Meu coração acelera.
- Ela não disse aonde ia?
- Não, eu sai com o pai dela, para mostrar aonde era o correio pois ele precisava ir lá, e quando voltamos ela tinha sumido!- Brenda explica tropeçando em cada palavra.
- Fica calma Brenda, vamos achar ela, eu prometo!- digo a puxando pra um abraço.
- Encontra ela por favor Lana, te imploro!
- Eu vou achar!!- digo com convicção.
Então ela entra e senta no sofá, eu corro para vestir uma calça, coloco uma blusa de frio preta.
- Vou andando pelos quarteirões, ela não pode estar muito longe- digo pegando um papel.
- Vai por favor!
- Toma, qualquer coisa me liga por favor- entrego o papel.
Eu abro a porta e saio do apartamento correndo, desço as escadas indo direto pra rua.
Na rua vejo algumas pessoas, eu as paro, e mostro á cada um a foto da Bel que eu havia tirado, ela está com um lindo sorriso largo, que faz sua bochechas rosadas ficarem gordinhas.
- Não vi, desculpa- era tudo o que eu ouvia.
Andando por todos os lugares, desde o parque, até beirando a praia, e sem sinal dela. Meu coração gela em meio á tanto desespero, não imaginava jamais que isso aconteceria, nem muito menos que eu ficaria nesse estado por ela. É novo pra mim, mas um novo na qual não quero nunca mais sentir.Permaneço vagando pelas ruas agora, sem rumo, passei em todos os lugares que eu levei ela, lugares próximo, e nada nem ninguém á viu por aqui. Meu celular marcava duas da madrugada, estava começando a esfriar, passo por uma rua vazia, sem ninguém, meu celular apita avisando que a bateria está acabando, eu o desligo e guardo em meu bolso, então eu ouço um sussurro.
- Algém?!
Olho por todos os lados mas não vejo ninguém.
- Por favor me ajuda!
Meu coração acelera de uma forma que pensei por alguns segundos que iria estourar.
- Anabel?- grito.
- Aqui- ouço responder.
Olho pro chão, até ver uma sombra na parede do beco que tinha ali, eu adentro o beco, então vejo Anabel, no chão deitada. Eu corro até ela e me ajoelho.
- Anabel? Céus que susto!
- Lana?- sua voz cautelosa.
- Sim meu amor sou eu!
Eu á pego e a coloco em meus braços, noto então que ela está sem os óculos.
- Como você está? Como chegou aqui?- pergunto.
- Eu fui sair um pouco, eu precisava esparecer, quando dois homens me segurou e andou comigo até aqui, aonde eu fui jogada e me bateram!
- Céus, vamos, vou te levar pro hospital- declaro.
- Não consigo andar, minha costela doí muito!
- Não precisa andar!
Eu me levanto com ela em meu colo, respiro fundo, tento normalizar meu coração, e então não muito longe dali, eu á levo no hospital. Ela é atendida rápidamente, eu tenho que ficar na sala de espera. Pego meu celuar e ligo pra minha mãe.
- Mãe?
- Filha o que houve?
- Preciso da sua ajuda- peço.
- Ás três da manhã?
- Anabel, ela foi agredida, eu a trouxe pro hospital, mas preciso que você avise aonde estamos pra Brenda!
- Hospital? Céus!
- Mãe calma, apenas avise á mãe dela e venha até o hospital por favor- peço.
- Tudo bem eu vou!
Meu celular desliga no momento exato. Sento na poltrona para esperar pelo médico, que por sinal vai demorar.
Logo o médico entra na sala, e veio diretamente a mim, que quando o vê levanta em um pulo.
- Você é...?
- Allana, a amiga dela!
- Sim, ela chegou aqui se queixando de dores na costela, achamos que tinham quebrado, mas fizemos exames e está tudo bem com ela, foi mais o susto que ela levou!
Eu me permito relaxar um pouco.
- Ela vai ter alta quando?- pergunto aliviada.
- Assim que ela acordar, é bom que esteja lá neste momento para que ela não se assuste. Demos remédios para ela dormir um pouco, mas sugiro que não á deixe sozinha por um tempo, pois o trauma foi por ser pega por pessoas que ela não pode ver, e sofrer agressões!
- Tudo bem, eu vou fazer- sorrio.
Agitamos nossas mãos e ele vai embora. Não demora muito para minha mãe aparecer, com os pais da Anabel.
- Filha- minha mãe me abraça.
- Oi mãe!
- Lana como ela está?- Taylor pergunta.
- Bem, apenas dormindo, ela sofreu agressões, mas nada grave, nada quebrado, porém o médico acha melhor não deixar ela sozinha pois o trauma dela foi duplo!
Eles se abraçam, me sinto melhor por ter achado ela e cuidado dela.
- Eu tenho uma proposta- minha mãe anuncia.
Nós três focamos nela.
- Eu vou fazer uma viagem, se vocês aceitarem, eu levo a Anabel comigo, e claro, com a Allana!
Eu arregalo meus olhos, essa não seria uma boa idéia depois do que ela me disse.
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Conforme o Vento Assopra (Romance Lésbico)
RomanceNa vida passamos por diversas fases, uma hora triste na outra feliz. Estamos no alto e depois lá em baixo, a mais difícil é a fase de se reergue. Nós ganhamos, mas perdemos, nós amamos, e sofremos, uma coisa é certa, amar é sofrer. O vento sopra as...