Vinícius narrando:
Até o momento, as nossas vidas se resumiam em andar pelas estradas em busca de qualquer coisa que pudesse nos ajudar. Não encontrávamos nada de interessante. Estávamos ficando sem comida, água, balas... estamos ficando mais fracos!
— Podemos parar um pouco? — pergunta Victória. — Eu não estou me sentindo muito bem.
— Não tem como aguentar mais um pouco?— pergunta Evie. — Sinto que estamos chegando à algum lugar.
— Tipo lugar nenhum ou terra do nunca? — ironiza Vinícius.
— HAHAHA... — ironiza Evie.
— Sério gente, por que não voltamos em uma daquelas cidades e pegamos um carro? — diz Isabelle. — Ficar andando assim só vai nos esgotar.
— Ela tem razão! — diz o preguiçoso Gabriel.
— Mas voltar seria suicídio! Se já chegamos até aqui vamos continuar. — ordena Luana.
— Não é você que dá as ordens. — diz Evie para Luana.
— E é você? Desculpa vossa majestade. Quer que eu beije seus pés? — ironiza Luana.
Evie então encara Luana e disse:
— Quero que você me poupe o trabalho de te matar.
— Vamos ver quem morre primeiro... "Loba".
Evie aponta o arco e flecha para a cabeça de Luana que faz o mesmo com uma arma apontada para Evie.
— Ei! Vamos parar! — ordena Vinícius. — Já basta esses mortos vivos agora vamos matar uns aos outros?
Evie dá as costas e continua andando.
— Quem ela pensa que é para falar assim comigo? Eu só dei uma sugestão e... — Luana é interrompida.
— Luana calma! Ela está estressada com tudo que está acontecendo. — diz Vinícius.
— E eu que tenho culpa?
— Não! Mas se eu fosse você não mexeria com ela pois quando ela diz que vai matar... ela mata!
— Hum... obrigada pela dica virjão, mas eu sei me virar.
— Ótimo!
Isabelle narrando:
A Loba estava muito estressada depois dessa discussão que rolou entre ela e Luana. Então resolvi falar com ela. Muita coragem da minha parte.
— Loba! Está tudo bem?
— Não! Não está tudo bem!
— Você não gosta da Luana né?
— Ela apontou a arma para Victória e te bateu de noite. Ela me dá nojo.
— Loba pega leve, ela só estava se defendendo. Qualquer um no lugar dela faria isso.
— Afinal de que lado você está?
— De ninguém! Só que eu acho que já tem coisas demais querendo nos matar para matarmos uns aos outros.
— Espero que ela não procure problemas se não ela vai se ver comigo. Aí sim ela vai...
— Se ela procurar problemas deixa que Vinícius ou Gabriel resolvem. Ok?
— Ok! Vou tentar Isa! Vou tentar!
Evie narrando:
Desde que essa Luana chegou sinto que vai acontecer uma merda atrás da outra. Por isso vou ficar de olho nela pois ela se faz de inocente mas ninguém aqui é burro! Pelo menos eu acho.
Gabriel narrando:
E assim foi! Andamos muito, durante um dia inteiro, estávamos com muita fome e sede até que encontramos o que poderia ser nossa salvação: um pequeno vilarejo com poucos infectados e não havia ninguém. Que sorte!
— Olha, temos que tomar aquele lugar dos infectados. E se possível até podemos morar lá. — diz Vinícius.
— Difícil! Não há nada em volta protegendo, toda hora iria brotar algo querendo nos comer. — diz Luana.
— Podemos construir um muro. — sugere Gabriel.
— É! Assim podemos fazer igual à base só que dessa vez Juliana não está aqui pra chamar atenção deles. — diz Victória meio entristecida.
— Podemos morar aqui é um ótimo lugar!— diz Isabelle. — O que você acha Loba?
— Acho que devemos fazer um plano e tomar logo esse lugar por que estou muito cansada.
— Então, alguém tem alguma ideia? — pergunta Vinícius.
— Acho que podemos começar chamando a atenção deles para fora assim podemos ver quantos têm, e se dá para controlar. — diz Isabelle.
— Sim, podemos usar aquele caldeirão ali.— sugere Luana. — Não me pergunte como achei, eu só achei.
