some dirty little secrets

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Eu nunca iria pensar que poderia existir despedidas de solteiro de surpresa. Quando Marie me convidou para passar uns dias com ela em Munique porque eu estava muito estressada com o preparatório do casamento, não desconfiei. Mesmo que na verdade eu não estivesse nem um pouco nervosa.

Nunca foi meu sonho casar. Igreja, véu, grinalda, um bando de gente chorando igual retardado achando que aquilo era amor quando, na verdade, os noivos passaram os últimos meses só brigando por causa da lista de padrinhos, era ridículo. Para minha sorte, Mario havia entendido todas as minhas reclamações e teríamos uma cerimônia apenas para parentes e amigos próximos.

Por isso eu não desconfiei de nada quando fui arrastada para Munique logo nos meus primeiros dias de férias.

Marie havia se mudado para um apartamento no mesmo prédio que Mats, e eu não conseguia entender porque ela pagava aluguel se vivia mais na casa do namorado do que na dela. Mas não seria eu quem questionaria.

A bagunça da minha amiga ainda era a mesma. Sapatos espalhados pela casa, louças para lavar e alguns casacos à mais no cabideiro. Mas eu não me importava. Estava vivendo alguns momentos de nostalgia. Marie tinha sido a última amiga que tinha feito antes de conhecer o Mario. Era a última antes da minha vida ter mudado radicalmente e, coincidência ou acaso, Marie também havia se apaixonado por um jogador de futebol.

E eu não suspeitei de nada quando ela falou que íamos para um jantar na casa dos Müller. Mats era muito amigo de Thomas e Alice sempre havia me recebido muito bem. Porém, quando chegamos lá, Thomas arrastou Mats para fora de casa e só então entendi o que estava acontecendo.

Alice me vendou e, junto com Marie, me guiou para a área de festas da casa. Os Müllers moravam em uma área mais afastada do centro de Munique, era quase a área rural, e isso fazia com que a casa deles fosse quase um hotel fazenda.

- Babi, você promete não brigar muito com a gente?

- Se vocês tiverem feito o que eu acho que fizeram, eu não posso prometer.

- Então desculpa. - Alice falou tirando a venda e saindo correndo para gritar "surpresa" ao lado das meninas que estavam ali.

A princípio realmente quis xingar. Eu odiava surpresas. Mas então vi rostos de mulheres que eu admirava, que eu havia crescido junto, e algumas das quais tinham alguns meses que não nos víamos. Sempre a correria entre jogos dos nossos namorados/maridos e nossos próprios trabalhos.

Elena Bender tinha ido embora de Dortmund depois de alguns meses turbulentos. Eu ainda não conhecia Erik e Gregor, mas de vez em quando conversávamos e eles pareciam estar indo bem em Leverkusen. Elena foi a primeira a me abraçar.

- Sei que é piegas, mas eu desejo tudo de bom para você e o Mario. Sinto muito a falta dessa maluca que arrumava os melhores lugares para assistirmos os jogos. Em Leverkusen o pessoal não é tão aberto.

- Eu ainda estou com raiva de vocês, mas obrigada por estar aqui Elena.

- Gente, vamos parar com esse baixo astral! Toma Babi, hoje vamos todas bebermos! Menos a Louise porque ninguém quer um sobrinho aleijado ou sei lá o que acontece se grávidas beberem. - Harriet Büki me entregou um copo de cerveja e apontou para Lou que apresentava uma barriga enorme.

Se eu estava ansiosa com o nascimento dessa criança não conseguia nem pensar em qual seria a reação do Marco. Lou veio me abraçar da melhor forma desajeitada que a barriga de grávida permitia.

- Babi, espero que você esteja preparada. Eu posso estar grávida, mas temos algumas perguntas bem criativas.

- Gente, eu to ansiosa! Podemos passar logo para a parte das perguntas? - Anelise Bäumler, namorada do Sokratis, e talvez fosse a que eu menos tinha intimidade ali. A jornalista era extremamente bem humorada, e sempre tinha uma pergunta debaixo da manga.

Echte Liebe | Mario GötzeOnde histórias criam vida. Descubra agora