-Pelo amor de Deus - Alan fala pausadamente. - Alguém tira essa bomba de fedor das minhas mãos!Meu irmão está com a cara mais engraçada do mundo e eu não consigo parar de rir da situação.
-Eu preciso registrar esse momento - falo, dando gargalhadas e retirando o celular do bolso do meu short jeans.
-Não tem graça, Amélia! Mãe!
-Deixa de ser fresco, Alan! - Dona Alana marcha pelo corredor. - Eu, precisando descansar, e nem para me ajudar.
-Pedia à Amélia!
-Para de gritar, Alan. Vai assustar o bebê - sussurro e coloco o celular na mesa de jantar.
Mamãe vai até o seu filho, digo... O recém-nascido, e o toma em seus braços.
-Olha só... - Alan aponta para a frauda aberta à sua frente. - Que monstrinho.
-Ele é só um bebê - mamãe o balança lentamente e fica fazendo caretas. - Tinha que vê o que eu encontrava na sua frauda.
-Agora é que eu não ganho atenção - Alan diz e vai para a cozinha.
A campainha toca e eu corro para abrir a porta.
-Oi! - jogo meus braços em seu pescoço.
-E aí? - Caíque me abraça e beija minha bochecha.
-Ele está bem ali - aponto para minha mãe. - É uma graça, Caíque...
Quando chegamos da casa de praia do Caíque, dois dias depois minha mãe deu à luz. O hospital não aceitou membros que não fossem da família e Caíque ainda não teve a oportunidade de ver meu mais novo irmãozinho.
-É um menino...? - ele começa andando devagar e não tira os olhos do pequeno ser nos braços da minha mãe.
-Isso. Graças à Deus não iremos ter "Zuleide" em nossa família - falo alto o bastante para Alan escutar.
-Como vai, Dona Alana?
-Oi, querido. Ainda um pouco cansada, mas muito feliz - minha mãe sussurra com um sorriso nos lábios para não acorda-lo. - Gostaria de segura-lo?
-Sério? - Caíque esfrega as mãos na blusa. - Eu adoraria.
Ele chega perto da minha mãe e toma todo o cuidado com o recém-nascido.
Acho que nunca vi uma cena tão linda assim...
Caíque segura ele com o braço esquerdo e passa a sua outra mão, delicadamente, sobre a cabecinha dele. Fico tão maravilhada com a cena que começo a imaginar o quanto Caíque seria um ótimo pai.
-É tão pequeno... - encosta sua testa com a dele. - É lindo.
-Alan, pode fazer o almoço? - minha mãe vai para a cozinha e escuto meu irmão reclamar.
-Qual o nome dele? - Caíque olha para mim.
-Eu fiquei com muita dúvida, mas... Lembrei de um nome bem bonito pra ele - mordo o lábio para conter o sorriso.
-E então?
-O que você acha de Daniel?
Ele me olha com os olhos arregalados. Tenta falar alguma coisa, mas não consegue.
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A Última Aposta
RomanceCaíque, um típico adolescente de dezessete anos, filho de um famoso empresário e irmão de Daniel, que está diagnosticado com leucemia desde os quatro anos de idade, era louco por uma aposta. Amélia, nascida em Minas Gerais, é obrigada a se...