U Wanna Do This?

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Oiii meus amores e minhas amoras!! Tudo bem?

Eu também estou surpresa por ter atualizado tão rápido hahaha ❤️

Eu pirei escrevendo esse capítulo, e espero que vocês pirem o lendo também!

Aproveitem a leitura!!
Mil beijooos! Amo vocês! ❤️

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Pov. Samantha Rovia

- Hey. Faz muito tempo que eu não venho aqui, não é? - dei um sorriso fraco e me sentei no gramado. - Eu fiquei dois anos fora e tudo dentro dessa comunidade mudou. As pessoas mudaram, droga, até mesmo as construções daqui estão diferentes. - soltei uma risada nasalada ao lembrar do que Peter havia feito. - O namorado do Frank construiu uma casa na árvore, você tinha que ver, ela é demais. - entrelacei meus dedos uns nos outros e sorri de leve. - Eu to falando tudo isso pra enrolar o que realmente tenho que te contar. Bem, você já deve saber, não é? - suspirei levemente. - Eu amo o Negan, eu o vejo como meu pai agora. Droga, isso é tão estranho. - olhei para o céu azul tentando me acalmar, não iria chorar agora. - Eu sei que você deve odiar esse homem, porque eu o odiei por tanto tempo. Ele me torturou, me fez perder tanto. Mas ainda assim ele foi o único que conseguiu me dar tudo aquilo que eu queria desde pequena. Me desculpa, ele te machucou muito também. - arrumei minha posição, estava bom desabafar ali. - Ele não é como Paul ou Daryl. Tem alguma coisa nele que me dá a certeza de que ele é meu pai. Ele não tem o meu sangue como Paul, e pode não me amar tanto como Daryl, mas ele é da família. - senti as lágrimas começarem a descer pela minha bochecha, mas as deixei ali, não estavam me incomodando. - Você já viu o jeito que ele trata Lucille? - abri um sorriso mínimo ao lembrar da primeira vez que a segurei. - Ele a ama mais do que qualquer coisa nesse mundo, e eu realmente não me importo que esse amor não é pra mim, porque eu só quero vê-lo bem. - estiquei minhas pernas e apoiei meus braços na terra, levando minha cabeça para trás, fechando os olhos e suspirando. - Eu tenho certeza que você me entende. A garota que todos acham que só é durona por fora, mas que na verdade também é por dentro. Ainda assim você conseguia mostrar o que sentia para quem amava. - exclamei com um sorriso. - Eu tentei tanto ser como você, me desculpa se eu não consegui. - meu rosto já estava quente devido ao choro, mas não estava me importando. - Você olhava com um brilho nos olhos para mim e para Carl, então eu acho que devo falar dele pra você. - meus dedos se abriam e fechavam na terra seca do lugar, aquilo me acalmava. - Ele está com a Lydia agora. É, eu sei, não deveria ter deixado esse garoto escapar, ele é demais. - soltei uma risada fraca ao fazer essa confissão a mim mesma. - Você estaria tão orgulhosa dele. Provavelmente a mesma quantidade que eu. - me sentei de pernas de Índio novamente e bufei. As palavras que eu queria dizer não queriam sair pela minha boca. - Ele é um ótimo líder. Eu o amo, mas você já sabe disso, você sempre soube. - limpei minhas mãos na calça antes de cobrir meu rosto com elas. - Você sempre foi a primeira a saber de tudo sobre mim. Droga, Rosi, eu sinto tanto a sua falta. - isso foi tudo o que restou da minha força. Minhas mãos estavam molhadas pelas lagrimas que saíam compulsivamente pelos meus olhos e meus soluços eram o único barulho que podia-se ouvir na noite estrelada.