— Ok! Então chamamos a atenção deles para fora da vila, eu, Luana, Gabriel, Evie e Victória matamos os infectados enquanto Isabelle batuca o máximo que puder naquele caldeirão, ok? — diz Vinícius.
— Ok virjão, mas e se tiver muitos? O que vamos fazer? — pergunta Luana.
— Correr! — diz Evie.
— Ah, bela solução! — diz Luana.
— Vamos galera! — diz Gabriel.
Victória narrando:
Isabelle pegou o caldeirão e com um pedaço de madeira começou a bater no fundo atraindo os infectados de dentro do vilarejo para fora e sem perder muito tempo começamos a atacar e tentar manter o controle para evitar que alguém fosse mordido.
Luana narrando:
Não demorou muito, teve em média uns 70 infectados mas conseguimos controlar e eliminar eles, então entramos no vilarejo e começamos a explorar para ver o que encontrávamos.
Gabriel narrando:
Haviam cerca de nove casas espaçosas com água potável e energia elétrica, além disso, tinham camas, sofás... tinham alguns cadáveres, mas retiramos todos. Finalmente achamos um lugar para descansar e era só nosso.
— Vini! — diz Evie.
— Oi!
— Dei mais uma olhada por aí e não há mais infectados por perto. Podemos descansar sem preocupações aqui.
— Ótimo, estou muito cansado, sério. Não tomamos um banho há quase três dias. Acho que metade do meu peso é só de sujeira.
Evie dá risadas e diz em seguida:
— Enfim... tem nove casas e somos seis... Uma para cada um?
— Melhor dormimos numa casa só, ou uma próxima da outra, até termos uma proteção 100% forte. Pelo menos por um tempo.
— Ae! — diz Luana se aproximando.
— Ah não! — diz Evie sussurrando.
— Eu olhei em volta do local e tá seguro, parece que ninguém vem aqui há meses! Ah, oi Evie, não te vi aí. — diz Luana.
— ... Oi!
— Bom gente vamos entrar parece que vai chover e amanhã começamos a construção do muro. O que acham? — diz Vinícius.
— Acho a ideia ótima. Pelo menos ninguém morre mais. — diz Victória passando pelo local.
Evie narrando:
Começou a chover e então entramos. Eu corri logo para tomar meu banho, a sensação era ótima, me senti mais leve. E depois ficamos na sala conversando.
— Aposto que Juliana iria adorar esse momento. Ela adorava chuva, mas não quando passava pranchinha. — ironiza Victória.
— Minha mãe também adorava chuva. Nós brincávamos sempre que chovia. — diz Isabelle.
— Isa, o que aconteceu com a sua mãe? — pergunta Gabriel.
— Ai, longa história Gabriel.
— Fala, agora fiquei curiosa. — diz Evie.
— Conta aí! — diz Luana.
— Ok! Eu me lembro que eu e minha mãe estávamos na sala assistindo a TV quando fomos surpreendidas por um aviso, sobre um tal vírus que mudava o comportamento humano. Mas tudo estava no princípio, só que não sabemos que tudo iria piorar.
— Lembra gente? Juliana mostrou essa notícia no celular dela, lá no acampamento. — diz Evie.
— Verdade! E no dia seguinte o Tiago foi mordido. — diz Victória.
— No dia seguinte a essa notícia muitos desses infectados invadiram a cidade e estavam matando a todos. Então o carro daquela base militar veio resgatar os sobreviventes. Só que a minha mãe queria voltar para pegar uma foto do meu pai.
— E ela voltou? — pergunta Vinícius.
— Eu tentei impedir, mas acabei indo com ela. Fomos correndo até a nossa casa e tinham alguns infectados nos perseguindo, entramos, pegamos a foto, mas a casa estava tomada. Minha mãe não queria largar a foto e pegar algo para se defender e eu estava com muito medo.
— Mas o que houve com o seu pai? — pergunta Gabriel.
— Ele reagiu a um assalto e levou três tiros.
— Ai! Lamento! — diz Victória.
— Gente deixa a Isa continuar! — diz Evie.
— Bom, eu achei um facão mas só ficava atrás da minha mãe, foi aí que ela me empurrou para o lado e pedindo para eu correr. Eu cheguei na porta e vi que ela não conseguiu escapar... então... minha mãe... ela... — Isabelle então começou a chorar.
