Capítulo 9

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Rebeca

Enquanto corto alguns tomates Marcos está me olhando. É um pouco estranho essa nossa posição de "amiguinhos " agora.

-Vai ficar aí me olhando ou vai me ajudar ?- falo para quebrar o silêncio.

- Eu estou bem só olhando.
Riu.
Alguns minutos depois começo a preencher a massa circular. Marcos teve que ir ao banheiro , não precisei leva - lo já que ele quase me pegou nua indo pra lá.
A primeira impressão que tive de Marcos foi que não nos daríamos bem, talvez possamos mudar isso , talvez realmente podemos ser amigos. A única coisa que não devo me permite é querer ele, que francamente não devo dizer que tenho isso sobe controle. Desde o primeiro olhar na biblioteca sinto meu corpo ferver de dentro para fora quando estamos perto , sinto uma vontade estúpida e louca de querer abraça - lo e beijar cada centímetro dele. Mas não posso , não devo, ele não é o tipo de cara que me fará bem.
Eu nunca namorei, nunca procurei ter um laço afetivo com alguém por conta do fato de nunca poder estar em um lugar fixo. E se eu me envolver sei que vou acabar me machucando, então procuro evitar isso, mas o caso de Marcos não tem essa desculpa, poderia ter algo com ele, já que até ano que vem não vou precisar mais morar com meu pai, mas seria um erro, seria estar dando de bandeja meu coração sem experiência com sentimentos para um PlayBoy qualquer. Eu já sofri muito pela minha mãe ter partido, e se algum dia um sentimento se aproximar do que senti, eu não aguentaria.
Queria mamãe aqui, ela saberia me dá um concelho no qual eu ia saber o que fazer.

-Ainda quer ajuda? - ouvi a voz de Marcos atrás de mim.

-Ah...h - volto do meu devaneio - finalmente perguntou. - viro para vê - lo, não percebi que ele estava tão perto.
Aquela fervura e calor começam a aparecer.

-Então, o que quer que eu faça?- me beija. Não! Meu inconsciente está mesmo inconsciente.

-Pode desligar o forno, por favor. - finjo não parecer nervosa.

-Claro.

Algum tempo depois a campainha soa pela casa. Deve ser Lin, finalmente, já estava sem saber o que falar para Marcos.

-Eu abro.-Vou correndo para a porta.

-Chegamoooooos. - Lin entra anunciando.

-Eu estou vendo. - fecho a porta assim que Mili passa.
Abraço ela e dou um beijo em Lincon.

-Trouxemos bebidas, seu pai se encomoda?

-Não, relaxe. - digo - venham.

Levo eles para a cozinha.

- Rebeca! Acho que isso aqui vai queimar. - Marcos grita do cômodo. No mesmo instante Milissen me olha feio.

-Não vai queimar se você desligou, ora - digo para Marcos quando entramos na cozinha.

Ele da de ombros.

-Oi Marcos - Lin diz com um tom de voz manhosa, escuto um risinho sair de Marcos.

-Oi Lincon. - reponde. -Mili.

Tiro a pizza do forno e coloco em cima do balcão verificando se não está queimada.

-Mamãe já chegou em casa - Milissen diz se voltando para Marcos e sentando na mesinha frente a frente a ele.

-Esqueci que ela chegaria hoje, ela ligou para você?

-Não. Eu só tenho uma casa , sabe ? Vou lá de vez em quando.- ela fala irônica. Me sinto com um fiapo de culpa por fazê - lo ficar mais um pouco para comer.

-OK, pizza pronta. Agora é só atacar .-falo com animação cessando a possível futuro discussão entre os dois irmãos.

Nunca tive esse sentimento de irmandade, como sou filha única e meu pai nunca procurou se interessar por outra mulher depois da minha mãe, acho que essa idéia é um pouco tardia.

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