A Extinção!

SEM RUMO!

Gabriel narrando:

Sabe, ainda não acredito que Tiago morreu. Por mais chato e infantil que ele fosse ainda gostávamos dele. Não sei se vamos superar isso, imagina os pais dele? Temos que seguir em frente e esperar para ver o que vai acontecer.

Juliana narrando:

Não creio! Eu ficava olhando a Victória assistindo esses filmes de apocalipse, mas nunca achei que viveria para ver isso. Eu morria de medo, mas vivendo isso na realidade... Estou muito assustada.

— Bem... Temos que ir para casa, ficar aqui se lamentando nessa sala não vai adiantar. É melhor irm... — diz Vinícius que é interrompido.

— AH TÁ! E VOCÊ SUGERE QUE VAMOS PARA CASA, DORMIR E FINGIR QUE NADA ESTÁ ACONTECENDO? ACORDA VINÍCIUS! ISSO NÃO É UM CONTO DE FADAS EM QUE VOCÊ DORME E ACORDA CHOVENDO FLORES. ISSO É O MUNDO REAL! VOLTA PARA ELE! — grita Loba.

O silêncio toma conta, mas em seguida Gabriel diz:

— Concordo com o  Vini!

— Outro que viaja na maionese! — ironiza Loba.

— É melhor descansarmos e depois nos encontrarmos para analisar o que está acontecendo. — diz Gabriel.

— Ótima ideia! Vamos sair perguntando para essas pessoas desesperadas o que está acontecendo. — diz Evie estressada. — Provavelmente vão nos ignorar e nos deixar fazendo papel de trouxa.

— Se controla Loba. — diz Victória. — Eles não têm culpa não.

— Nada disso teria acontecido se tivéssemos voltado como eu pedi. Agora fica todo mundo aí, triste, lamentando uma morte que poderia ser evitada. Boa noite para vocês! — diz Evie que em seguida se retira do hospital.

— Estressadinha! — diz Juliana.

— Não fala assim dela Juli! — diz Vinícius. — Ela também está abalada com o que aconteceu.

— E com o que está acontecendo né!? — diz Victória.

— Ela não é a única! ... Melhor irmos. Temos que passar na casa dos pais de Tiago. — diz Gabriel se levantando do assento.

— Vão vocês. Já vi sofrimento de mais por hoje. — diz Juliana.

— Concordo com Juli. — diz Victória.

— Vou com você Gabriel. — diz Vinícius.

Vinícius narrando:

Andar pela cidade só piorava nossa situação. Eu gostaria de estar no lugar de Tiago do que estar presenciando aquilo. E ao chegar à casa dos pais dele que foi pior ainda. Eles desesperados procurando saber do filho e ao dar a notícia... Bem... Destruiu-nos ver aquela cena deles chorando de joelhos. Só olhamos para trás e vimos que todo esse pesadelo só estava começando. E o pior, não sabemos se vai acabar.

Gabriel narrando:

Já em casa a motivação para fazer alguma coisa era zero. Tentei jogar algo no vídeo- game, acessar as redes sociais, ver vídeo... Nada fazia esquecer o que estava acontecendo, tentei dormir, mas não consegui também. Resolvi então chamar o pessoal para se reunir amanhã, ninguém respondeu. Caralho! Deu vontade de desistir da vida.

No dia seguinte...

Victória narrando:

Dia seguinte a isso tudo nos encontrarmos na praça principal. Juliana como sempre ficou em casa pois estava com muito medo. Algumas pessoas estavam saindo da cidade. Sinto que algo muito ruim está para acontecer.