* Quatro anos depois*
Depois que eles me contaram o que aconteceu naquele dia, eu não me dei ao luxo de ficar sem fazer nada. Pelo o que Kenthan me falou, parece que meus pais se separaram, mas não durou muito tempo, já que o amor deles é grande e que tiveram um casal de filhos e, são parecidos comigo... Era o que me faltava, ter mais irmãos e eles se parecerem comigo, audácia deles!! Nem para que o Demetryus se parecesse comigo, mas não!! Agora esses dois pirralhos para atrapalhar o meu plano.
- Vamos Heals, já acabou o seu descanso! Levante essa buda da cadeira e pegue sua Katana e venha para cá!- Me levantei da cadeira e fui até ele.- Vamos um "até a morte"? Já estava com vontade de experimentar isso.- Até a morte é um estilo de luta em que, quem leva o primeiro golpe tem uma semana sem comida, mas nunca foi feito com Katanas deste tipo, estou apavorada? Sim!! Eu posso matar o Diogórnio, já que é uma arma anti-vampiro...- Não tenha medo, você não vai me matar...
Apenas o encarei e comecei a atacar, mas com toda a sua maestria desviava todos os meus golpes, não sou ruim em lutas com espada, mas é que não consigo me concentrar nos últimos meses, o que me assusta muito, já que não sou uma abobalhada que se apaixona por um cara que nem existe. Comecei a ler livros de romance, não é bom quando se tem um plano em mente, mas vou ter que parar de sonhar e virar uma bela lutadora. A medida que vai a luta, eu fico cada vez mais perdida em pensamentos, até o momento que sinto a espada atravessar o meu tórax. DÓI !? Definitivamente não! Mas me dá uma fome imensurável, por sorte nenhum dos outros estão aqui, apenas eu e Diogórnio, sua expressão é de nojo, a minha é de surpresa, além de Rafael, nunca ninguém conseguiu me ferir desta maneira...
- TIRA ESSA BOSTA DE MIM!! DIOGÓRNIO!!- Gritei com ele, sua cara não foi nada boa, mas fez o que eu mandei, eu e ele estamos cada vez mais próximos, mas somos diferentes, além do mais ele me considera uma filha e eu considero ele um pai, mais pai que Dimitry, não minto.
Não sei o que aconteceu, mas estou com minhas presas cravadas no pescoço dele, que não protesta em nada, enquanto eu luto para deixar ele, tudo vem vão... Ele diz uma única palavra que me faz solta-lo.
- Mathew?- Na mesma hora eu o soltei, o que mais me impressionou foi que ele não tem sangue puro, mas mesmo assim eu ataquei ele. Meu irmão estava na porta vendo tudo, o odor do meu sangue pairava sobre o ar, sua expressão é de espanto, sua presença me enoja, mas me lembro quando era ele na situação de Diogórnio.
- Antigamente era eu o seu prato de comida, agora que ama outro...- Ele ri sem humor.- Consegue saciar os seus surtos de fome, um "até a morte" com o seu professor? Não me surpreende tanto. Você é uma pequena puta, deveria se dar respeito.
Comecei a rir descontroladamente, não importa o que eu fizesse para parar, não adiantava, os dois me olhavam sérios e imóveis, enquanto eu ria de sua afirmação. Sim, eu estava como Samira, mas como o meu sangue não pode mudar o odor ele sabe que sou eu.- Não deveria estar acompanhando a sua noiva? Pelo que sei, ela também feriu o código, agora és tu aquele que todos olham com pena.- Miserável é aquele que sofre com a mesma dor que ele causou para alguém no passado, e mesmo assim, não entende como o outro sofreu com a dor. - Pena tenho de gente que aprende com os erros, mas qual o motivo de me chamar de puta? Não foi eu quem te traiu com 6 homens ao mesmo tempo... Pela sua cara, devo presumir que não sabia desta parte, ops, contei de mais. Tchau pai!!- Disse ao sair da sala, Mathew me segurou e me arrasou para fora da escola, me levando para a floresta. O que esse homem quer de mim? Já não foi o bastante me trair e ter um filho e agora quer ser o dono da verdade.
