Capítulo 22

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Rebeca

Quando acordei Marcos já tinha saído do meu quarto, me senti estranha por acorda e não vê - lo ali, mas saber que ele passou a noite inteira abraçado a mim me deixa com um sorriso no rosto.
Me lembro que hoje vou para casa, meu pai disse que chegaria logo, o que não é ruim, mas sinceramente, me acostumei bem rápido a viver com mais dois adolescentes.
(...)

O sinal toca anunciando o fim da aula, sou uma das primeiras a sair da sala, atravesso o corredor e antes que passe pela porta alguém esbarra em mim, me fazendo basicamente abraça - lo para não cair, sinto uma mão na minha bunda e só depois do susto percebo que a pessoa está enfiando algo no meu bolso.

-Deveria ter mais cuidado. - Aquela voz que faz todos os meus pelos se arrepiar fala lentamente ao meu ouvido.

-Não acho que seria eu a ter cuidado aqui. - falo lhe dando um sorriso e assim que passo pela porta de saída enfio a mão no bolso e puxo um pedaço de papel dobrado.

"Obrigada pela realmente descansada noite de ontem, espero ter mais assim.
Se por algum motivo ( que imagino que tenha ) se arrepender do que "tivemos" nos últimos três dias, por favor venha reclamar comigo. E não ouse simplesmente me ignorar.
Vou te esperar hoje no pomar. As 20 hrs.

Com amor,seu babaca. "

Me dou conta que estou lendo aquele mísero bilhete pela terceira vez. E finalmente decido ir para o estacionamento. Entro no meu carro e pego o celular.

Para: Babaca Gato.

Ok.

Rebeca <3

Repenso sobre mandar o coração e imagino a cara dele quando ver aquilo então aperto em enviar.

Marcos

Passei o resto da aula de literatura tentando escrever um trivial bilhete para Rebeca, não sabia mais o que colocar, um deles parecia mais uma redação do que um simples convite. Coloquei então algo breve e satisfatório.

Depois que o pequeno bilhete sortudo parou no bolso de Rebeca cinco minutos depois meu celular vibra.

De: Rebeca

Ok.

Rebeca <3

Essa é minha resposta ? Aquelas simples palavras fizeram com que eu sentisse meu coração palpitar, eu estou parecendo um bobo.
O coraçãozinho que ela coloca depois do seu nome me faz rir, aquele pequeno gesto me deixou muito feliz.

Fico parado no estacionamento do burgking repensando se isso foi uma boa ideia. Respiro fundo e saio.
Vejo o silhueta da Chole pela vitrine da lanchonete.

-Oi. - falo quando já estou próximo da mesa.
Ela me olha de imediato e da um sorriso convidativo. Me sento sem nenhuma comemoração.

-Obrigada por ter vindo. - aceno em resposta.

Ficamos alguns segundos em um silêncio constrangedor e quando decido dizer algo ela também, e acabamos falando ao mesmo tempo.

-Desculpe, pode falar...- Chole diz. O jeito como ela está me incomoda, aonde está a Chole gritante e louca ?

-O que você ainda quer conversar ? - falo ríspido.

-Só não quero que as coisas fiquem desentendidos entre nós.

-Só agora você pensou nisto ? - acho que fui um pouco grosso no tom de voz.

-Eu sei, agi feito uma louca lunática, mas já passou. Eu vi o qual errada estava, e quero que me desculpe por todas as discussões e intrigas que causei. - ela parece sincera e me sinto apreensivo em não desculpa - lá.

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