"VOCÊ ACEITA...?"

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Já pela noite no Impérium, uma das únicas coisas que se ouvia eram os grilos e alguns infectados. Todos já estavam nas suas casas, pois o inverno estava cada vez mais próximo, então o tempo estava frio e parecia que uma tempestade se aproximava cada vez mais. Depois que Vinícius, Loba e Lian vieram da vila, o clima ficou um pouco mais tenso entre o grupo. Loba estava tomada pela raiva e queria muito se vingar de quem fez aquilo com a vila. Vinícius não conseguia raciocinar muito bem na hora de tomar as decisões e não tinha paciência para voltar a olhar o galpão. Lian foi para o quintal da casa, onde lá começou a treinar movimentos de espadachim com um facão para ir se aperfeiçoando. Victória, Isa e Luana ficavam apenas na sala, totalmente caladas. Já o casal, recentemente encontrado pela equipe, foi levado para conversar com Dante, imperador do Impérium. A conversa foi breve, logo depois de algumas horas eles são levados para uma casa onde, provavelmente, vão morar.

Caio se deita na cama ao lado de Mariana e suspira demonstrando alívio, e diz:

— Fazia tempo que eu não deitava em algo tão macio. Foi muito bom ter encontrado esse lugar.

— Você pretende ficar? — pergunta Mariana.

Caio olha para ela com uma expressão de que não entendeu a pergunta.

— Como assim? Óbvio que vamos ficar. — diz Caio. — Aqui tem comida, água, segurança... Melhor do que ficar vagando por aí na pista.

— É que... Amor... — diz Mariana. — Lembra-se do que aquela garota disse mais cedo? Que aqui seria o lar temporário deles?

— Lembro... — Caio se cala por um tempo. — Você quer se juntar a eles né?

— Eu não sei. Vivemos muito tempo sozinhos, por que não arriscar entrar em um grupo? Eles parecem ser muito determinados. Eu gostei deles. — diz Mariana.

Caio continua olhando para Mariana em seguida se levanta passando a mão no rosto.

— O que foi? — pergunta Mariana.

— Você viu aquele cara mais cedo? — diz Caio. — Se dependesse deles nós teríamos ficado lá. E provavelmente mortos.

— Mas amor, eles voltaram e nos salvaram, gastou a munição deles para nos salvar.

— Não importa! — diz Caio que se senta frente à Mariana e pega as mãos dela. — Mari, nós não vamos confiar nossa segurança a eles. Nós vamos ficar no Impérium, independente se eles forem ficar ou não. Entendeu amor?

Mariana fica olhando para Caio com uma expressão de tristeza até que alguém bate na porta. Caio e Mariana vão atender.

— Oi! Boa noite! — diz Loba.

— Olá, você é a... — diz Mariana.

— Evie. Mas pode só me chamar de Loba. E aquele ali em baixo é o Vinícius.

— Vocês são um casal? — pergunta Caio.

— Não! Somos líderes de um pequeno grupo de sobreviventes. Somente! — diz Evie.

— Ah! Vocês querem entrar? Podem ficar a vontade, até por que vocês são os nossos heróis. — diz Mariana sorrindo.

— Obrigada, vou só chamar o Vini.

Loba vai chamar o Vini enquanto Caio diz:

— Você acha uma boa ideia deixá-los entrar?

— Para de ser chato amor! Eles nos salvaram. É o mínimo que podemos fazer.

Vini e Loba retornam.

— Boa noite. — diz Vinícius.

— Boa noite, entrem, por favor. — diz Caio.

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