Rebeca
Marcos insiste que eu o responda. Não quero dizer que todas as vezes que ele me beijou fora as sensações mais alucinantes que já tive, ou de como aquele frio na minha barriga aparece sempre que estamos a uma distância próxima o bastante para que eu sinta seu cheiro. Não dá.
Olho para ele e lhe dou um sorriso travesso antes de dizer:
- Um concelho Sr. Mils, nunca pergunte a uma mulher se você é bom o bastante, apenas se considere bom e ela vai achar o mesmo de você. - Ele me olha pensativo antes de me dizer qualquer coisa.Mordendo lábio inferior como se o que fosse sair da sua boca não pudesse.
- Então já consegui minha resposta. - Ele diz. Aquele assunto estava ficando divertido.
-E qual é? - Pergunto curiosa.
-Apenas saiba que eu sou muito bom em tudo que faço. - Diz sem olhar para mim, a única expressão que recebo é um sorrio de canto de boca.
Fico boquiaberta, acho que não deveria ter me expressado daquela maneira. Rio.
(...)
Algum tempo depois Marcos insistiu que eu tinha que apenas observa recusando minha ajuda.
Já passavam das 09 hrs e continuávamos praticamente a sós.-Voá-la. - Ele coloca um prato com várias panquecas com a cauda escorrendo de cima para baixo. O cheiro estava esplêndido e fico com água na boca.
Talvez esses dias aqui não sejam tão ruins.
Marcos se senta a minha frente e começamos a nos servir.- O que você vai fazer hoje? - Paro com o talher no meio do percurso até minha boca.
-Nada eu acho. - Digo, sem nenhum plano em mente - Na verdade, vou na minha casa pegar meu carro e acho que a único plano que está na minha agenda.
Ele apenas me encara enquanto falo.
-Quer dar uma volta? Talvez ao Central Parque. - Seu convite me pega desprevenida e neste exato momento acho que meu rosto perdeu toda a expressão que poderia assumir.
- Não sei se pode ser uma boa ideia. - Digo a verdade.
Seus olhos abaixam assim que fecho minha boca.
De fato, pode não ser uma boa ideia, mas talvez não seja tão ruim assim finalmente poder sair para um lugar que não seja apenas músicas altas e cerveja.
- Tudo bem, entendo.- Ele diz voltando ao seu prato.
Fico em silencio por um momento, inúmeras justificativas aparecem na minha cabeça do por que não dizer sim.
E meu consciente me mostra mentalmente a ordem cronológica:
1.Ele foi um babaca desde o início.
2.Me agarrou várias vezes sem meu conscientemente. (Acho que está não é justa, já que eu gostei de todas as vezes.)
3.Ele fez de você uma aposta estupida e ridícula.
4.Ele mentiu para você, e quebrou a confiança que você já estava dando a ele.Não é uma lista muito grande mais é o bastante.
Respiro fundo e fecho os olhos antes de dizer:
- Se bem que ainda não tive chances de ir ao central parque ainda. - Droga, droga Rebeca. Sério? - Você pode me levar até minha casa depois para pegar o carro.- Está aceitando meu convite? - seu olhar mudou completamente, um brilho mais tenso surgiu lá.
- Não me faça mudar de ideia. - Digo rindo.
- As 16 então?- ele pergunta com um sorriso bobo no rosto. Que sensação boa está que sinto agora, é como se borboletas brincassem em meu estômago.
-Tudo bem.
Com certeza vou me arrepender disso mais tarde.Depois do café da manhã surpreendentemente agradável com Marcos, descido tomar um banho, vou até o quarto em que estou instalada e me preparo.
Enquanto a água desce pelo meu corpo revivo toda aquela cena menosprezante da outra noite, esfrego cada centímetro com toda força como se fosse apagar o que aconteceu. Não sei como vou reagir ao ver Petter em minha frente, provavelmente vamos ter que nos ver já que frequentamos o mesmo ambiente. Agradeço Marcos mentalmente por ter aparecido, não quero imaginar nenhuma forma alternativa do que poderia acontecer.
Saio do banheiro consideravelmente limpa, meus cabelos estão completamente encharcados, confesso que amo quando eles ficam assim, o fresco que fica minha nunca com a umidade.
Me visto rapidamente, ponho apenas um short jeans e uma camiseta branca. O clima em Nova York hoje está daqueles de tomar sol.
Uma rápida batida na porta anuncia a chegada de alguém que abre uma fresta se mostrando.
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Simplesmente Uma Paixão Vol. 1
RomanceRebeca Timberg é uma jovem de 17 anos, determinada, obstinada, linda e inteligente, que viajou para vários lugares por conta de seu pai, mas nenhum lugar vai ser tão interessante como New York. Ela nunca se apaixonou, nunca se permitiu amar alguém...