Borussia Dortmund 4 x 1 Borussia Mönchengladbach

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Babi

Não importava quantos jogos eu presenciasse, assistir o Borussia Dortmund no Signal Iduna Park era uma sensação indescritível, seja apenas como torcedora ou trabalhando no estádio.

Tinha certeza que aquele jogo não conseguiria assistir. Com o início de Dezembro os preparatórios para as festas de final de ano eram intensas.

Durante a semana havíamos tido Assembleia Geral Anual do Clube e também a festa com os torcedores. Não diria bem que foi uma festa, mas era o momento que todos os jogadores recebiam a torcida no salão de festas do estádio.

Estava trabalhando como uma louca para organizar isso tudo. As fotos, as imagens de divulgação, as lembrancinhas e um monte de coisa mais.

E no meio disso tudo, Mario ainda havia inventado uma festa de Natal na nossa cada dali há alguns dias. Ou seja, estava quase tendo que me dividir em duas.

A salinha reservada para a equipe de Marketing de Dortmund estava fria. A temperatura externa era de 6º, e mesmo com o aquecedor, estava gelado.

Os quatro computadores estavam ocupados. Dois editores de imagem trabalhavam fotos e outras artes enquanto o assessor de imprensa mandava releases com a escalação do Borussia Dortmund para o jogo de daqui a pouco.

Era o clássico dos Borussias e não havia se falado em outra coisa nos jornais locais durante a semana.

Eu olhava para a tela do computador, tentando responder todos os e-mails de patrocinadores sobre as festas de final de ano, quem iria comparecer, quem mandaria representante, quem teria algum produto especial para a loja do clube.

Final de ano era uma loucura em qualquer assessoria de comunicação, mas na de um clube de futebol as coisas eram apenas um pouco mais tensas.

A televisão na parede ao lado da porta passava o pré-jogo. O jornalista não parava de falar em alemão sobre Marco Reus e, como sempre, criticando a escalação de Tuchel.

Porque se tinha uma coisa que a mídia estava reclamando eram das escalações de inicio de cada jogo. E também dos erros de substituição.

Eu poderia dar a minha opinião, mas na posição em que estava era melhor deixar pra lá.

Desta vez, era preciso lembrar do jogo contra o Real Madrid no meio da semana. De fato alguns jogadores seriam poupados, entre eles Mario Götze.

Mas ainda assim, minha vontade de estar na arquibancada ao lado de Louise estava me matando. Harriet também tinha vindo com um Roman Bürki um pouco mal humorado ao seu lado. Todos nós não víamos a hora do nosso goleiro titular voltar a assumir seu posto.

Porém estava abarrotada de trabalho e nem se quer havia a minha camisa com o número 10 nas costas. Havia pedido para Louise trazer para mim, mas as chances de conseguir chegar até o jogo eram bem pequenas. Para não dizer impossíveis.

Faltavam 5 minutos para o jogo começar quando Mario me mandou uma mensagem.

Mario: Vou para o banco. Onde você está?

Babi: Completamente agarrada na sala do marketing.

Quando o jogo começasse, Mikael, o jornalista que fazia a assessoria de imprensa iria para o campo. Era ele o responsável por fiscalizar os repórteres de beira de campo. Assim como também era nosso chefe.

Respondi um ultimo e-mail da Puma com a lista de jogadores que poderiam fazer parte da campanha deles de final de ano. Ou melhor, o contato com o assessor de cada um deles.

Echte Liebe | Mario GötzeOnde histórias criam vida. Descubra agora