Hoffenheim 2 x 2 Borussia Dortmund

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Mario

Mais um jogo fora de casa e mais uma vez a Babi ficando para trás.

Dessa vez ela estava organizando uma reunião de Natal que resolvemos abrigar na nossa casa. Acho que o objetivo de ser o local oficial de festas havia sido aceito pelos nossos amigos, e depois da festa de Halloween iriamos para uma de Natal.

Jogaríamos contra o único time que ainda não tinha perdido nessa temporada da Bundesliga, e isso assustava um pouco.

Marco sentou ao meu lado no ônibus em direção a Hoffenheim na manhã do jogo. Aquele claramente não era o dia dele. Já havia brigado com umas quatro pessoas por nenhum motivo aparente.

- Dá para acalmar?

Ele grunhiu ao meu lado e acatei aquilo como uma resposta. Ele não queria conversar. Se não bastasse o jogo, enfrentaríamos um Marco Reus extremamente irritado.

André Schürrle ainda tentou brincar. Tirou uma foto, puxou assunto sobre Louise, mas ele não quis falar sobre ela. Teria que perguntar para Babi se a Lou havia comentado alguma coisa com ela. No mínimo eles haviam brigado.

Coloquei o meu fone de ouvido e me deixei levar pelas musicas do novo CD do The Weekend e tentei dormir. Tinha a facilidade de dormir em qualquer lugar que me pedissem, e isso incluía ônibus em movimento.

O jogo começou, dei o primeiro toque com a bola. Em menos de um minuto a primeira falta. Ginter bateu a cabeça contra um dos jogadores do Hoffenheim e pensei que ali seria a nossa primeira substituição. Mas estava tudo bem.

Falta cobrada. Ginter ainda não havia voltado para sua posição e mais uma vez Weidenffeler não conseguiu fazer o seu papel. 1 a 0 para o Hoffenheim.

O time travou. Marco olhou para mim como se lesse meus pensamentos.

Sabíamos que não seria fácil, mas uma desvantagem logo no inicio do jogo com poucas chances de gol era quase impossível.

Alguns minutos depois, conseguimos um contra-ataque. O passe veio de Dembélé, e quanto vi, era apenas eu e a bola. Chutei sem pensar duas vezes. Quis sorrir, mas não era um jogo para risadas. Não era um gol decisivo. Era apenas um gol. Ainda tínhamos muito o que fazer.

Mas voltávamos a estaca zero. Um empate era melhor do que uma derrota. Perder esse jogo era desistir de qualquer melhora no campeonato. E mais uma vez estávamos embolados e o departamento médico lotado.

Escanteio para o Hoffenheim. Bola é cabeceada para o gol. Por mais um erro de posicionamento de Weidenffeler o time adversário volta a vantagem.

Sven Bender, voltando ao time pela primeira vez na temporada, alegou uma falta não marcada. Conhecendo Manni, a falta realmente tinha acontecido, mas em como diversos outros lances, o juiz simplesmente ignorou dando vantagem para o time de azul.

- Hoje está impossível. - Marco comentou.

- Está mais do que impossível. Claramente tem alguém sacaneando com a gente. - procurei o juiz de rosa do campo, longe o suficiente para ouvir o que falava com Reus. - E eu não duvido que essa pessoa seja esse juiz.

Ele respirou fundo, já irritado. Tinha levado um cartão amarelo por um lance completamente sem sentido, assim como as faltas não marcadas e os lances duvidosos contra a gente só aumentava.

Aubameyang tentou ir a gol novamente. Mas a bola simplesmente não entrava.

Contra-ataque do Hoffenheim, Marco sofre uma falta que o obriga a fazer outra em seguida. O juiz, no intuito de nos prejudicar e sabendo da importância de Marco Reus para o time, o expulsa aos 40 minutos do primeiro tempo.

Echte Liebe | Mario GötzeOnde histórias criam vida. Descubra agora