamos que não há compatibilidade.

- Como? – Quando Sarai ouviu minha voz, ela balançou a cabeça.
- Nada Khal.

- Nada? Você me apronta todo esse circo, eu tenho meu filho machucado por conta da sua irresponsabilidade e você quer me dizer nada? Eu quero saber de cada maldita coisa que está acontecendo aqui e não vai ser da sua boca Sarai. Você vai ficar bem calada e sentada nessa porra de cadeira porque agora quem vai tomar conta das coisas sou eu! Coisa que deveria ter feito muito tempo atrás.

Ela me olhava espantada, ela sabia muito bem que eu havia chegado ao meu limite e que eu tinha escutado o que o médico falou. Alguma merda estava errada, eu precisava saber do que estava acontecendo mas no fundo eu tinha medo... Chamei o médico para conversar e após 10 minutos de conversas longas, eu desejei não ter feito isso mas sabia que se eu não fizesse eu poderia estar fazendo o papel de otário ainda.

Quando sai da sala do médico, Sarai esperava no mesmo canto, ela sabia que tudo estava acabado. Ela sabia que eu tinha descoberto toda a sua mentira e que ela estava ferrada.

- Khal! – Andava em minha direção e eu esperava calmamente ela se aproximar de mim, enquanto cruzei meus braços, esperando as mentiras que ela iria inventar. – Você não pode acreditar nele! Deve ser um erro! Você sabe que eu jamais iria te trair Khal, você sabe que é o amor da minha vida. Nós temos uma vida juntos. – Ela tentou pegar em meus braços.
- Não toque em mim Sarai. – Falei em um bom baixo e foi o suficiente para que ela entendesse que precisava manter-se distante de mim. – Escute bem o que eu vou te dizer, eu vou falar apenas uma vez, você me entendeu? – Os olhos dela me encaravam, eu podia ver o medo, a insegurança que se encontrava ali. – Você vai sair das nossas vidas. Nós sabemos bem que você não se importa com o menino, por isso eu vou aliviar a sua carga. A partir de agora, você está por conta própria, vou pagar um hotel para você por dois dias e vou enviar toda a sua tralha para lá, qualquer contato que você queira fazer, vai ser feito com meus advogados e você não ouse pensar em me ameaçar para tirar o Theo de mim, você forrou a sua cama agora você vai deitar nela. Eu te dei casa, te dei tudo que pediu e você me traiu e sustentou a sua vida de mentiras por anos! Agora, acabou. Você me ouviu?

Quando terminei de dar o meu recado, fui em direção ao estacionamento aonde estava meu carro, eu precisava dá um tempo e organizar as coisas em casa, aquela maldita mentirosa me fez acreditar que era verdade o filho ser meu, mas o médico tinha deixado bem claro.

Eu sabia que Theo não poderia pagar pelas mentiras da sua mãe, era uma verdadeira mesquinha que não dava nenhum pouco de importância para o menino, contava nos dedos quantas vezes eu a via sentada ensinando para ele as tarefas da escola, tudo era feito pelas babás.
Eu fazia vista grossa porque sabia que no fundo ela não tinha tanta habilidade para exercer o papel de mãe, mas que pelo menos ela amasse ele, tivesse cuidado. E hoje tive a prova que ela não se importava nenhum pouco com ele, que era as suas vontades que importavam a ponto de colocar a vida do Theo em risco e apesar de ele não ser meu filho de sangue, era meu filho de coração e eu jamais o abandonaria.

Entrei no carro, segurava firme no volante, sabia que precisava ir em direção a algo. A finalmente realizar minhas vontades, de viver uma vida plena, em não ser visto apenas como um caixa eletrônico, não ter meu valor medido por bens materiais mas por aquilo que eu carrego dentro de mim e eu iria ensinar o meu filho que o que importa não é o que temos, o que possuímos mas sim o que você tem dentro de você. Mas antes de tudo precisaria arrumar algumas coisas e a primeira delas seria tirar Sarai da minha vida, retirando todos os privilégios, e iria começar arrumando as suas malas e tirando todas as suas regalias.

Antes eu precisava que Daniel me fizesse um favor. Enquanto dirigia, coloquei no painel do carro para ligar para ele.

- Fala cara! Estou embarcando, não vou conseguir ficar por muito tempo com você!

- Você estava certo. Ela era uma vadia mentirosa.

- Merda!

- Isso, merda.

- O que você precisa cara?

- Estou indo pra casa, vou pedir ajuda das meninas para tirar tudo de Sarai, o Theo ainda tem algumas horas na cirurgia, vou preparar uma bolsa e volto. Vou precisar de você irmão, assim que pousar venha para o hospital...

- Claro... Algo mais?

- Sim. Prepare-se porque assim que o Theo melhorar, iremos para o Brasil.

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⏰ Última atualização: Jul 28, 2018 ⏰

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