Capítulo 7

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Rebeca

Ele me pega de surpresa e antes que eu perceba já estou agarrada em seu pescoço.

-Não! - me descolo dele assim que me dou conta da burrada que estou fazendo em retribuir seus beijos - Me solte.

Ele me olha de um jeito estranho.

-Não pode me beijar. Nunca mais ! Esta me entendendo? Não ouse chegar perto de mim assim de novo. - falo abrindo a porta da caminhonete.

-Rebeca, espere. Me desculpe, foi algo por inpulso. Deixe eu levar você para casa.

-Impulso ? Desculpas ? A gente se conhece mal a uma semana e, você já contou quantas vezes já me pediu desculpas ?

Ele sai dá caminhonete.

-Olha eu realmente não sei porque você não gosta de mim, eu nunca fiz nada há você, e como dito por você mesma, nos conhecemos mal a uma semana e você simplesmente me julgou e descidiu não gostar de mim.

Ele tem razão. Odeio admitir, mas ele tem razão, eu simplesmente rótulei ele.
Paro para pensar. Desde o momento que vi ele entrar na sala de aula sabia que não seria bom, porque ele era bonito e chamou minha atenção instantaneamente. Eu estou com medo de gostar dele, isso me fez não gostar dele.
Ele está parado me olhando, á espera de uma resposta.

Eu não falo nada, então ele se aproxima.

-Olha, não sei porque não gosta de mim, mas eu vou ser sincero com você e responder sua pergunta de por que toda essa bipolaridade, prometo.- Ouço um tom de voz que nunca ouvi sair de Marcos. - Só me dê uma chance de não ser o cara horrível que você criou de mim. Juro que sem nenhum interesse íntimo. -Respiro fundo, porque ele quer tanto que eu tenhamos uma afinidade? Olho para ele e lembro do mais importante, a aposta. - Não! Não levarei aquela aposta estúpida adiante, não sei como você soube, mas quero que sabia por mim, agora que essa aposta idiota não vai ser levada a serio. - ele diz como se tivesse lido meus pensamentos.

Fico parada olhando para ele. Acho que podemos ser amigos, afinal ele nunca me fez nada , quem sabe pode até ser um cara legal ( ou não ).

-Deixe - me leva você para casa.

-Está bem.

-Está bem? - cruzo os braços e faço uma cara feia.

-Não me faça repetir porque eu não vou.

-OK - ele rir - Mas esse "está bem" foi exatamente para o que?- Não respondo.

Passo por ele para entrar no carro e paro do seu lado.

-Está bem , eu deixo me levar para casa. - ele me olha de canto- E... Está bem, lhe dou uma chance de não ser horrível. - depois disso vejo um sorriso se formar no canto da sua boca e vou para o carro.

Quando entro na caminhonete ele fica parado lá por uma fração de segundos e vem.

-Tudo bem. - O som da sua voz invadi o carro quando ele abre a porta - Onde você mora ?

Explico para ele onde fica minha casa. No trajeto conversamos um pouco.
Posso dizer que um terço do que achava de Marcos mudara, mas não totalmente, ainda acho que ele é um galinha. Faltando uma quadra para chegarmos ele diz.

-Temos que terminar nosso trabalho. - Merda ! Esqueci totalmente desse trabalho.

-Claro ,o mais antes possível.

-Podemos fazer agora se você quiser. Você tem tudo a notado aí, não é? - ele quer fazer o trabalho na minha casa ? - Não falta muito para terminar mesmo.

Não sei se é uma boa idéia Marcos e eu sozinhos na minha casa. Disse que meu pai estava indo me buscar, mas menti , ele nem atendeu o telefone, deixei um recado na esperança de que ele ouvisse logo e fosse me pegar.
Mas como ele disse, quanto mais antes acabarmos com o único motivo lógico que nos deixa juntos melhor.

Aceno em positivo.

- OK então. - aquele sorriso de canto aparece de novo. Se ele estiver pensando em aprontar algo melhor pensar duas vezes.

-É logo ali. - digo apontando.

Ele estaciona o carro na entrada da garagem e descemos em sincronia.

Ao chegar na porta, antes de entrarmos estabeleço algumas coisas.

-Espera. - ele para me olhando confuso. - Antes de tudo, você deve saber que eu me mudei tem quase três semanas, não tivemos tempo para colocar tudo em ordem, então depois que eu abrir está porta não me responsabilizo se você se perder. - tento brincar.

Ele da uma risada.

-Tudo bem , vou procurar não me perder.

-OK. Segundo, vamos terminar o trabalho e você vai embora, nada de beijos por impulso ou qualquer coisa do tipo. Me entende?

-Sim. - ele diz.

-Estou falando sério. - abro a porta. - Entre.

Ele passa por mim e da uma olhada em sua volta. Essa nova casa não é grande coisa, mas está ótima para apenas meu pai e eu.

-Hum, vou buscar as anotações e o computador. -Não toque em nada - digo quando ele se aproxima de umas caixas ao lado do sofá.

Ele regue as mãos em defensivo.

Jogo minha bolsa na poltrona perto da escada e subo meio que correndo. Chego no meu quarto e procuro o laptop com rapidez, não posso deixar - lo sozinho no meu espaço. Assim que acho pego o caderno onde estão nossas anotações e volto correndo.

-Quem é essa ?- Ele pergunta com algo nas mãos sem nem voltar o olhar para mim. Quando me aproximo vejo que é uma foto da minha mãe. Tomo rapidamente da suas mãos.

-Alguém especial. - ele me olha estranho. -Qual parte do " não toque em nada " você não entendeu? - falo devolvendo o retrato para o mesmo lugar. - Venha.

Caminho para sala de jantar onde o espaço e maior, e não corre o risco de ficarmos próximos de mais.
Coloco o caderno e o computador sobre a mesa.

-Bom, você pode ir dando uma olhada. Eu preciso tomar banho. Não vou demorar.

-Cadê sua educação, garota ? Não vai me convidar?. - olho feio para ele.

-Não comece.

-Tudo bem - ele rir - Me desculpe. Vou da uma olhada aqui.

Ele diz se virando para os materiais a sua frente.





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