Capítulo 11

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Gente, observação bem rápida: Eu postei o capítulo 12 adiantado, então não fiquem querendo me matar se semana que vem eu não postar nada. Vai ser uma semana corrida, então prefiri adiantar do que deixar vocês sem nada. Mas aproveitem o capítulo e paz aí :))))

RACHEL

01/03

Reyna havia me pedido para ir ao Acampamento Júpiter, e eu não entendi o porque disso, afinal, todos sabem que não estou tendo visões e ela não me chamaria para apenas uma conversa informal, nós não somos tão íntimas assim, então, o que será que ela quer?

A viagem ao Acampamento Júpiter foi calma e sem nenhum imprevisto, como monstros no meio do caminho, nem nada disso. Ao chegar no acampamento, procurei pela Reyna, querendo saber a razão de ter sido chamada de repente.

-Alguma coisa aconteceu Reyna? - eu perguntei assim que encontrei ela. - Você não costuma me chamar aqui. Reyna então me explicou tudo o que estava ocorrendo.

Aparentemente, uma campista voltou de um missão com alguns "parafusos a menos" e Reyna queria que eu desse uma de psicóloga para a garota, para ver se eu conseguia que a menina falasse algo que fizesse sentido.Definitivamente eu não esperava que fosse isso que ela queria. Eu podia ser o Oráculo, mas não era psicóloga. Mesmo assim, não custava nada tentar ajudar. Já fazia algum tempo que eu estava me sentindo um pouco inútil sem as visões e, talvez, tentar ajudar Reyna podia fazer eu me sentir melhor.

Nos dirigimos a enfermeira, aonde a garota estava sendo mantida sob a supervisão dos curandeiros. Foi fácil achar a tal "Manu" no local. Ela estava cantando alguma música aleatória e ao mesmo tempo que tentava conversar com seus próprios pés, um comportamento que não era muito normal para pessoas sãs.

-Olá Manu. - eu disse me aproximando dela cautelosamente - Meu nome é Rachel, mas é provável que você me conheça como...

-A menina oráculo - completou Manu.Então ela começou a fazer umas poses estranhas e uns barulhos estranhos e eu percebi que ela estava meio que tentando me imitar.

-É, sim, essa sou eu - eu estava claramente desconfortável com aquela situação toda- Mas eu vim para perguntar algumas coisas muito importantes para você.

-Cavalinho disse para eu não falar nada - Manu disse balançando a cabeça - Pois é, pois é.

-Ela fala isso toda vez que eu pergunto alguma coisa.Qualquer coisa. - disse Reyna, bufando. - Se eu perguntou como ela está ela responde isso.Se eu perguntou as horas, mesma coisa. Se eu pergunto meu nome é a mesma resposta! Eu já estou quase desistindo de achar respostas...

-Eles não vão desistir- Manu fala distraidamente.

Reyna encara Manu com os olhos arregalados, talvez surpresa por ouvir algo que não envolvesse cavalos.

-Do que você está falando- Reyna falava tão rápido que era difícil entender o que ela estava dizendo- Quem não vai desistir? Os semideuses? Os monstros?
Reyna olhava para Manu com expectativa, que respondeu timidamente:

-O... cavalinho MAU, CAVALINHO MAU, MAU- ela estava quase gritando no final da frase.- Eles são tão...

-EU NÃO ESTOU FALANDO DE CAVALOS MANUELA- Reyna estava claramente alterado, seu pescoço e rosto ficando tão vermelhos que parecia que ela ia explodir de raiva.Reyna respirou fundo antes de recomeçar a falar- Aja como uma filha de Belona pelo menos uma vez em sua vida e seja útil em algo.

Enquanto Reyna saia com passos apressados da enfermaria, eu estava boquiaberta. Não imaginava que Reyna falaria isso para sua própria irmã, mesmo elas não se dando bem.

Eu olhei Manu para ver como ela reagiria; a garota estava encolhida em sua maca e soluçando baixinho.

-Calma Manu- eu tentava acalmar ela- Ela não quis dizer aquilo.

-Ela é má, igual ao cavalinhos- ela disse parando de chorar aos poucos- Se tivesse barba e usasse arco seria igualzinha.Igualzinhazinha.

-É mesmo- eu disse surpresa, tenho quase certeza que cavalos não conseguem usar arcos, a menos que...

-Manu, esses "cavalos"- eu fiz uma pausa- eles tem pessoas montadas em cima deles?

-Cavalinho?- ela disse como um criança -Não tem ninguém montado no cavalinho. Tem os canibais maus, mas ele não montam nos cavalos.São muito grandes e com um olho só não da pra guiar o cavalhinho.E também o cavalhinho já tem um homenzinho grudado nele.

- Ah - eu disse um pouco menos confusa. Pelo o que ela estava falando, parecia que ela descrevia centauros e ciclopes. - E esses caras de um olho só, por que chama eles de canibais?

-Eles comeram meus coleguinhaaaaas.Em Detroit, em Deteoit.Ditroet. Em... em...uma fábrica...abandonada- ela disse tudo com um sorriso inocente no rosto, mas sua expressão deixava transparecer que ela estava prestes a chorar.

-Manu, que fábrica é essa? Os colegas que você diz, são Sophia e Jonas?

Nada.Nenhuma resposta. Manu apenas me encarou com os olhos cheios de lágrimas.

-Alguma coisa nova?- disse Reyna, voltando a "sala do interrogatório".Ela parecia estar mais controlada agora.

- Apenas algumas informações sem ligação. Mas eu acho que talvez já tenhamos pelos menos um lugar para começar as buscas pelos semideuses.

-E esse lugar seria?- eu conseguia sentir a ansiedade de Reyna no ar e isso estava fazendo eu me sentir um pouco ansiosa também
-Bom, o nosso lugar é Detroit. O que você vai fazer agora que sabe para onde ir?

-Eu acho que uns certos semideuses tem uma nova missão pela frente.- e Reyna sorriu de uma maneira pouco usual ao anunciar a nova missão acaba de surgir.

Apesar de eu ainda não ter minhas capacidades de oráculo eu já sabia o que essa missão significava.Um novo desafio a seis semideuses que já estavam mais que acostumados com isso. E eu não sabia porque, mas tinha a sensação que essa seria uma missão muito importante para a vida deles.

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