Três meses depois do casamento Isaac insistia na idéia de ter seus sete filhos, tanto ele falou que Breno decidiu entrar na fila de adoção com ele, nenhum deles tinham preferência de aparência ou idade da criança.
Seis meses depois, eles tiveram a chance de adotar uma garotinha, ela tinha sete anos, cabelos escuros, pele parda, assim que nasceu foi deixada e o único motivo de não ter sido adotada antes, era por que tinha aids.
Isaac, Breno e Ágata foram visitar a menina, após alguns minutos esperando no orfanato, uma mulher os levou até uma sala onde a garota estava com uma moça.
- Olá! -disse ela sorrindo e os encarando.
- Olá, você deve ser Carol, como vai? -perguntou Isaac, enquanto Ágata apenas sorria e Breno ficou parado feito poste na porta, não sabia como reagir.
- Bem, a senhorita Ângela, me explicou que vocês querem me adotar, quem é a menina com vocês? -Já dava para se notar que a menina era muito comunicativa.
- Eu sou a Ágata, não queriam me deixar entrar, mas queria conhecer minha nova irmã! -Ágata já foi a abraçando.
- Breno, vai ficar parado feito poste, venha conversar com a menina! -pediu Isaac o puxando pela mão.
- Oi... Você gosta de cachorros? -foi a primeira coisa que se passou pela cabeça dele.
- Sim, mas nunca pude ter um!
- Nós temos um, se chama Duque!
Disse Ágata puxando mais assunto, eles passaram a tarde conversando e brincando com a menina, ao saírem do orfanato, Breno estava mais motivado a adotar a garota.
- Temos que ficar com ela, afinal, melhor do que ninguém vou saber como lidar com a doença dela e ela é muito fofa! -dizia empolgado.
- Ela e a Ágata vão falar dia e noite juntas!
- Eu não falo muito! -gritou Ágata no banco de trás.
- Essa será uma dos nossos sete filhos! -Breno fez cara de protesto.
- Não, só teremos duas adoráveis filhinhas!
Cinco anos depois...
- Pai, a Ágata atrapalhou meu namoro! -afirmava um garoto negro, de cabelo castanho, olhos da mesma cor e usando óculos.
- Eu te salvei, a Elena não serve para você! -disse Ágata, agora bem mais crescida.
- Mas ela é a garota mais bonita do bairro, todos os garotos querem ficar com ela.
- E ela fica com todos, te arranjo uma mais bonita e que lhe mereça Dani!
- Parem de discutir, Daniel é muito novo para namorar e na hora certa vai arranja alguém que o mereça, cadê a Nina? -perguntou Breno passando pelos corredores do quarto.
- No quintal com a Roberta, acho que estão ensaiando uma dança. -disse um rapaz de quinze anos, cabelo escuro e pele clara, enquanto mexia no celular.
- E o Mário?
- Com os cachorros na rua.
- Pode buscar ele para mim?
- Só um minuto... -ele não largava o celular.
- Diogo!
- Ok! -o rapaz foi atrás do irmão.
- Isaac, já terminou seu assado, o papai e a mamãe já vão chegar! -Breno foi para a cozinha, onde ele e uma moça mexiam nas panelas.
- Não se preocupe, eu e Carol estamos quase terminado tudo!
Breno revirou os olhos percebendo que estavam longe de terminar o jantar, e os foi ajudar.
- Está vendo por que eu sempre te deixo cozinhar! -disse Isaac reconhecendo que Breno tinha mais habilidade na cozinha.
- Em compensação, somos um desastre na cozinha! -afirmou Carol jogando o pano que segurava na mesa.
- Que cheiro bom é esse?! -Ágata entrou na cozinha, seguida por seus irmãos e os pais de Breno que haviam chegado.
- Vão se sentando, logo vou servir! -disse Breno, enquanto Isaac apontava para mesa, todos se sentaram, em seguida eles colocaram a comida na longa mesa, Breno se sentou em uma ponta e Isaac em outra. - Um... -ele apontou para a jovem Ágata. - Dois... -para Carol que colocava macarrão no prato. - Três e quatro... -para Daniel e sua irmã gêmea Nina, eles eram muito parecido e a garota tinha um lindo cabelo crespo, ambos foram adotados depois de Carol. - Cinco... -ele apontou para o menino que se dividia entre comer e dar comida para o cachorro a seu lado, ele foi adotado depois dos gêmeos, era Mário, um garoto lindo, com síndrome de dawn. - Seis... -ele apontou para a moça de cabelos pretos e longos, olhos claros e que havia perdido umas das pernas no acidente que matou os pais, era Roberta. - Sete. -ele apontou para Diogo que ainda estava vidrado no jogo, ele foi o último a ser adotado.
- O que foi filho? -perguntou Antônia curiosa.
- Temos sete vezes mais felicidade! -afirmou sorrindo, Isaac riu enquanto os outros não entenderam.
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Realidade e Pesadelos.
RandomUm homem que ainda vive os pesadelos de seu passado terrível, encontra alguém que o faz se sentir vivo de novo, após sofrer por tantos anos. Quando Breno tinha treze anos, seus pais se separaram, ele foi morar com sua mãe Antônia, ela começou a tr...