O jantar acabou bem, Ágata ficou brincando com Duque enquanto Antônia conversava com ela na sala, Samuel ficou na cozinha com Isaac e Breno.
- Então, o que pretendem no futuro? tenho o direito de saber. -perguntou Samuel preocupado com ambos.
- Eu pretendo fazer o B muito feliz, convencer ele a morar comigo e outras coisas.
- Por enquanto só quero aproveitar esse momento, já me aconteceram tantas coisas que nem sei mais o que esperar do futuro.
- Saibam que vou fazer de tudo para os apoiar enquanto estiver vivo, esperei muito para ver meu filho sorrir de novo.
- Obrigado pai, seu apoio é muito importante para mim.
- Eu que agradeço por te ver assim de novo, graças a você Isaac.
Samuel e Antônia foram embora, Isaac e Ágata ficaram, a menina acabou dormindo no sofá, depois de brincar tanto com Duque.
- E agora? onde colocamos ela? -perguntou Breno tentando a ajeitar.
- Põem uma coberta em cima e deixa.
- Isaac, coitada, a gente põem ela na cama e fica no sofá.
- É por isso que a gente tem que morar junto, assim você não precisa ficar vindo para alimentar seu cachorro e eu não preciso ir para vigiar minha irmã! -disse sabendo da opinião de Breno sobre o assunto.
- Ainda não é hora, vamos esperar alguns meses e eu já vou avisando que não gosto de apartamento.
- Sem problemas, eu compro uma casa, para que esperar? a gente se ama e se dá super bem, o que mais é necessário?
- Que tal falarmos disso outro dia, agora estou cansado.
- Ok meu amor, mas eu não vou esquecer!
Eles colocaram Ágata no quarto e ficaram no sofá cama, onde passaram a noite abraçados. Na manhã seguinte levaram menina para escola e foram trabalhar, Isaac estranhou que assim que chegaram o presidente da empresa foi falar com Breno, então decidiu perguntar para o homem o que estava acontecendo.
- Senhor Levitt, posso saber o que estava falando com o funcionário Breno? -perguntou curioso.
- Aquele é um cabeça dura, tenho certeza que ele seria mais útil na empresa em um cargo maior, mas ele sempre recusa as propostas... aliás me disseram que você é meio próximo dele, acha que pode o convencer? hoje em dia está difícil achar bons funcionários como ele. -afirmou o senhor mexendo no telefone e falando rápido como sempre.
- Vou tentar...
- Aliás, qual o envolvimento dos dois, o senhor Breno é bem reservado.
- Aqui dentro da empresa somos todos colegas de equipe, minha proximidade com ele fora daqui não se liga ao trabalho.
- Tem razão, continue assim, sem trazer questões pessoais para cá.
O homem saiu e Isaac pode respirar aliviado por ter conseguido fugir daquela pergunta, afinal não sabia o que o senhor Levitt poderia pensar deles. Na hora do almoço foi para o mesmo lugar de sempre com Breno.
- Eu vi o senhor Levitt falando com você... ele disse que te fez uma proposta.
- Sim, mas eu recusei. -afirmou com firmeza e tranquilidade.
- Por que? é uma ótima oportunidade de ganhar mais com menos esforço, o senhor Levitt gosta do seu trabalho.
- Sei disso, mas eu não sou muito bom me comunicando e no cargo que ele quer me por, vou ter que participar daquelas reuniões... Além disso, eu só estou matando tempo na empresa, entrei apenas para manter minha mente ocupada com trabalhos chatos.
- Você tem melhorado muito, ao menos pense no assunto, entendo seu lado, é você que decide, em qualquer circunstância vou lhe apoiar.
- Obrigado... mas eu queria falar de outra coisa...
- Decidiu morar comigo?! -perguntou animado.
- Não. -Breno riu. - Quero superar todas as coisas ruins de uma vez por todas... Se você quiser óbvio... -ele ficou vermelho e falava olhando para baixo.
- Agora? quer sair mais cedo? vamos. -Isaac se levantou da cadeira, mas Breno o segurou.
- Calma, depois do trabalho.
- Ok, vou avisar a babá para ficar com a Ágata. -Isaac ia o beijar mas foi impedido.
- Tem um monte de gente do escritório aqui, se controla.
- Desculpa... fiquei entusiasmado.
Eles voltaram ao trabalho, Isaac fez tudo o que tinha de fazer o mais rápido possível, ao terminar saiu cedo. Breno não o viu quando estava saindo, mas assim que chegou na rua Isaac apareceu de carro.- Vamos para a sua casa? -perguntou abrindo a porta do carro.
- Sim... -Breno ficou vermelho o caminho inteiro, antes de descerem do carro Isaac o encarou.
- Tudo bem se não estiver pronto, de toda forma vou adorar ficar abraçado com você assistindo um filme.
- Sei que se desistir agora terei medo sempre, mas vai depender de você, se eu vou ou não gostar disso, já deve ter tido muitas experiências.
- De fato tive, mas infelizmente eu só estava satisfazendo meu amigo de baixo, nem me importava com as pessoas que eu saia, mas agora é diferente, encontrei alguém que tenho mais vontade de agradar do que a mim mesmo, me sinto até um brutamontes tocando em um ser tão incrível como você. -Breno riu. - Esqueci de dizer que invadi sua casa, só para o caso dos vinhos dizerem que tinha um homem louco rodeando tudo e que depois invadiu o quintal de trás...
- Não era mais fácil me pedir a chave?
- Não quando se quer fazer uma surpresa.
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Realidade e Pesadelos.
AcakUm homem que ainda vive os pesadelos de seu passado terrível, encontra alguém que o faz se sentir vivo de novo, após sofrer por tantos anos. Quando Breno tinha treze anos, seus pais se separaram, ele foi morar com sua mãe Antônia, ela começou a tr...