- Quero que mate a minha noiva no dia do me casamento! Estou cansado dela, do irmão dela, de tudo que relaciona ela, todos os familiares dela vão estar lá! Sei que os dois tios dela que está procurando, também estarão lá. Façamos um acordo amor. Quero ela morta! Me entende?- Não sei se rio ou se choro, já que ele nunca me chamou de amor, mas também quer a mulherzinha dele morta, mas vou juntar o útil ao agradável, matarei um coelho e estragarei uma festa em apenas uma cajadada. Olho para ele, e seus olhos transparecem desespero e ódio, contudo decido ajudar um pobre coitado.
- O que eu ganho com isso? Mesmo que eu adore estragar algo, mas não vejo vantagem alguma em te ajudar, sei que ao matar a sua puta de estimação, poderei por finalmente, ver a cor de seus olho e tem enxergar com clareza, ver cada detalhe de seu corpo.- Ele se aproxima de mim, põe uma mão em cada lado de meu rosto, seu toque faz com que eu feche os meus olhos, então eu sinto os seus lábios aos meus, é um beijo doce, mas sem amor, durante anos eu sonhei em poder beijar-lo, mas nunca foi possível e quando esse dia finalmente chega, ele perdeu todo o brilho de príncipe encantado, aliás ele perdeu no dia em que me entregou para Rafael, eu apenas negava isso. Acabei com o beijo me afastando abruptamente deixando-o abismado.- Não é bem assim Mathew! Você não tem esse direito, desde o dia que me entregou para Rafael, não me engane, muito menos se engane. Comece a pensar antes de seus atos, mas fora isso, eu te ajudo a matar a sua "querida" noiva, junto de Galladriel, aquele pirralho já era para estar morto, e sabes muito bem disso... É o código, respeite-o, antes que ele te mate...
Saí andando pela floresta,me lembre do livro, e o livro onde ele está? Você me pergunta... Ele está com Kenthan, sim, foi isso que você leu, ele se candidatou para cuidar do livro, já que onde eu vivo, eles vivem também, é melhor manter longe e seguro, do que perto e em perigo. Já li algumas páginas daquele livro, devo informar-lhes que não é nada agradável o conteúdo daquele livro, mas quem é um amante da morte e simpatizante de torturas, eu o recomendo com o maior prazer. Chego ao meu ultimo destino, essa cachoeira tem algo que me agrada, uma caverna, meu lugar, minha paz, essa caverna sabe o monstro que sou, além da floresta da casa dos Winterhunters. Passos apressados atras de mim, sinto o seu fedor,mas nada faço para distanciar dele, ele agarra o meu braço, me vira para si.
- Não quero que Galadriel morra! Ele é meu filho, o que ele te fez para o odiar tanto assim? Nasceu!? - Como ele conseguiu ler a minha mente?- Você é um verme que pensa apenas em si, sabe o porquê que eu te entreguei a ele?- Acenei que não.- Porque você por várias vezes fugia de mim, dos nossos pais, foi então que eu tive a ideia de te entregar para Rafael e te salvar dele, ele era meu amigo naquela época, mas ele te contou que eu te entreguei, nesse dia fudeu tudo, o pai e mãe não olhavam para a minha cara, era ridículo saber que eu, o prometido perfeito, entregou a sua amada para ser torturada. Foi então que eu viajei para longe, e conheci ela, mas isso é história para outro dia. Você vai me ajudar mesmo?
- Se já disse que sim, é porque realmente vou! Agora vai embora! Me deixa, preciso de um tempo sozinha.- Disse apontando para o rumo da escola.
- Vou, mas antes eu quero o que é meu!- ele foi se aproximando e colocou sua boca na minha novamente, me afastei e acertei um tapa em sua face.- Como ousa fazer isso comigo? Sou seu irmão e futuro prometido, mas que audácia dessa menina, eu gosto das selvagens.- Falou em tom de deboche, se virou e foi embora, como vou fazer para despistar ele novamente? Ele já sabe quem sou, vou procurar um novo disfarce.
- Samira? O que faz aqui?- Perguntou Linean saindo da caverna na cachoeira, ele tem uma acompanhante, ela é uma criança!?
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A Maldição de uma Vampira
Vampireprólogo Sou Isabelle Winterhunter, sou uma Vampira, minha vida é solitariamente triste e minha maldição... Me obriga a matar minha própria espécie para sobreviver. Mesmo tendo poucos anos de "vida", sou muito independente, costumo andar por...