Não me lembro por quanto tempo fiquei sentada ali, somente chorando a morte de uma das pessoas que eu mais amei. Rosita era minha irmã, eu sentia tanto a falta dela. Sua morte foi minha culpa, foi para me salvar, e eu nem pude agradece-la, não pude fazer nada. Já estava começando a tremer pelo frio quando senti alguém colocando uma camisa por cima dos meus ombros. Achei que era Frank até me virar e me deparar com Carl. Seu olho estava vermelho, assim como seus lábios, ele também estava chorando. Engoli as lágrimas antes de falar com ele.
- Há quanto tempo você tá aqui? - minha voz saiu fraca e embargada, o oposto de como eu queria.
- Desde que você chegou. - ele respondeu com um sorriso mínimo. Não precisei dizer nada para que ele me puxasse para perto e me envolvesse em um abraço extremamente aconchegante. - Eu sinto a falta dela também.
- Ela era a melhor. - apoiei minha cabeça no peitoral do moreno e posicionei minha mão na base de sua nuca, mexendo no seu cabelo. Eu conhecia Carl, ele também estava abalado, ele não era de chorar à toa.
- Ela era. - ele confirmou, dando um beijo na minha testa em seguida. - Tá ficando frio, Sam, vamos pra dentro. - ele disse baixo, mas o ignorei quando percebi que algo faltava nele.
- Por que você não está usando o chapéu? - perguntei no mesmo tom que o dele. Meus olhos examinando cada centímetro do rosto do moreno.
- Por que você não usa mais a bandana? - Carl me perguntou de volta com um olhar desafiador. Abri um sorriso pela resposta que ele tinha dado, típico. Ele riu levemente e negou com a cabeça. Levei minha mão livre até sua bochecha direita e a acariciei com meus dedos.
- Você ficou bem com esse tapa olho. - comentei, segurando a vontade de sorrir mais ainda.
- Ah, sério? - ele arqueou a sobrancelha pra mim enquanto aproximava seu rosto do meu.
- Claro que sim, pirata. - soltei uma gargalhada quando a expressão de Carl mudou totalmente. Ele parou o que estava fazendo e semicerrou o olho, o deixando extremamente fofo.
- Você ama muito esse pirata. - seus braços se apertaram contra as minhas costas e me trouxeram mais para perto. Eu não estava ligando pra briga que havíamos tido mais cedo, ou pro fato de que ele estava com Lydia, eu só queria aproveitar o momento. Quando nossas bocas estavam a centímetros de distância, me lembrei de onde estávamos.
- Por favor, não me beija no cemitério. - e isso foi o suficiente pra desencadear outra crise de risos em nós dois.
- Você acabou com o clima. - Carl me disse, desviando da minha boca e beijando minha bochecha.
- Não acabei não. - retruquei. Nos soltamos para que pudéssemos voltar para casa. Vesti a camisa xadrez que estava em meus ombros e olhei uma última vez para o túmulo de Rosita. - Eu te amo, Rosi. - sussurrei com um meio sorriso. Quando me virei, Carl estava de costas enquanto virava o rosto para me olhar.
- Eu vou te dar uma carona. - o olhei estranho, não sabendo o que ele queria dizer, mas quando ele se abaixou um pouco, um sorriso surgiu no meu rosto.
- Ah, você só pode estar de brincadeira comigo, Grimes. - comentei animada enquanto corria na sua direção e pulava nas suas costas, entrelaçando minha pernas na sua cintura.
- Negan não vai me matar se eu aparecer assim como você, não é? - Carl me perguntou. O tom que ele usava era de receio, mas eu tinha certeza absoluta que ele sentia qualquer coisa menos medo do meu pai de consideração.
- Ele não vai. - revirei os olhos ao mesmo tempo, mesmo sabendo que ele não veria. - Carl. - o chamei um pouco mais baixo. Não poderia continuar a ignorar o fato que tinha acontecido mais cedo. - Rick já sabe o que aconteceu?
- Sim, Daryl e Glenn contaram pra todo mundo. - apoiei meu queixo no ombro dele e o abracei. - Não se preocupa, eles vão falar com você só amanhã.
- Você tá com sono? - perguntei, pensando nas possibilidades do meu plano dar certo.
- Um pouco, por que? - ele perguntou de volta, mas eu suspirei, precisava de outra resposta, precisava de um não.
- Eu tenho pesadelos todas as noites com meu pai e Alpha. - admiti, sentindo a respiração do garoto ficar mais rápida. - Eu não vou dormir hoje, não depois de ter encontrado ele. - dei um sorriso fraco. - Pensei que você poderia ficar comigo pra passar o tempo.
- Eu fico com você, Sammy. - ele apressou o passo quando chegamos na esquina da rua de sua casa.
- Não, você tá com sono. - retruquei divertida. - Eu chamo o Frank ou o Negan.
- Falando nele, Negan sabe que você está bem? - Carl me ignorou totalmente.
- Sim, eu pedi pro Glenn avisar que ia até o cemitério. - respondi ficando cada vez mais confusa. O garoto somente assentiu antes de continuar o caminho, a diferença é que agora não estávamos indo pra minha casa, mas sim para a dele. - Carl, pra onde você...- ele não me deixou terminar.
- Pode descer. - sai de cima de suas costas e cruzei os braços, o olhando com uma careta. - O quê? - ele perguntou, mas não o respondi. - Se for pra ficar acordado vai ser no meu quarto, deitado na minha cama aconchegante e lendo HQ's.
- Eu não vou te convencer a ir dormir, não é? - fiz uma pergunta que mais pareceu uma afirmativa, ele só riu e deu de ombros como resposta.
- Vamos. - como num movimento automático, Carl entrelaçou nossas mãos antes de entrar na casa.

Devil's Friend // Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora