Capítulo 13

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Rebeca

Saio do banheiro deixando Marcos sozinho. A raiva que sentira por ele quando o vi desapareceu, mas o que aconteceu? Eu simplesmente disse que iria ajuda - lo. Fico parada ali do lado de fora do banheiro tentando digerir o que acabou de acontecer. Meu plano era pedir algo em troca da minha confirmação, mas o que eu pediria a ele? Nada. Saio antes que ele posso me ver desse jeito. Respiro fundo, aliso a saia do meu vestido e procuro me recompor, acho que dessa vez chega de joguinhos com Marcos Mills. Espero que meu pai já queira ir embora logo, depois dessa conversa com Marcos, não vai ser confortável para ambos ficarmos assim frente a frente, pelo menos não agora.
Assim que sento a mesa dou um sorriso falso a todos, creio que ninguém desconfiou do que pode ter acontecido, há não ser Milissen, que me olha com uma interrogação no rosto, apenas aceno a cabeça para que ela entenda que não é uma boa hora. E ela e o irmão parecem estar se dando tão bem hoje que não vou estragar isso com problemas que não tem nada haver com ela.
Alguns minutos depois Marcos aparece e fico sem jeito, prefiro não olha - lo. Ele se senta a mesa e não fala nada.
Depois de algum tempo ele se levanta.

-Mãe, detesto ser estraga prazer, mas preciso ir. O técnico acabou de me ligar e estamos tendo uma reunião de última hora por conta do próximo jogo. - Marcos fala dando um beijo na irmã e indo até a mãe. Seu tom de voz é calmo e não demostra emoção.

-Tudo bem querido, já estamos indo também. - Assim que ela o responde ele cumprimenta meu pai.

-Foi um prazer senhor Timberg. Vamos marcar aquela partida com certeza.

-Ótimo, mal posso esperar. - Meu pai se levanta e o abraça, é um pouco estranho em meio às circunstâncias, se meu pai soubesse não seria essa sua reação, vou garantir que ele não descubra da aposta de Marcos, porque pelo o que parece nossas famílias vão se reunir mais vezes.

Marcos olha para mim e simplesmente me da um Tchau e um aperto de mão, meu corpo treme com o simples contato que nossas peles fazem. Só isso, e ele vai. Eu sei que não tem reunião nenhuma, ele só vai embora porque não sabe encarar seus problemas nos olhos, mais um motivo para isso não dá certo.

Depois de um tempo que Marcos se foi nós fomos embora, como meu pai e eu viemos em horas distintas ele foi no carro dele e eu no meu. Nos despedimos de Mili e sua mãe. Mesmo que eu fosse boba o bastante saberia que há alguma coisa entre Lauren e meu pai, e, pretendo saber o que é.
O caminho para casa foi solitário, e só agora me dei conta de que estava em Nova York, " a cidade que nunca dorme ", sempre movimentada com pessoas por toda parte e cheia de brilho. De fato era linda, descido dá umas voltas. Os prédios são estupidamente enormes, verdadeiros arranha céus. De todas as cidades que nós nos mudamos está sem dúvidas é uma das mais bonitas. Já moramos em Los Angeles que também não fica para trás, e apesar de ser uma cidade...interessante, não foi uns anos muito bom, eu sofri um certo bullying apenas por ser "anti - social" , a última cidade em que tivemos foi Portland, sinceramente foi uma das minhas preferidas, lá era calmo(ao menos no bairro que meu pai escolheu) e as pessoas não eram tão ignorantes e apressadas. Ao todo já moramos em umas 10 cidades do Estados Unidos da América, ao menos não posso dizer que nunca viajei muito.
Volto meu percurso para casa, o trânsito começa a ficar um pouco estressante, mas acho que não vai demorar muito.

{...}

Assim que chego noto que as luzes ainda estão acesas, será que meu pai estava preocupado? Não deixei nenhum recado a ele, pode ser isso.
Entro e e ele é eleita sentado na poltrona que era da mamãe segurando alguma coisa que ainda não posso dizer o que é.

-Olá. - falo assim que entro.

-Oi filha.- Se eu não o conhecesse diria que está chorando, mas ele é muito machão, como ele diz,para isso.

Simplesmente Uma Paixão Vol. 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora