Babi
Jogos fora de casa sempre me deixavam nervosa porque eram raros o que eu conseguia ir. Aquele em especial, eu havia ficado em Dortmund.
Estava desenvolvendo a arte da campanha natalina do Borussia e teria uma reunião com a equipe de marketing pela manhã. Sem chance de chegar a Frankfurt a tempo do jogo.
Em dias assim, combinava de assistir com a Louise, mas justo hoje ela tinha ido para Berlin a trabalho. O desfile beneficente de fim de ano estava chegando, e além do de Berlin, ela estava montando um em Dortmund. Minha amiga estava trabalhando tanto que quase não tínhamos tempo de conversar mais.
A reunião havia sido produtiva. Teríamos muito trabalho até o recesso de Natal, mas acredito que a campanha ficaria maravilhosa.
Cheguei em casa quase na hora do jogo. Meu cansaço era tão grande que quase não tinha fome, apesar de não ter almoçado. Não que isso seja algum problema para mim, muio pelo contrário.
Nunca me importei de ficar sozinha, pelo contrário. Com o tempo aprendi a gostar da minha própria companhia e se tinha uma coisa que eu adorava fazer era programas comigo mesma. Nem que fosse abrir uma garrafa de cerveja, esquentar uma lasanha e assistir a um jogo do meu namorado.
Liguei a TV que anunciava a escalação. Mario começaria jogando.
A cada jogo que via seu nome como titular meu coração dava um salto. Parecia idiota, mas sabia o quanto aquilo era importante para ele.
Louise: Vai ver o jogo?
Enviei uma foto com meu arsenal de comida e TV já ligada no pré-jogo.
Babi: Já em casa.
Ela sabia o significado disso. O que casa significava para nós.
Havia o famoso tabu sobre jogar contra o Frankfurt fora de casa. Ou, como estava sendo nessa temporada, jogar fora de casa se quer.
O jogo começou travado como já sabia que seria. Um dos melhores ataques contra uma das melhores defesas. Primeiro tempo foi truncado. O 0 a 0 era esperado e várias vezes aproveitei que estava sozinha em casa para soltar o bom e velho "puta que pariu" em português.
O intervalo chegou e estava ansiosa para a entrada de Marco Reus. Ele estava fazendo falta de poderia ser definitivo para o time.
Mas como sempre Thomas Tuchel não faz o que a gente implora para que ele faça e o Frankfurt abre o placar.
Talvez eu tenha xingando a defesa. E muito. Com menos de um minuto de jogo permite uma coisa dessas.
Marco entrou, assim como Dembelé e Sebastian Rode.
O jogo seguiu com diversas falhas, até que Aubameyang fez um gol.
Agora era só atacar. Dava para virar.
Mas é claro que nem deu tempo de comemorar e, por erro do Weidenfeller o Frankfurt marca o segundo.
-Puta que pariu.
Uma defesa que havíamos demorado 77 minutos para infiltrar e eles deixam fazer mais um gol assim.
Sentei no sofá e debrucei sobre meus joelhos, só esperando que o apito final soasse sem que o Eintracht Frankfurt ampliasse a vantagem.
Dois pênaltis não marcados depois, quase expulsão do Schmelzer num ato de desespero, o jogo chega ao fim.
E se no último fim semana havíamos quebrado o tabu sobre vencer o Bayern, não havíamos tido o mesmo feito com o Frankfurt.
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Echte Liebe | Mario Götze
FanfictionUm ano depois de viajar para a Alemanha, Babi já se sente em casa morando em Dortmund. Ela se encontrou naquela cidade que por um acaso é movida a paixão por um time de futebol. Mario Götze voltou para casa. Ele está de volta ao Borussia Dortmund e...