— Isa, eu lamento pela sua mãe! — diz Luana.
— Olha no que você é agora, tenho certeza que ela ficaria bem orgulhosa. — diz Vinícius
— Obrigada gente! Mas eu gostaria que minha mãe estivesse aqui. Se eu não fosse tão fraca, tão covarde... Provavelmente ela estaria viva.
— Todos nós gostaríamos que nossas mães estivessem aqui! — diz Gabriel.
— Acho melhor irmos dormir. Temos que ver o que vamos fazer para proteger esse lugar amanhã. — diz Evie.
— Podemos fazer um cercado, com arames farpados e barras de ferro. — segure Victória.
— Isso vamos ver amanhã. — diz Vinícius.— Boa noite para vocês.
— Boa noite!
Luana narrando:
Antes de dormir, eu fiquei pensando o quanto a Isa sofreu, perdeu o pai e a mãe, Victória perdeu a mãe e irmã e o tanto de coisas que vamos perder... está só começando.
Isabelle narrando:
Amanheceu! Dormimos muito bem até, e sem perder muito tempo já fomos dar uma explorada pela região para encontrarmos algo que possa servir como proteção para essa base. Acho que vamos viver seguros aqui.
— Olha, vamos fazer assim, três vão em busca de algo que possa proteger essa área e os outros três vão em busca de comida, água... suprimentos para nos mantermos aqui. — diz Evie.
— Ok, mas o trio que vai em busca de proteção vai buscar o que exatamente? — diz Victória.
— Cercas! Arames, estacas, barras de ferro... tudo para proteger esse local. — diz Gabriel.
— Eu vou para a cidade buscar os suprimentos! Conheço mais do que vocês. — diz Luana.
— Eu vou com Luana! Posso ser útil em algo, sei lá. Além disso é para ser um trio. — diz Gabriel.
— Eu também vou com eles. — diz Vinícius.
— Certo. Então eu, Victória e Loba ficamos aqui para proteger o lugar. — diz Isabelle.
— Vocês acham que conseguem? — pergunta Evie.
— Voltaremos antes de o dia escurecer. — diz Gabriel.
— Esqueceu o fato que não temos carro? — diz Vinícius.
— AAAAAH... vou mais não! — diz Gabriel.
— Para de ser preguiçoso viadinho! — ordena Luana. — Vamos logo!
— ESPEREM! — grita Victória.
Victória pega um par de walkie talkie na mochila.
— Levem! Era meu e de Juli.
— Ah tá! Valeu Vick.
Luana dá as costas, mas retorna e diz para Victória:
— Ah... e desculpa pela arma na sua cabeça.
— Tranquilo!
Luana, Vinícius e Gabriel se retiram.
— Não confio nessa Luana! — diz Evie.
— Loba não implica com ela.— diz Isabelle.
— É, já deu para ver que ela não quer nosso o mal. — diz Victória.
— Não sei não. Eu vou ficar de olho nela até que ela me prove o contrário. — diz Evie. — Mas até lá ela estará na minha mira.
Luana narrando:
Escolhemos ir pela estrada apenas para tentar encontrar um carro, já que a cidade era um pouco distante.
— Ah, eu não aguento mais andar. — indaga Gabriel. — Era pra eu ter ficado lá com as garotas.
— É mano, você tem razão. — diz Vinícius.— Eu estou quase voltando.
— Vamos parar de chorar? — ordena Luana. — Precisamos encontrar um carro pelo menos. Não dá pra ir caminhando assim até a cidade.
— Ali na frente tem um viaduto. Podemos dá uma olhada lá. — diz Vinícius.
— Vamos logo não aguento mais. — diz Gabriel.
Corremos até o viaduto e para nossa alegria, haviam muitos carros.
— Cara não estou acreditando nisso! — diz Vinícius.
— Parece a visão do céu... só que de carros.— ironiza Gabriel.
— Vamos logo em busca de um carro que esteja funcionando, de preferência uma vã por que assim dá para levar todos. — diz Luana.
— Um trailer também seria bom. — diz Gabriel.
— Não há trailers por aqui. Vamos em busca de uma vã, e olhem nos carros, talvez possa ter medicamentos, comida... Essas coisas. — diz Vinícius.
— Ok! Vamos!
