Capítulo 10

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NARRAÇÃO:FELIPE

Descemos, e eu percebi que várias pessoas olhavam para nós, mas eu nem ligava.

Chegando lá, eu peguei a bandeja e fui me servindo, minha fome era enorme, e eu coloquei muita comida em meu prato, enquanto Manu já estava na mesa. Indo ao seu encontro, tinha um cara falando com ela, cheguei a tempo de ouvir ele me chamando de burro.

Além de estressado, agora estava bastante irritado, e por isso acabei tendo uma discussão com ele, e sem querer falei que a Manu era minha namorada e pelo jeito ela não gostou, porque se levantou e foi para o quarto com a comida, e eu a segui.

- Desculpa, não foi minha intenção te magoar.

Ela me perdoou, mas parecia estar bastante irritada. O que havia passado pela minha cabeça, brigar com alguém por causa de uma garota que eu acabara de conhecer. Eu estava ficando louco isso sim, mal a conhecia e já me sentia assim, com ciúmes.

Entramos no quarto e comemos em silêncio, logo depois disso, ela quis descer sozinha para levar as bandejas, e eu não questionei.

Enquanto ela ia, eu tive tempo de pensar, e com isso eu decidi que devia tomar uma atitude, antes que outro fizesse isso, mesmo que fosse cedo, estava gostando dela, sei lá podia ser apenas uma paixão boba, mas por que não tentar?

Logo que ela volta pergunto se aconteceu alguma coisa, pois ela demorou, mas ela diz que só se encontrou com aquele tal de Hugo, e mais uma vez eu faço papel de trouxa...

Ela vai para o banheiro se trocar, e eu tento dormir. Estou quase pegando no sono, quando ela vem e grita, começando a fazer graça, não me lembro muito bem, mas ela disse algo sobre mudar, ser mais ela mesma, e que eu a conheceria de verdade. Nisso, por algum motivo, me deu uma enorme vontade de beijar aquela boca, e é o que faço, ela tenta negar por um tempo, mas depois me beija também.

Em seguida, Manu se levanta, e continuamos conversando, depois ela vai para cama dormir. Estava quase dormindo quando novamente ela levanta e grita:

- Felipe acorda caralho – eu me virei para ela – amanhã você vai à cidade comigo.

- Tá bom Manuela! Posso dormir agora?

- Boa noite tchau!

Bem de leve, sussurro "Marrentinha linda", tomara que ela não tenha ouvido.

Acordei no outro dia com uma baixinha pulando em cima de mim.

-Acorda Felipe, acorda, ACORDAA!!!!- Nossa como essa menina grita meu Deus!

-Já acordei Manuela, fala baixo velho!

-ACORDA PORRA, HOJE VOCÊ VAI NA CIDADE COMIGOOO!!

-Deixa para mais tarde, to com sono, vai dormir vai!

-Acorda logo, ou eu vou usar minha arma secreta! - Ela faz uma cara de safada.

Eita, ela vai apronta alguma, já to vendo.

-Então vai, faz eu duvido que você consiga algo contra mim! - Faço uma cara maliciosa.

-Eu vou tomar banho e se você não tiver levantado você vai ver - Diz isso e entra no banheiro, meu Deus essa menina ainda me mata.

Escuto uma música vindo do banheiro que identifico sendo The Chainsmokers - Don't Let Me Down, e logo escuto ela cantando, ela tem uma voz linda. Eu não levanto, quero descobrir sua arma secreta, e fico lá até ela sair.

Quando Manu sai do banheiro, ela está com uma regata que mostra uma parte da barriga, uma calça leggin preta, um all star, e uns acessórios variados, e como ela fica bonita com aquele sorriso e o cabelo esvoaçante. Quando me vê, faz cara feia, e diz:

- Não acredito que você ainda está aí, terei que usar minha arma secreta...

- Quero ver do que você é capaz... – Digo e dou um sorriso de canto.

Então ela vai ao banheiro, e imagino que vá fazer algo que seria considerado errado, mas Manu apenas volta com os braços atrás do corpo e quando chega aos pés da minha cama, com uma das mãos retira meu cobertor e com a outra joga uma caneca de água fria em mim.

De início, eu levo um susto, mas logo depois eu só sei que estou correndo atrás dela pelo quarto. Até que ela tropeça e caímos sobre sua cama. Logo ficamos nos encarando, e ao invés de beijá-la como todo mundo achou que faria, eu começo a fazer cócegas nela. E digo com voz má:

- Peça desculpas, ou você irá se arrepender disso.

- Eu não, e pare com isso seu idiota. – Ela diz ofegante, mas eu não paro.

- Não ouvi suas desculpas vai diga: desculpa meu senhor, nunca mais irei lhe desrespeitar. – Eu dizia, enquanto ela gargalhava sem parar.

- Desculpa seu viado.

- Resposta errada...

-Ok ok, Desculpa meu senhor, nunca mais irei lhe desrespeitar... - Então eu parei, e após recuperar o fôlego, ela me pediu para trocar de roupa, e foi o que eu fiz.

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