Capítulo 11

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Rebeca

Marcos me colocou contra a parede e de repente eu não estava mais no chão. Seus beijos são ardentes que me faz querer respirar fundo a cada instante que ele para, mas a pior parte é quando ele para. Já ofegante, sem o mínimo controle de mim, ouço um barulho no corredor, eu percebi quando Marcos trancou a porta, mas o barulho me faz gelar com a possibilidade de ser pega no flagra, impedir que os braços de Marcos fiquem em volta de mim não é uma opção. Sua mão viaja pelo meu corpo, sei que não poderia dar essa liberdade a ele, mas o desejo é maior do que qualquer pensamento que eu tenho sobre ele. Ele faz trilhas de beijos pelo meu pescoço até a clavícula, minha pele esquenta por completo e a cada segundo seus braços fortes que estão me segurando em seu colo me aperta cada vez mais,como se tivesse medo que eu fugisse, queria poder dizer a ele que quero ficar aqui, ou que quero que o tempo pare para que possamos ser apenas isso. Mas não posso, nem podia permitir que ele me beijasse, acho que queria isso tanto quanto ele. Nossos Beijos começam a ficar tensos, ele me devolve com cuidado ao achão e suas mãos agora estão no meu rosto e vagarosamente nossos beijos ficam mais serenos e calmos. Então, o que eu não esperava acontece. Ofegante ele me encara. Apenas fica me olhando, gostaria de saber o que ele está pensando, sua respiração um pouco pesada por conta da adrenalina.
Depois de uns minutos ele diz:
-Eu não sei o que aconteceu.

-Muito menos eu. -ele rir. Mordo o lábio, e agora ? Quero dizer que isso não vai mais acontecer e isso tem sido a única coisa que tenho falado para ele, mas parece que minhas palavras se voltam contra mim.

-Quer dar um tapa na minha cara ?- sua pergunta faz escapa uma risada de mim.

-Não.

-Por que? Achei que fosse o que você faria assim que eu ...- ele não finaliza a frase, apenas me faz lembrar do que acabou de acontecer e meu rosto cora.

-Não quero bater em você por uma coisa que eu também queria.- as palavras saltam da minha boca. Vou me arrepender disso mais tarde.
Ele me encara ainda mais sem dizer nada, parece surpreso com minhas palavras. Abaixo os olhos por ter admitido que queria beija - lo. Que burrice ! Quando volto a olha - lo, um sorriso se estabeleceu ali, um sorriso que não tinha visto antes nele, será que ....? Não!

O sinal toca estrondosamente nos tirando de nosso transe.

-Acho que devíamos ir. - ele diz abaixando as mãos e as pousando na minha cintura.

-É, devíamos. - Minha respiração começa a ficar calma. Preciso sair de perto dele e reorganizar meus pensamentos.

-Então vamos.

Antes de se quer nos mexermos, nos olhamos mais profundo do que qualquer outra vez por uma fração de segundos , acho que tanto ele como eu estamos confuso sobre o que acabou de aconteceu e o que está acontecendo. Desvio meu olhar e começo a me mexer.
Preciso sair daqui. AGORA !

-Então vamos, não é? - saio da frente dele- Eu saio primeiro, depois você. - falo já na porta.

Eu praticamente fugi de perto de Marcos. Mas o que acabou de acontecer? Por que eu me permite aquilo? Eu disse a ele que queria beija - lo. E o que aconteceu com não me envolver ? Será que eu fiquei louca?
Um milhão de perguntas surgi em minha cabeça, não quero admitir, mas meus pensamentos vão estar totalmente centralizados no que aconteceu. Como vou olhar para Marcos de novo depois disso? Vou até meu armário e pego os materiais para a aula seguinte. Corro pelo fato de não ter quase ninguém nos corredores e não ter que me atrasar.

-Como licença. - falo abrindo uma fresta da porta, espero a autorização do professor para que eu possa entrar, merda ! Eu nunca me atraso! O professor faz apenas um gesto para que eu entre.

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