SE HOUVER UM AMANHÃ...

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Victória Narrando:

É horrível a sensação de ter alguém apontando uma arma para sua cabeça. Principalmente se esse alguém for uma louca que você desconhece.

— NÃO ME OBRIGUEM A PERGUNTAR NOVAMENTE. — diz a garota.

— Olha... Calma. Abaixa a arma e vamo... — diz Vinícius.

— NÃO ME OBRIGUEM A PERGUNTAR NOVAMENTE! — diz a garota ficando estressada.

— Somos refugiados! — diz Evie. — Nossa cidade foi tomada pelos infectados e depois fomos para a base militar que também foi tomada! Só isso!

— Qual é o nome de vocês? — pergunta garota.

— Essa aqui é Evie, Juliana, Gabriel, Isabelle... E essa aí desesperada que você está segurando é a Victória. — diz Vinícius.

A garota empurra Victória na direção do grupo.

— Ai! — diz Victória.

— E você virjão não tem nome não? — pergunta garota.

— Meu nome é Vinícius!

— Hum! Ok! Peguem suas coisas e vão dando o fora. — ordena garota.

— Mas nós não temos para onde ir! — diz Isabelle.

— Isso não é problema meu. AGORA VÃO! — diz garota.

— Por favor deixa a gente ficar! Só por esta noite. Iremos sair pela manhã, mas deixa a gente ficar por favor. — implora Gabriel.

A garota olha para o grupo, respira fundo e diz:

— Tá bom. Eu deixo vocês passarem só esta noite. Só por que gostei de você e também por você implorar de joelhos. Adoro isso.

— Bom! Muito obrigado mesmo. Qual é o seu nome mesmo? — pergunta Vinícius.

— Você não precisa saber! Boa noite e não entrem no meu caminho. Se precisarem de qualquer coisa, não me procurem. Se virem! — diz a garota e se retira da sala.

— Que garota legal! — diz Gabriel.

— Não foi você que estava com uma arma apontada para cabeça Gabriel! Não gostei dela! Não sei se é confiável dormimos aqui com ela. — diz Victória.

— Pelo menos deixou a gente ficar. Eu estou exausta. — diz Isabelle.

— Talvez ela possa ser uma dos nossos. — sugere Vinícius.

— O que? Ficou maluco? Ela quase matou a Victória. — diz Evie.

— É! Acho que não seria muito legal ter ela andando com a gente. — Diz Juliana.

— Mas parem para pensar: seria muito melhor termos um grupo forte. Não sabemos o que virá mais para frente, mas temos que estar preparados. — diz Vinícius.

— Concordo! E ela também é muito gata! Seria bom ter ela andando com a gente. — ironiza Gabriel.

Todos ficam olhando para Gabriel.

— Você acha que seria legal Loba? — pergunta Isabelle.

— Se Vini está dizendo... Só espero que ele saiba o que está fazendo.

— Certo, mas... E se ela tentar nos atacar enquanto dormimos? — pergunta Victória.

— Alguém fica de vigia essa noite. Só por precaução. — sugere Evie.

— Pode deixar que eu fico. Só preciso de uma arma. — Isabelle.

— Fique com a minha. Enquanto durmo não vou usar mesmo. — diz Gabriel.

— Ai gente, vamos dormir. Estou exausta. — diz Juliana.

— Eu só espero que essa louca não venha nos atacar. — diz Vinícius.

Garota escuta e grita do andar de cima:

— Eu ouvir isso hein!

Logo Vinícius responde:

— FOI MAL!

Gabriel narrando:

Depois de tanto desespero na cidade e na base, finalmente pudemos ter uma boa noite de sono. Isabelle ficou vigiando a gente. Mas sabe, não acho que aquela garota seja má. Até por que ela não matou a Victória e não nos roubou nada. Acho que ela pode ser do nosso grupo. Amanhã vou tentar convencer o pessoal a deixa-la ficar.

Isabelle narrando:

Parece que Victória sabia mesmo o que essa garota iria fazer. Não demorou muito até que ela desceu as escadas e começo a andar lentamente até nossas armas.

Isabelle apontada a arma para a garota.

— Não se mexa! — ordena Isabelle.