Gabriel narrando:
Olhamos em vários carros, encontramos algumas comidas enlatadas, remédios, algumas armas... Mas eu fui logo em busca de um trailer, e demorou muito até achar um. A primeira coisa que eu fiz foi testar o motor, e para minha surpresa estava até com bastante gasolina. Tinha até um som!
Gabriel liga o som, péssima escolha.
— Maneiro! Deixa ver se encontro algo. O porta-luvas... — sussurra Gabriel.
Um infectado que estava passando por perto ouve o som que está vindo do trailer então lentamente se aproxima e agarra Gabriel por trás.
— AAAAAAAAAAAAAAAAAAHHH! SOCORROOOO! — grita Gabriel.
O grito então chama a atenção de Vinícius e Luana.
— Que barulho foi esse? — diz Luana.
— SAAAAIIII, AAAH MEU DEUS! — grita Gabriel de longe.
— GABRIEL! — grita Vinícius.
Luana e Vinícius vão correndo na direção dos gritos.
— GABRIEEEEEL! — grita Luana.
— AGUENTA CARA! — grita Vinícius.
— SAAAAIIII EU VOU TE MORDER! SAI DAQUI! oh meu Deus ME SALVAAAAA! — grita Gabriel.
Vinícius narrando:
Assim que entrei no trailer vi o infectado tentando comer Gabriel, e com a coronha da arma esmaguei a cabeça do infectado.
— Tá tudo bem cara? — pergunta Vinícius.
— Tá! Tirando o fato do meu coração tá na boca, está sim! Ai que nojo!
Luana entra no trailer.
— Está tudo bem? — pergunta ela.
— Está! — diz Vinícius. — O infectado não chegou a morder ele.
— Por que você não pegou a faca e deu na cabeça dele? — pergunta Luana para Gabriel.
— Eu estava desesperado, só conseguia pensar em não morrer.
— Tá, olha, esse trailer deve servir e muito, porém, vamos precisar de mais carros, então Gabriel você leva o trailer, eu levo um carro pequeno e o virjão leva outro. — diz Luana.
— Por que você me chama de virjão? — pergunta Vinícius.
— Sei lá! É legal! — ironiza Luana.
— Acho melhor entramos em contato com as garotas lá na vila! — sugere Vinícius.
— Toma! — diz Luana que em seguida joga o walkie talkie. — Vai que a espertinha metida à líder da Loba atende!
— Quero saber até quando vão continuar com essa guerra. — diz Gabriel.
— Loba, Victória ou Isabelle na escuta? — diz Vinícius pelo walkie talkie.
O walkie talkie emite um chiado.
— Loba, Victória ou Isabelle na escuta?
Isabelle então diz pelo walkie talkie:
— Na escuta e eu não sei usar isso...
— Fala "câmbio" para ficar legal! — sussurram atrás de Isabelle.
— Câmbio.
Luana dá risadas e diz:
— Que escroto!
— Achamos um trailer e estamos levando dois carros, será que é o suficiente? — diz Vinícius. — Câmbio!
—Perfeito! É para falar com a Loba? — responde Isabelle — Câmbio!
— Fala com a Loba e Victória para ver o que elas acham! — diz Vinícius. — Câmbio!
— Ok! Espera só um minuto. — responde Isabelle. — Câmbio!
— Por que falam "Câmbio" no final das frases? — pergunta Gabriel.
— Acho que é para dizer que terminou, sei lá. — diz Luana.
— Então se estivéssemos em outro país seria "intercâmbio"? — ironiza Gabriel.
— Na escuta? — diz Evie pelo walkie talkie.
— Sim! — responde Vinícius.
— Tragam os carros e o trailer, vai ser muito melhor! — diz Evie. — Câmbio!
— Ok! Chegaremos aí em breve! Como está a construção do muro? — pergunta Vinícius. — Câmbio!
— Está indo bem, mas iremos precisar de ajuda. — diz Evie. — Câmbio.
— Ok, logo chegaremos aí! — diz Vinícius. — Câmbio!
— Aaaah pessoal, péssimas notícias! — diz Gabriel assustado.
Um grupo de infectados cruzam o viaduto.
— Droga! Loba tenho que desligar, depois entramos em contato! — diz Vinícius.
— O que está aconte...
— Câmbio desligo!
