Capítulo 2

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Ao chegar, em seu edifício, estacionou em sua vaga e subiu depressa para o apartamento do segundo andar. A sala, que era uma combinação de estar, jantar e cozinha, tinha uma decoração baseada em tons de azul, desde o mais claro até o bem escuro, e combinava perfeitamente com a personalidade moderna e eficiente da dona.

Tirou os sapatos de salto e esfregou os pés no tapete felpudo. Deu uma olhada para o quarto, com vontade de trocar de roupa, mas resolveu primeiro ir até a geladeira, tomar um pouco de chá.

Pegou o copo de chá gelado, e seu celular tocou e ela atendeu.

- Olá, filha!-A voz da mãe soava animada. - Queria saber da entrevista.

— Se quer mesmo saber, foi uma droga! - resmungou, irritando-se ao lembrar do homem que podia vir ser seu chefe.

- Oh! - A exclamação refletia a pena que sentia da filha. - O que aconteceu?

— Desconfio que se eu fosse seu filho, em vez de filha, já estaria contratada. Não há nada de errado com a minha competência e a minha experiência, a não ser que o sr. Grey - ela falou o nome cheia de sarcasmo - quer um homem para o lugar.

- De que jeito ele é? - A mãe mudou rapidamente de assunto.

- Arrogante. Tem tanto sentimento quanto uma pedra.

- Não existe só este emprego no mundo...

- Ora, mãe - suspirou - no momento, esse emprego é o único em vista. Já estou quase sem dinheiro. Preciso arranjar logo uma colocação. Mas ainda resta uma esperança. Ele me disse que eu logo receberia alguma notícia do escritório.

- Então não desanime, ele te falou como foram seus testes?

- Disse que era o melhor de todos os outros candidatos.

- Viu, de repente ele te colocou em cheque, quis testar sua confiança, por que não vem para cá esse fim de semana, estou com saudades.

- Mãe, para falar a verdade, se eu não arranjar logo um emprego, não vou ter mais dinheiro para comprar gasolina nem para sair de casa.

- Está tão ruim assim? - A mãe parecia preocupada.

- Mas eu dou um jeito. É que eu queria demais esse lugar de assistente, e deixei de lado as outras ofertas de emprego. Tenho que parar de ser tão exigente.

- Se precisar de dinheiro, te mando um pouco daquele que me mandou este mês.

- Fique com ele; se eu precisasse não o teria mandado – mentiu. -E Archer, ele não me ligou essa semana.

E o resto da conversa girou em tomo da família.

- Olhe, procure se divertir enquanto está livre - foi o conselho que deu à filha ao se despedir.

-É, acho que vou me trocar e descer até a piscina - confirmou.

- E não perca a esperança quanto àquele emprego. O tal Sr. Grey pode mudar de idéia.

- Duvido! Mas estou precisando mesmo de uma boa dose de otimismo. Até logo, mãe.


50 Tons - Dança ComigoOnde histórias criam vida. Descubra agora