(In) sanidade

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Bom, sei que não está fácil pra ninguém e estamos passando por um momento aonde falam de um lado e de outro mas nunca sabemos a verdadeira realidade. É difícil sim. Mas no final das contas somos fiéis e estaremos lá tanto pelas meninas quanto pela Camila, não se deixe abater e sim lute ao lado delas como sempre fizemos.
Vamos lá!

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Eu me sentia meio maluca por estar procurando todos os adjetivos do amor. Qualquer fonte de informações seria lida por mim para que eu ao menos pudesse tentar entender se o que estava começando a nascer dentro de mim teria essa conclusão no final. 

Talvez fosse um pouco exagerado de minha parte começar a associar algo tão intenso e sério a todas as minhas conclusões precipitadas do que eu poderia sentir por Camila. Eu não conseguia assimilar que minha covardia anterior pudesse me fazer sofrer tanto no momento presente, no entanto, não era recente, muito menos precipitado. Sempre esteve ali, talvez tenha anos que esteja ali e bastou apenas um babaca engomado para acordar a fera que estava quieta, adormecida ou até mesmo congelada.

Se ela era a rainha do drama eu era o reino dramático inteiro.

Eu sempre fui o tipo de garota que tinha planos futuros do que fazer, de como agir, de como poderia ser ou o que poderia intervir. Toda noite antes de dormir eu reservava um tempo não exatamente calculado para que minha mente vagasse em diversos planos e no final das contas eu nunca os concluía.

Eu era a personificação da palavra clichê em carne e osso, mas se tratava de Camila ali. Como não ser clichê por aquele sorriso lindo, que ela prendia sua língua entre os dentes e prendia também toda a minha atenção nela. Ela obrigava minha mente a criar fantasias e pensar em um futuro para nós duas sem ao menos me ameaçar para isso. Eu queria cometer insanas loucuras de amor ao lado dela, nos meus devaneios eu tinha cada detalhe milimétricamente ensaiado. Eu seria a melhor pessoa para ela e não era apenas para agradá-la e sim porque eu queria proporcionar para ela o que havia de melhor em mim. Deus abençoe os tolos apaixonados, pois o que será de nós quando tudo no final der errado?

Meus pais, como todo final de semana, se mantinham ausentes em minha casa. Era como se eu pudesse finalmente ser a maluca que faz todas as suas maluquices sozinha. Eu ligava o som no volume mais alto em que ele me permitia. Eu usava apenas meu short de pijama e uma camiseta folgada de uma girlgroup na qual era praticamente viciada. Eu tinha plena consciência que o Sol já estava indo embora, e junto à despedida dele, eu esperava pela chegada de minhas adoráveis amigas não tão adoráveis assim.

-Lauren abra logo essa porta.- Ouvi batidas e aquela voz que me era tão familiar. Era impossível não manter aquele sorriso idiota no meu rosto. 

Corri em direção a porta, abrindo-a e dando de cara com uma Camila simples e linda. Não deixei de encarar seus shorts com cortes feitos apenas para acabar com a minha sanidade e subi meu olhar para o seu, que me encarava cerrado como se tivesse me pegado em flagrante.

- Você já foi mais discreta Jauregui! - entrou sem ao menos me dar um abraço se jogando no meu sofá.

- E você já me tratou melhor Cabello.- me sentei no outro em frente ao que ela estava esparramada. - Onde estão seus modos? -

- Só abre a boca pra falar quando for sair algo útil daí Jauregui.- à encarei incrédula, quem ela pensa que é? Me levantei, sentando no seu colo com uma perna em cada lado do seu corpo e comecei a distribuir cosquinhas. 

- Só abre a boca pra me insultar Cabello.- escutava sua gargalhada e sentia suas mãos tentando me empurrar para que eu parasse com o que eu fazia. - Lolo me larga eu vou partir pra agressão.-

I hate u, i love uOnde histórias criam vida. Descubra agora