Tatuagens.
Corpo definido.
Possessivo.
Charmoso.
E odioso.
Camille, uma amante da leitura. Sonhando como todas, com um belo romance. Até que o destino trata de dá o seu. Admiradora dos romances antigos, de época. Ela nem imagina o quanto u...
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Capítulo 4
- Daniel, vamos! - Ele estava esgotando com toda a minha paciência, ele sabia bem o quanto eu estava irritado por causa das negociações com estas propriedades e por pura teimosia ele estava querendo conhecer as pessoas que estavam ocupando o prédio. Eu conhecia o meu amigo, sabia que no primeiro contato que ele tivesse com essas pessoas ele iria mudar de idéia, não querendo seguir em frente com a idéia inicial de derrubar tudo e construir os meus malditos prédios.
Estava cada vez mais irritado com o calor, com a falta de educação de todos. Eu só queria voltar para o maldito hotel e poder me refrescar. Mas quando Daniel quase implorou para que eu parasse na livraria, eu não pude contestar, era apenas uma visita, alegava ele. Mas quando a "visita" para dá apenas uma olhada tinha passado de 30 minutos, já estava na hora de eu ir tirar aquele idiota de dentro.
- Oi Khal, vem cá. Eu encontrei algo para você fazer no seu tempo livre. - Estar aqui na livraria me perturbava de certo modo, principalmente por causa da mulher dos longos cabelos loiros, que sempre estava visitando minha mente. Quanto mais eu demorasse aqui, mais correria o risco de esbarrar com ela novamente.
Olhei para a mesa que ele estava sentado, encontrando um coisa miúda loira, com uma farda azul, provavelmente ela tinha chegado da escola e estava esperando a mãe que deveria estar na loja.
- Essa é a minha mais nova amiga Sol, ela precisa de ajuda em inglês. E eu sei muito bem, quem poderá ajudar a ela! - Ele falava com um sorriso no rosto, o maldito. Ele sabia o quanto eu detestava crianças, ainda mais que ele estava me expondo ao ridículo, sabendo a dificuldade que eu tinha em falar em português. Como eu poderia ensinar algo a ela?
Eu evitava as crianças sempre que possível, a todo custo. Principalmente as reuniões com meus irmãos por parte de pai, eram dois Bruno e David, os dois tinham filhos. Porém o contato com eles era restrito, o que tornava nossa convivência quase nula.
- Oi, eu sou a Sol. - Ela estava de pé bem na minha frente, com a mão estendida. Quando eu olhei para aquela pequena mão, a incerteza nos seus olhos, o silêncio que habitava na sala. Olhei para Daniel, ele inclinando a cabeça, dando uma ordem subliminar para que eu correspondesse ao cumprimento.
- Oi, sou Alex Khal.
- Você tem um sotaque engraçado. - Eu ri, aquela coisa pequena estava fazendo pouco da minha pessoa. Coisa que ninguém tinha feito antes. Ela tinha feito um bom ponto, rindo do meu sotaque. Eu sabia bem o quanto era engraçado, eu tinha uma dificuldade enorme de falar português, minha avó tinha tentado ensina algumas vezes, mas nunca dava importância. Alegava sempre que estava ocupado demais para relembrar o passado com ela.
Essas lembranças, me doíam. Se eu pudesse teria modificado alguns momentos. Em pensar que fui tão egoísta, só visando o meu próprio benefício... Meus próprios negócios. Quando tudo que ela queria era um tempo de qualidade, um tempo juntos e compartilhar o amor que ela sentia por mim.