A Extinção!

SEM ESCOLHAS

Durante a noite...

... ... ... ... — O que você vai fazer?... ... ... ... ... ... — DEIXEM MINHA FILHA EM PAZ... ... ... ... ... ... ... ... (crianças chorando ao fundo)... ... ... ... ... ... — Você não tem esse direito. — Cala a boca! ... ... ... (Uma mulher correndo com suas duas filhas)... — Não deixem escapar. — MATEM! ... ... ... ... ... (SOM DE TIRO)... ...

Lian acorda do pesadelo.

Ela lentamente se levanta e fica sentada olhando para os lados do quarto.

Lian narrando:

Outra vez! Tive o mesmo pesadelo de uns dias atrás. De uma mulher fugindo com duas crianças. Eu não entendo o sentido desses pesadelos, como se fossem flashbacks de um passado distante.

Lian se levanta e caminha até a cozinha para pegar algo para comer.

Lian...

Eu fui pegar uma maçã e beber água, mas quando eu estava voltando reparei que a porta da rua estava meio aberta então fui me aproximando para fechar, mas vejo que a Loba estava sentada na varanda fazendo não sei o que.

O silêncio toma conta nesse momento, tudo que se podia ouvir era o som dos grilos e de alguns infectados no horizonte. Então Lian fala:

— Acordada ainda Loba?

Loba se assusta e diz:

— Depois desse susto que você me deu vai ser difícil eu dormir.

Lian sorri.

— Desculpa. — diz Lian se sentando ao lado de Loba. — Mas me diz, por que está acordada há essa hora? Não íamos de manhã cedo ver o galpão?

— Estou sem sono. — diz Loba. — Então vim aqui pra fora. E você?

— Eu?

— Sim! Por que está acordada? — pergunta Loba.

Lian sem querer falar sobre o pesadelo inventa uma desculpa:

— Senti fome e sede, então levantei para pegar uma maçã. Espero que não se importe. — diz Lian que em seguida oferece uma mordida para Loba. — Quer?

Loba então pega a maçã e dá uma mordida e diz:

— Valeu!

As duas ficam em silêncio por um tempo. Loba olha para Lian...

— Agora eu posso fazer uma pergunta? — diz Loba.

— Fique a vontade. — diz Lian mastigando.

— Quais são seus planos? Você não gosta de ficar em equipes e ajudou um grupo desconhecido a salvar uma amiga de outro grupo muito perigoso...

Lian respira fundo.

— Eu gosto de ficar em equipes. Mas prefiro agir sozinha até encontrar uma pessoa.

— Quem? — pergunta Loba.

Lian olha para baixo e diz:

— A minha irmã.

— Você sabe se ela está viva? — pergunta Loba.

— Tem que está! — diz Lian.

— Como você se perdeu dela? — pergunta Loba.

— Foi muito antes de isso tudo acontecer. Eu me separei dela e dos meus pais com um ano de idade e minha irmãzinha tinha acabado de nascer. Pelo menos foi isso que me disseram.