— Não são muitos, podemos dar conta. — diz Luana.
— Mas não podemos correr o risco! — diz Gabriel.
— Fechem a porta e abaixem lentamente. — ordena Vinícius.
Luana fecha a porta do trailer. E os infectados começam a passar por eles.
Gabriel narrando:
Eu me agachei perto do volante estava tudo bem até eu tomar um susto e fazer uma merda!
Gabriel toca a buzina do trailer sem querer e acaba atraindo os infectados.
— DROGA GABRIEL! — grita Luana.
— Eu tomei um susto, foi mal! — diz Gabriel.
— Temos que sair daqui, eles estão cercando o trailer, e podem estragar tudo!— diz Vinícius.
— Gabriel afasta a gente daqui. — pede Luana.
— Ok!
Gabriel liga o trailer, acelera e atropela os infectados quem veem pela frente.
— Agora dá a volta, eles são poucos podemos elimina-los e irmos para a cidade.— pede Vinícius.
— Acha que vai dar certo? — pergunta Gabriel.
— Tem que dar! — diz Luana.
Gabriel dá um cavalo de pau com o trailer e para em frente aos infectados.
— Vamos, matem todos! Biel, fica no trailer! — ordena Luana.
— Ok!
— Virjão, pronto? — pergunta Luana.
— Pronto!
Luana narrando:
Assim que descemos do trailer começamos a atirar nos infectados, pareciam poucos, mas saía uns de dentro dos carros, espero que consigamos!
Na vila:
Victória mexendo na mata que estava tomando conta de um estabelecimento acha algo que pode ajudar.
— Isa, Loba olha o que eu achei! — diz Victória.
— Nossa um mercado! — diz Evie.
— Ai graças a Deus! Está cheio de coisas... Tem um caminhão do lado! — diz Isabelle.
Isabelle abre o caminhão e diz:
— Gente tem muita coisa aqui!
— Esse lugar aqui é valioso temos que proteger a qualquer custo! — diz Evie.
— Vamos entrar no mercado gente! — diz Victória.
— Droga está trancado! — diz Evie tentando abrir a porta.
— Provavelmente os donos fugiram e trancaram tudo na esperança de voltar aqui um dia. — diz Isabelle comendo algo.
— O que que você está comendo? — pergunta Victória.
— Doce de leite, servidas? — pergunta Isabelle.
— Ai ai! Gente tem algo escrito lá no fundo... — diz Evie.
"Invasores serão mortos."
— O que será que quer dizer? — diz Victória.
— Que invasores serão mortos? — ironiza Isabelle.— Acho que já sei! — diz Evie.
Evie bate com força nas portas do mercado. No momento nada acontece, mas não demorou muito para vários infectados aparecerem dando susto na Isabelle e Victória.
— AAAAH... — Isabelle engasga com o doce de leite.
— Calma Isa! — diz Victória ajudando a Isabelle.
— São poucos, consigo matar numa boa. — diz Evie. — Meninas afastem-se!
Evie mete o pé nas portas quebrando os vidros e liberando os infectados.
Evie narrando:
Comecei a dar facadas nas cabeças deles e eliminando todos, alguns me agarraram por trás, mas consegui elimina-los também. Um infectado desviou e foi em direção a Isabelle e Victória.
— Ah não! — diz Isabelle.
Evie dar um flechada na cabeça do infectado.
— Barra limpa! — diz Evie. — Já podemos entrar. Fiquem com as facas na mão só por precaução.
Evie pega o doce de leite e depois de provar diz:
— Está realmente um delícia! Vamos!
Entramos no mercado e começamos a ver o que tinha dentro.
— Nossa é bastante coisa! — diz Victória impressionada.
— Acho que dá para passar um mês com isso tudo. Se economizarmos até mais. — diz Isabelle.
— É, mas têm algumas coisas vencidas, temos que prestar atenção nisso também. — diz Evie.
— Nossa gente. Tem bastante água até, e alguns nem saíram do lote! — diz Victória.
— Excelente! Dessa vez a sorte sorriu para nós. — diz Evie andando até o balcão.
— Mas e se os donos voltarem? — pergunta Isabelle.
— Não vão! Olhem!— diz Evie apontando para o balcão.
Um infectado atrás do balcão preso e Evie dá uma facada na cabeça.