— Opa! Olha o que temos aqui! Isa né? — diz a garota.

— É Isabelle para você!

— Ui! Calma "Isabelle" eu só vim beber água.

— A cozinha é para o outro lado. — diz Isabelle.

— É! É para o outro lado sim!

A garota ataca Isabelle tentando pegar a arma da mão dela quando Vinícius acorda e diz:

— Parada! SOLTA ELA E ENCOSTA NA PARADE.

— E o que vai fazer policial? Me revistar? — ironiza a garota.

— NÃO ME OBRIGUE A PEDIR NOVAMENTE!

A garota com expressão de ódio encosta na parede.

— Victória!

— Oi!

— Cadê aquela corda que você achou na cidade.

— Eis aqui!

Vinícius amarra a garota, prendendo-a no corrimão da escada.

— Ui! Nossa, você amarrou muito forte virjão! — diz a garota.

— Tem que ser assim. Quem sabe você para de nos atacar. — diz Vinícius.

— É seu idiota, mas você esqueceu que isso aqui é um braço e não é o das tuas negas para ficar apertando assim. — ironiza a garota.

— Ai, cala essa boca e quem sabe te deixamos viver. — ordena Evie.

— Nossa, o tapa que ela me deu na cara doeu. — diz Isabelle esfregando a mão no rosto.

— Imaginei! O som do tapa fez todo mundo acordar. — diz Victória.

— É! Eu estava sonhando que estava dançando no lago dos cisnes. — diz Juliana.

Nooooossa! — diz a garota dando risadas. — Aí virjão que erva você dá para esse pessoal? Deve ser pesada!

— Eu juro que se essa garota abrir a boca mais uma vez eu atravesso uma flecha na cabeça dela! — diz Evie estressada.

— Gente posso falar com vocês um instante... — diz Gabriel olhando para a garota. — a sós!

— Você não espera que eu saia né gênio? Eu estou amarrada!

— Vamos no andar de cima! — diz Vinícius.

Todos sobem a escada.

— Muita coragem deixar a prisioneira lá sozinha! — diz Juliana.

— Olha, eu estava pensando, assim como o Vini, e se elas fossem uma das nossas? — pergunta Gabriel.

— Agora desconfio que Gabriel usa uma erva mesmo. — ironiza Evie.

— É sério! — diz Gabriel. — Nosso grupo ainda está fraco. Seria bom ter ela andando com a gente.

— Você quer que uma garota que quase matou a Victória e bateu na Isa ande com a gente? — diz Evie.

— E fazer de conta que somos uma família grande e feliz? — diz Isabelle.

— Sabe, acho até que Gabriel tem razão. — diz Victória.

— Victória fica quieta! — ordena Juliana.

— Veja, somos apenas seis. Se dermos de cara com algum inimigo vamos nos dar muito mal. Precisamos de mais gente para ficarmos mais fortes. — diz Victória.

— Victória ela quase te matou. — diz Evie.

— Eu sei. Mas ela estava se defendendo.

Todos ficam em silêncio.

— Então? — pergunta Gabriel.

— Ok! Vamos perguntar a ela se quer entrar e se não quiser também que se dane. — diz Evie.

Todos descem a escada e percebem que a garota está tentando pegar algo com o pé.

— O que está fazendo? — pergunta Vinícius para a garota.

— Eu? Eu estava matando a faca. Ela tinha vida e asas.

— Olha deixa pra lá! O que queremos saber é se você quer ser da nossa equipe? — diz Vinícius.

— HAHA! Uma arqueira que quase não tem flechas, um cara que se chama... Gabriel, uma garotinha que não sei o que faz, outra tirando onda de vigia, uma que pinta as unhas no apocalipse e um virjão tirado a líder. O grupo de vocês é patético. — diz a garota.

— Olha, vamos matar ela é dar para os abutres! Assim economizamos tempo. — diz Evie.

— Qual é o problema em se chamar Gabriel? — pergunta Gabriel.

— Olha é sério! Precisamos de mais gente na nossa equipe. Pessoas fortes! E você já se mostrou determinada. — diz Vinícius.

— Huuuuum... gostei do que você falou. Fala mais. — diz a garota.

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