Maldita Problemática

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No capítulo anterior...

— Pois quem será meu guia e apoio nessa missão? — Pergunto sem tentar vedar tamanha curiosidade da minha parte.

— Entre. — Ele anuncia para a pessoa que acabara de bater na porta, oi?

— Shikamaru-san, ela será sua guia e apoio nesta missão. — O Kazekage diz calmamente.

Só pode ser algum tipo de brincadeira de mal gosto comigo. Justo ela? Logo ela? Seria para me provocar? Ou fazer com que minha sanidade fosse ao espaço? POR QUE TINHA QUE SER A GAROTA MAIS PROBLEMÁTICA DE TODAS?!

[...]


— O quê!? — Quase grito — Mas... você? Por quê?

Kami me dê paciência para compreender os seres.

— Há quanto tempo, bebê chorão, três anos não? — Olha-me indiferente — Também não queria ser a escolhida para acompanhar um idiota bebê chorão como você, mas ordens são ordens.
— Hã?! Bebê chorão? Só pode estar brincando, louca. Problemática — Atiço.
— Caham... — O Kazekage nos interrompe — Já acabaram? — Franze o cenho.
— Queira nos desculpar, Kazekage.
— Você sendo educado, preguiçoso? Essa é nova. — Ela expira com o nariz.
— Chega Temari. — Gaara a interrompe — Vocês saem às sete horas de amanhã sem mais demoras, a missão não poderá se prolongar demais, ainda temos outros assuntos a serem tradados. Arrumem seus equipamentos, descansem e peguem o que for preciso, dispensados!
— Hai — Respondemos em uníssono.

[...]


Assim que saímos da sala do Kazekage andamos em direção a algumas lojas de mantimentos e armas.

Meu ombro latejava e boas gotas de sangue insistiam em marcarem o chão por onde passava, uns olhavam espantados e outros irritados por estarem sujando seus ambientes de trabalho, apenas ignorei. Eu necessitava urgentemente de um curativo. Precisava perguntar onde era o hospital mais próximo, pois não conhecia muita coisa por ali, contudo, a loira não andava nem um pouco devagar.

Saco.
— Ei, Temari — chamo-a — poderia ir mais devagar? — ela me lança um olhar frio e cheio de indiferença.
— Não tenho culpa se você é lento demais. — Bufa.
Então, pelo menos me responda uma coisa. — Ando mais rápido para alcançá-la, ficando ao seu lado.
— Responder o que, idiota?
- Onde fica o hospital mais próximo? — Pergunto rapidamente, deixando-a com um olhar intrigado.

— Hã? Para quê? — Pergunta desconfiada.
— Preciso de um curativo no ombro, uma kunai me acertou em cheio assim que cheguei aqui. — Explico.

Ela começou a andar mais rápido, parecendo ignorar completamente o que havia dito.

— Hey, só fala onde é, você não vai precisar ir comigo. — Corro para alcançá-la.

O jeito seria perguntar para a próxima pessoa com quem cruzasse. Ela não parava por nada, até paramos em um prédio grande e simples, talvez fosse pegar algo antes.

Já estava impaciente e com muita dor, a ferida foi um pouco profunda. Quando ia me pronunciar para apressá-la, pois necessitava do maldito curativo, ela tira um chaveiro de gatinho do bolso de seu quimono e abre a porta.

O quê...?
— Vamos, não fique aí parado, entre logo. — Olho-a ainda sem entender — Exceto se você queira andar meia vila para ir fazer o curativo no hospital. — Ergue a sobrancelha.

Temari's Point of View.

Aquele idiota ia ficar me olhando estranho sem entrar mesmo? Puxo-o pelo braço e fecho a porta imediatamente. Vou até o banheiro e pego um kit de primeiros socorros para fazer-lhe um curativo no ombro. Devem ter sido os guardas do portão principal de Suna que atiraram em sinal de alerta, ele devia estar correndo, idiota.
— Senta e tira a roupa. — Ele cora e parece não entender, me fazendo corar, em seguida virando o rosto. — Para fazer o curativo, idiota! — quase grito.

Prontamente, com muita lerdeza e calma, ele tira o colete e a blusa.
Ele está forte, musculoso e definido. Ele mudou tanto e está boni... O quê?! Eu ia dizer isso? Pare de bobagens, Temari, ele é um fraco, covarde, bebê chorão. Isole esses pensamentos.

Shikamaru's Point of View.

Ela passa um gel na ponta de seus dedos, segurando delicadamente meu peito enquanto aplicava. Sua mão é quente, macia e delicada. Quanto mais passava, mais ardia. Fecho os olhos e cerro os dentes para não gritar de dor.
— Calma, só mais um pouco. — Passa mais e arde profundamente na ferida, instantaneamente seguro muito firmemente seu pulso, afastando-o do meu ombro.

Quando me dou conta, ela está olhando para mim confusa e o quê? Brava? Assustada, talvez? Solto rapidamente seu pulso, agora com uma marca vermelha sobre sua pele clara e macia.
— D-desculpa. — Gaguejo, sentindo minhas bochechas queimando — machucou? — Pergunto apontando para seu pulso.
— Não, fique tranquilo, agora deixa eu te enfaixar logo. — Murmura cortante.

[...]


Já enfaixado e devidamente vestido, fomos a alguns lugares pegar mantimentos e armas para a missão. Sempre em algum lugar, quando algumas crianças, jovens, adultos ou idosos avistavam Temari chamavam-na acenando e trocando gentilezas com a loira.

Ela é bem conhecida aqui.
Quando enfim pegamos tudo, arrumamos nossas gigantescas mochilas, nos despedimos e cada um foi para seu canto. Fiquei numa pousada próxima para pernoitar.

Temari está diferente, está com um aspecto mais adulto, madura, cheia de curvas e... HÃ?! Shikamaru, seu idiota, pare de pensar em sua companheira de missão assim... Concentre-se, nada de relacionamento, principalmente em missões e principalmente com a garota mais problemática de todas!

Um Preguiçoso e uma Problemática - ShikaTemaOnde histórias criam vida. Descubra agora