Presentinho

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Guilherme narrando.

Que porra eu fiz com a Isabela?? E que porra eu to me importando pra isso? Virei um viado nesse caralho so pode, mas to arrependido demais de ter batido nela, ela não merecia aquilo não é como essas puta que eu pego que adora apanhar. Quando ela não quis me perdoar porra fiquei bolado, não peço desculpa pra ninguém e quando peço a filha da puta não quer me dar moral. Mulher não vale nada desse bagulho mesmo. Eu vou é fumar um pra ver se relaxo...

Isabela narrando:

Acordo no outro dia com a cara inchada de tanto chorar, tenho que ir para o trabalho e tomara que a Babi não me demita. Fico me olhando no espelho e pensando na porra de tempo perdido é o Marreta não quero ver aquele filho da puta nunca mais e por culpa dele estou sem telefone.

Desço as escadas e a Mari já está em casa pra ajudar a minha tia com a entrega de marmitas.

Mari: Isa que cara é essa?- Fala com uma cara de assustada.

Isa: Ah Mari mais tarde eu te explico tenho que ir trabalhar.

Tia Clara: Não vai nem tomar café? – Diz preocupada.

Isa: Eu to sem fome tia, to indo beijos.

Desco morro pra ir pegar o ônibus ate o Recreio onde a loja da Babi fica, varias pessoas no caminho ficam me encarando com cara de dó, so de lembrar que várias delas ontem me viram so usando uma blusa do dono morro e descendo pra casa chorando não quero nem pensar na humilhação que to sentindo. Porra Isabela tu é muito burra mesmo...

Mais ou menos uns 40 minutos depois chego no trabalho.

Babi: Isa que cara é essa ta tudo bem?

Isa: Barbara me desculpa ter faltado ontem, tive vários problemas e estou sem celular não tive como avisar, me perdoa mesmo.

Babi: Tudo bem so espero que não vire rotina.

Durante o trabalhe corre tudo bem, atendo várias patricinhas e madames da zona sul do RJ e fico pensando em como a vida dessas pessoas deve ser fácil, nenhuma delas se mudam pra uma favela fugindo do namorado PM e se envolve com um traficante. Mds eu sou mt burra mesmo...

Babi: Isa??- Fala estralando os dedos.

Isa: Oi babi desculpa rsrs. Precisa de alguma coisa.

Babi: Tenho que sair mais cedo pra resolver uns probleminhas da festa do meu filho, você pode fechar a loja por favor?

Isa: Ah claro. Se eu puder fazer alguma coisa pra ajudar...- Falo sorrindo.

As horas passam voando até a hora de fechar a loja. Pego o ônibus de volta pro morro, cara to muito cansada e tomara que eu não tenha que olhar pra cara do desgosto do marreta. No meio do caminho escuto alguém me chamar.

Paco: Isabelaaaaa- Fala correndo atrás de mim com um fuzil nas costas.

Isa: Ah Oi Paco.

Paco: Tenho uma coisa pra ti, marreta mandou de entregar...

Isa: Paco não quero nada daquele ali.

Paco: Porra Isa melhor tu aceitar isso que ele vai virar o demônio se eu falar que tu não quis.

Isa: Ok, cade e tal da entrega?

Paco: Marca dez que vamos ter que ir no meu barraco pegar. – Fala indo buscar seu carro pra nos irmos.

Graças a Deus o Guilherme não ta na boca essa hora, não que eu esteja procurando ele... Entramos no carro e vamos pra casa do Paco que fica mais pro topo do morro.

Paco: Vem Isa conhecer meu barraco.

Isa: Ah vou esperar aqui mesmo- Falo sem graça

Paco: Qual é vai fazer essa desfeita? Vamo logo.

Saimos do carro e entramos na sua casa, não é uma casa gigante como a do Guilherme... Porra esquece o Guilherme Isabela.

Paco: Ta aqui ó ta entregue.

E me entrega uma caixinha do iPhone 7. E eu fico de cara, isso deve ter sido um presente muito caro. Tenho vontade de recusar mas eu to sem telefone por culpa dele...

Paco: O que rolou ente você e o Marreta?- Pergunta sentando no sofá.

Isa: Nada, e agora é que não vai ter mais nada do que o nada que ja tinha antes- Falo com raiva.

Paco: Calma loira kkkk to so perguntando porque porra tu é uma gata sabe- Fala sem graça

Isa: Obrigada Paco- Falo mais sem graça ainda

Isa: Paco você pode me levar pra casa, to bem cansada...

E nessa hora o rádio do Paco apita.

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Era uma vezOnde histórias criam vida. Descubra agora