Capítulo trinta e sete - Narrado por Amélia

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-Vamos pro Beach Park mais tarde? - Camila pergunta, em plena sete horas da manhã.

-Am... Não sei.

-Por favor! Quando foi a última vez que saímos juntas?

-Quem iria levar a gente?

-Minha mãe. Ela está de folga, então, dava pra todo mundo ir.

-Se você conseguir convencer os outros, eu topo - pisco.

-Missão dada é missão cumprida - e ela sai em disparada.

O sinal já bateu e Caíque ainda não chegou, o que é bem estranho, já que ele não costuma se atrasar.

-Christian - o cutuco. - Você viu o Caíque?

-Não, darling. Deve ter se atrasado.

-Hum.

-Você vai pro Beach Park? - ele pergunta, com empolgação na voz.

-Acho que sim. E tu?

-C-L-A-R-O! Deixa só eu fazer uma lista da quantidade de tanquinhos que eu vou ver lá - era tão bom ver que meu amigo tinha voltado ao normal, eu já estava sentindo muita falta disso.

-Ei - ele me tira de meus pensamentos. - O que houve com o Rafael? - olho de relance e percebo que seu olho ainda está um pouco roxo, apesar dos dias que se passaram.

-Bom, na boate ele levou só um soco. E não foi no olho.

-Estranho - ele balança a cabeça. - Talvez isso não aconteceria se vocês não tivessem ido.

Sim, acabei contando tudo para Christian. E sua reação não foi, hum, digamos que positiva.

-Quer parar, Christian? Eu já te falei que não consigo ver uma coisa que julgo ser errada passar.

-Tudo bem, desculpe-me. Eu só... Me preocupo com vocês.

-Está tudo bem.

-Gente! - Camila sussurra. - Falei com a Larissa e com o Theo, eles toparam. Já falou com o Caíque, Lia?

-E o Rafael?

-Bom - Camila estreita os olhos. - Posso falar com ele - assento com a cabeça.

Na hora da saída, teclo o nome de Caíque em meus contatos e espero ele atender.

-Caíque?

-Amélia? Oi... - sua voz soava estranha.

-Por que não veio à aula?

-Ah, acabei me atrasando.

-Hum, teve assunto novo hoje.

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