Inspirado por seus pensamentos em começar a viver como uma família de verdade junto a Ágata e Breno, Isaac chamou eles para conversar em uma noite, ele estava extremamente animado, com várias coisas na cabeça, na cozinha Ágata e Breno estavam sentados esperando para saber o que Isaac queria lhes dizer.
- Diz logo o que você quer I, preciso ir assistir. -dizia Ágata apoiando a cabeça nos braços.
- Calma, tenho muito o que dizer... primeiramente, vou sair do meu atual trabalho, segundo, vou insistir na idéia de que o Breno venha morar com a gente, terceiro, vou abri meu próprio negócio e por último, o mais importante assim que todas essas coisas estiverem resolvidas vou pedir o Breno em casamento. -disse rápido e sorrindo para os presentes. - O que acham?
- Que você atrapalhou minha programação por que é meu irmão doido e chato, eu sou uma pobre e inocente criança, não me peça opiniões sobre isso! -Ágata levantou e foi para o sofá.
- Não queria sua opinião mesmo... -Isaac mostrou a língua para a menina e olhou para o homem ansioso por uma resposta. - E você Breno? -perguntou vendo a cara de poste dele.
- Meu bem... -Breno sorriu. - Tudo isso é meio repentino, por que tomou essa decisão quanto a seu emprego?
- Preciso de mais tempo para cuidar da Ágata e de você, com um negócio próprio terei melhor liberdade, tanta coisa mudou para mim, obviamente nada ficou como eu planejava, mas preciso me adaptar a essas ótimas mudanças e também não aguento mais ficar em um escritório o dia inteiro, mesmo eu sendo todo animado, no fundo isso me stressa.
- Se vai ficar mais confortável longe do escritório, eu o apoio. -Breno levantou e foi o abraçar.
- Ótimo! e me apóia no restante? -Isaac deu um sorriso malicioso.
- Ah!... não acha que ainda é cedo?
- Para de me enrolar, está pensando que eu vou ser aquele namorado enrolado que só casa depois de dez anos de namoro? não, eu tenho plena certeza do que sinto, se não tivesse nem estaria propondo isso.
- Mas faz só um mês que estamos namorando... Já sei, quando fizermos uns três, ou cinco meses de namoro, eu prometo que nós quatro vamos morar juntos.
- Eba! vou morar com o Duque! -gritou Ágata da sala.
- Eu aceito sua proposta com uma condição, vai fazer parte da minha loucura e ser meu sócio, você mesmo disse que só estava matando tempo lá na empresa.
- Eu?! Ágata, você está certa, seu irmão é louco, o que eu fasso?
- Concorde com tudo o que ele dizer e depois corra muito! -gritou a menina da sala.
- Gente! loucura as vezes é necessário, se der errado tentamos outras coisas, até fazer dar certo, nada nessa vida cai do céu.
- Eu vou lhe dar uma chance de me convencer, esse negócio que você quer abrir é o que exatamente?
- Pronto para ouvir meu grande negócio?... -Breno concordou com a cabeça. - É algo útil para cada pessoa dessa terra, que todos nós precisamos, onde passamos boa parte do tempo, é um... restaurante que faz entregas! -Breno sorriu e deu um beijo na bochecha dele.
- Meu louco sonhador, ok, vou entrar na sua grande loucura, mas para o caso de der errado quero que esteja pronto para lidar.
- Sério? -Isaac parecia não acreditar que Breno havia aceitado.
- Sim, pessoas consideradas loucas fizeram grandes prodígios no passado, agora é só torcer para o mesmo acontecer com você.
- Não vou te decepcionar amor, seremos os melhores da região em pouco tempo! -Isaac pegou Breno no colo.
- Onde está me levando?!
- Vamos falar de negócios no quarto, temos muito o que decidir!
- Agora não e a Ágata?!
- Qualquer coisa ela nos grita.
Isaac arrastou Breno até o quarto, obviamente não tinha intenções de falar sobre o tal restaurante. No outro dia eles começaram a conversar melhor sobre o que Isaac queria fazer, ele realmente parecia um louco falando de suas idéias, mas Breno adorava aquilo nele, cada minuto ouvindo ele falar das coisas que planeja era uma bela eternidade.
Os dias foram se passando, o fim de ano chegou, no natal Isaac já estava começando a colocar as idéias do restaurante em prática.
Na véspera do natal eles foram para a casa de Samuel, Antônia também foi para lá, juntos eles comeram, conversaram e fizeram bagunça, principalmente Ágata que armou um grande plano para castigar o Papai Noel, usando a desculpa de que ele nunca foi deixar presentes para ela (afinal seu pai não ligava para essas datas e pouco se importava em dar presentes para ela), a menina colocou uma rede que achou de Samuel e colou no telhado com alguns biscoitos nela.
- Haha! o velho gordinho não me escapa!
Breno ficou tão feliz durante aquela reunião em família, que quando alguém dizia estar com sono, ou querer ir embora ele logo arranjava uma desculpa para manter todos reunidos naquele local. "Que dias como esse se repitam muitas vezes!" desejou ele cruzando os dedos, enquanto todos dormiam amontoados na sala, Ágata na poltrona, Antônia e Samuel no sofá maior e no menor, Isaac em seus braços, o qual ele abraçava forte, como se tivesse medo do homem sumir a qualquer instante. "Obrigado por existir" foi a última coisa que pensou antes de adormecer encarando aquele rosto.
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Realidade e Pesadelos.
РазноеUm homem que ainda vive os pesadelos de seu passado terrível, encontra alguém que o faz se sentir vivo de novo, após sofrer por tantos anos. Quando Breno tinha treze anos, seus pais se separaram, ele foi morar com sua mãe Antônia, ela começou a tr...