Werder Bremen 1 x 2 Borussia Dortmund

1.2K 100 5
                                    

Mario

No trem de volta para Dortmund eu só conseguia pensar que não havíamos melhorado em nada durante os treinos. Fora um jogo muito mais complicado do que o esperado e nem sequer poderia começar a falar de quem havia sido a culpa.

Um conjunto, talvez. Erros de sincronia. Posicionamento errado. Uma defesa desfalcada. Justo quando achávamos que este problema seria resolvido, Bender se machucou de novo. E então por fim, sorte.

Não estávamos tendo sorte. É claro que tínhamos erros, mas alguma coisa parecia não querer que fossemos bem nessa temporada.

Marco conversava com Tuchel ao meu lado. Normalmente eu também participaria da conversa. Thomas Tuchel havia se tornado um segundo pai para mim, hora dava broncas, hora chamava na amizade. Tínhamos um relacionamento bom e eu tinha certeza que era por este motivo que, aos poucos, eu conseguia voltar a jogar.

Mas estava nervoso.

Olhando para o celular mais vezes do que deveria e rezando para que esse trem andasse mais rápido.

Eu tinha certeza que seria um homem morto antes de ir dormir, mas eu era louco o suficiente para tentar.

Mandei mensagem para Louise perguntando se estava tudo certo. Pouco tempo depois ela me respondeu que sim. Babi estava tranquila assistindo Netflix e com zero de ideia do que eu estava planejando.

O que me levava mais uma vez a certeza que eu seria um homem morto em poucas horas.

- Mario, você está exalando ansiedade. Não precisa disso tudo quando você já sabe a resposta dela.

André Schürrle tentava me convencer que estava tudo certo. Porém ele não conhecia a Babi como eu conhecia. Nada me faria achar que estava tudo certo.

O trem chegou mais rápido do que eu imaginava. Ou pelo menos, eu me sentia assim.

Peguei o carro e fui dirigindo para casa lentamente, tentando trabalhar na minha mente tudo que eu falaria para ela.

Apenas parei em um lugar para pegar o restante da surpresa. Com o pequeno pacotinho em meu colo eu sorri. Se a Babi não amolecesse com essa coisa fofa, eu poderia fazer minhas malas e ir embora.

Babi

Louise havia passado o dia inteiro aqui em casa. Adorava quando os garotos tinham jogo fora e eu estava de folga. Ter um dia de menininha de vez em quando era bom.

É claro que assistimos ao jogo. Xingamos a falta feita em Marco e rimos do goleiro do Bremen sendo expulso. Mas também tínhamos feito brigadeiro, pintado as unhas e assistido Mean Girls pela miléssima vez.

Talvez tenhamos voltado no tempo e feito um programa de garotas de 15 anos, mas qual o problema? Na vida o importante é ser feliz.

Ela fora embora pouco antes do horário de Mario chegar. Queria esperar Marco em casa e ter certeza que ele estava inteiro. Sempre que Marco Reus caía em campo o coração de cada torcedor vinha na boca, e o nosso não era diferente.

Me levantei do sofá e fui até a cozinha pegar um copo com água. Na volta, escutei a porta da frente sendo aberta.

- Mario?

Ele não me respondeu mas tinha certeza que havia chegado.

Fui andando lentamente para a porta que dava na garagem, quando eu vejo um filhote de cachorro claramente com medo na entrada.

- Oh pequeno, o que você está fazendo aqui?

Ele tremia todo e quando o coloquei no colo ele se aquietou na minha perna.

Echte Liebe | Mario GötzeOnde histórias criam vida. Descubra agora