Capítulo 24

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- Não quer ficar essa semana? Vou sentir sua falta, morrer de saudades, mas você pode ficar com sua mãe.- Christian fala enquanto enche a banheira para eles.

Ela está sentada em cima do balcão do lavabo, balançando os pés e o observando.

- Não ,vou embora na terça de manhã, elas vão voltar a trabalhar também, só vou ajudar Beth com as coisas de Archer, quero ficar com algo dele, alguma recordação.

Ele se aproxima dela e acaricia seu rosto, Anastásia sente que cada vez mais se acostuma com isso. Ela pensa onde foi parar o Christian durão e carrancudo, que ela pensava que nunca usará a mão para fazer uma caricia, ela ri com esse pensamento.

- O que foi? Você está rindo de mim?- ele pergunta curioso.

- Não, estava pensando onde foi parar o meu chefe mal humorado.

- Está com saudades dele?

- Nem um pouco.- ela ri e ele também a abraçando.- bem que Travis disse que você tinha bloqueado todo sentimento bom dentro de você.

- Travis fala muito, mas é um bom amigo. O único que ficou ao lado do garoto falido na faculdade.- Anastásia percebe nesse tom gratidão ao amigo por sempre o apoiar.

Ele a pega no colo e a leva para a banheira, a colocando sentada e se sentando atrás dela.

- Também gosto dele.- ela fala enquanto ele esfrega s costas dela.

- E ele de você, puxou minha orelha várias vezes te defendendo. Acho que ele antes de nós já havia percebido para onde caminhávamos.

- Por isso que ele me alertou aquele dia em que Elena me ofendeu.- ela olha por sobre o ombro ressentida.- você ficou com tanta raiva de mim, retirou o celular da minha mão com tanta violência.

Ele dá um suspiro de desanimo pega a mão dela e beija.

- Me perdoa, mas não estava com raiva de você, estava com raiva dela te expor daquele jeito, do vicio dela estar te prejudicando e te expondo, eu já estava mexido com você na época. Percebi que você queria chorar, tive que usar todo meu autocontrole para não te consolar.

- Agora você pode me consolar a vontade.- ela fala se jogando para trás, ele a segura forte e ambos riem.- sinto medo, Christian,- ela fala parando de rir.- sinto medo do que vamos enfrentar lá fora, e também tenho que falar com minha mãe, não sei se ela vai me entender.

- Se quiser, falamos juntos, um dá força ao outro, faz anos que não peço ninguém em namoro, mas acho que ainda sei fazer isso.

- Namoro? Somos namorados então?

- Sim, acho que sim, namorados um tanto estranhos, mas namorados.

Ela ri e se encosta mais no peito dele, os poucos pelos dele fazendo cócegas em suas costas, mas ela até gosta da sensação.

- Melhor eu falar sozinha e esperar um pouco, ela ainda está abalada com tudo isso. Vou pedir para Beth preparar o terreno.

- Sua cunhada, ela sabe?

- Ela percebeu. Você não disfarça muito bem.

- E você disfarça?

- Nós somos muito transparentes é isso.

- Temos que nos policiar na empresa, não quero que fiquem apontando você.

- E na sua casa, como você vai fazer, você não parece homem que vai ficar inventado mentiras.

- Gail e Taylor já sabem, eles são casados, ela é enfermeira, ele terapeuta, eles acompanham Elena. No dia do seu acidente, Gail estava no escritório, ia fazer algumas compras para Elena, ela viu o estado que fiquei, me deu a maior força, falou que se precisasse dela para distrair Elena e me ajudar , ela faria isso por mim.

- Mas ela nem me conhece. Como foi logo te apoiando assim?

- Ana, passei anos sem saber o que era um carinho, um beijo, sem querer olhar para ninguém, se eu estava disposto a ter isso de novo, era porque a pessoa valia a pena e era muito especial.- ele dá um beijo no pescoço dela.- vamos para a cama?- ela faz que sim. Ele sai da banheira e se seca, estende a toalha para ela que se levanta, quando ela vai pegar a toalha, ele a enrola e a pega no colo. – você é muito linda, não vou conseguir ver você se trocando e não fazer nada.

Anastásia sorri e se acomoda mais ainda no colo dele, ele a seca, coloca uma camiseta dele nela, a deita na cama e a abraça, ela se sente mimada e cuidada assim, nunca ninguém fez isso por ela, ela sempre fora tão independente, agora se vê numa situação assim.

Até gosta disso, só tem medo de se acostumar demais e não poder mais viver sem isso.


50 Tons - Dança ComigoOnde histórias criam vida. Descubra agora