— Como você sabe que era o dono? — pergunta Victória para Evie.
— O crachá dele tinha escrito que era o proprietário.
— Eu sei que é errado, mas tem dois mil reais no caixa. — diz Isabelle.
— Não sei para o que vamos usar esse dinheiro. — diz Victória.
— Verdade. Vamos pegar algumas dessas coisas e levar para casa e depois proteger esse lugar. Agora é nosso! — diz Evie.
No viaduto:
Os sons de tiros iam atraindo mais e mais infectados.
— Virjão atrás de você!Vinícius se vira e elimina o infectado com uma facada na cabeça.
— ELES SÃO MUITOS E NÃO SEI DE ONDE ESTÃO VINDO! — grita Vinícius.
— Pelo menos estão vindo menos. — diz Luana.
Depois de um tempo lutando contra eles finalmente ganhamos um descanso.
— Pelo menos um descanso! — diz Vinícius.
— Gastamos muitas balas com isso. — diz Luana.
— E aí, como vocês estão? — pergunta Gabriel.
— Exaustos! — responde Vinícius.
— Enquanto vocês estavam lutando eu fui em busca de dois carros. — diz Gabriel.
— Aeeee, fez algo útil Biel. — ironiza Luana.
— Está me chamando de inútil? — pergunta Gabriel.
Mais infectados surgem no viaduto.
— Essa não, mais deles? — diz Vinícius.
— Não dá para ficar desperdiçando muitas balas. — diz Luana. — Vamos logo embora não vai dar tempo irmos para a cidade. Talvez amanhã!
— Gabriel, você olhou se os tanques estão cheios? — perguntou Vinícius.
— Até o talo!
— Ótimo! Vamos logo! — diz Luana.
— Eu não sei dirigir muito bem. — diz Vinícius.
— Amigo, se vira! — diz Luana.
— Nossa!
— Vamos!
Os três dão a volta e vão direto para a vila.
Na vila:
— Loba, Victória! Dois carros e um trailer se aproximando! — grita Isabelle.
Evie vai correndo até a portae quando os carros chegam na entrada da vila ela grita:
— QUEM SÃO VOCÊS?
Luana abaixa o vidro do carro e diz:
— O seu pior pesadelo!
— Que medo! — ironiza Evie.
— Vai deixar a gente passar dona delegada? — ironiza Luana.
Evie libera a entrada. Em seguida os carros estacionam. Evie então ela vai falar com Vinícius.
— E aí, o que conseguiram?
— Achamos algumas armas, comidas e medicamentos. — diz Vinícius.
— Sem falar desses carros né? — diz Gabriel.
— E essasinha aí, deu problema? — pergunta Evie.
— Luana? Não! Ela ajudou e muito! — diz Gabriel.
— Fomos atacados por uns infectados, mas ela ajudou. — diz Vinícius.
— Ok! Aqui encontramos um mercado e um caminhão cheio de coisas. Sério! — diz Evie. — Estimamos que vai dar para passar um mês ou mais.
— Isso é ótimo! — diz Gabriel. — Mas agora quero ir tomar banho e dormir.
— E como vocês podem ver, levantamos uma parte do muro. — diz Isabelle.
— Isso é bom, pelo visto não vamos precisar voltar à cidade amanhã. Então já aproveitamos e fazemos esse maldito muro. — diz Luana.
— Vamos levar as coisas para dentro. — diz Evie.
— Vamos, depois quero descansar. — diz Vinícius.
Evie narrando:
Hoje foi um dia de sorte. Ninguém morreu ou se feriu, achamos bastante coisas e achamos um lugar ótimo e vamos fazer os muros amanhã. Agora sim podemos ter a nossa casa e viver em segurança. Pelo menos por um tempo.
Mas alguém observa de longe...
— Mano, eles acharam muitas coisas. Achamos nosso alvo.
— Ótimo amanhã vamos fazer uma visitinha de rotina.

VOCÊ ESTÁ LENDO
A Extinção!
AcţiuneUm grupo de amigos lutando para sobreviver em um mundo apocalíptico, que aos poucos vai sendo dominado pelos infectados, humanos que contraíram um vírus antes de morrer e voltam a vida como zumbis. Aos poucos o grupo vai perdendo componentes mas a d...