Capítulo 12

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Meu coração acelera.
- Ela não disse aonde ia?
- Não, eu sai com o pai dela, para mostrar aonde era o correio pois ele precisava ir lá, e quando voltamos ela tinha sumido!- Brenda explica tropeçando em cada palavra.
- Fica calma Brenda, vamos achar ela, eu prometo!- digo a puxando pra um abraço.
- Encontra ela por favor Lana, te imploro!
- Eu vou achar!!- digo com convicção.
Então ela entra e senta no sofá, eu corro para vestir uma calça, coloco uma blusa de frio preta.
- Vou andando pelos quarteirões, ela não pode estar muito longe- digo pegando um papel.
- Vai por favor!
- Toma, qualquer coisa me liga por favor- entrego o papel.
Eu abro a porta e saio do apartamento correndo, desço as escadas indo direto pra rua.

Na rua vejo algumas pessoas, eu as paro, e mostro á cada um a foto da Bel que eu havia tirado, ela está com um lindo sorriso largo, que faz sua bochechas rosadas ficarem gordinhas.
- Não vi, desculpa- era tudo o que eu ouvia.
Andando por todos os lugares, desde o parque, até beirando a praia, e sem sinal dela. Meu coração gela em meio á tanto desespero, não imaginava jamais que isso aconteceria, nem muito menos que eu ficaria nesse estado por ela. É novo pra mim, mas um novo na qual não quero nunca mais sentir.

Permaneço vagando pelas ruas agora, sem rumo, passei em todos os lugares que eu levei ela, lugares próximo, e nada nem ninguém á viu por aqui. Meu celular marcava duas da madrugada, estava começando a esfriar, passo por uma rua vazia, sem ninguém, meu celular apita avisando que a bateria está acabando, eu o desligo e guardo em meu bolso, então eu ouço um sussurro.
- Algém?!
Olho por todos os lados mas não vejo ninguém.
- Por favor me ajuda!
Meu coração acelera de uma forma que pensei por alguns segundos que iria estourar.
- Anabel?- grito.
- Aqui- ouço responder.
Olho pro chão, até ver uma sombra na parede do beco que tinha ali, eu adentro o beco, então vejo Anabel, no chão deitada. Eu corro até ela e me ajoelho.
- Anabel? Céus que susto!
- Lana?- sua voz cautelosa.
- Sim meu amor sou eu!
Eu á pego e a coloco em meus braços, noto então que ela está sem os óculos.
- Como você está? Como chegou aqui?- pergunto.
- Eu fui sair um pouco, eu precisava esparecer, quando dois homens me segurou e andou comigo até aqui, aonde eu fui jogada e me bateram!
- Céus, vamos, vou te levar pro hospital- declaro.
- Não consigo andar, minha costela doí muito!
- Não precisa andar!
Eu me levanto com ela em meu colo, respiro fundo, tento normalizar meu coração, e então não muito longe dali, eu á levo no hospital. Ela é atendida rápidamente, eu tenho que ficar na sala de espera. Pego meu celuar e ligo pra minha mãe.
- Mãe?
- Filha o que houve?
- Preciso da sua ajuda- peço.
- Ás três da manhã?
- Anabel, ela foi agredida, eu a trouxe pro hospital, mas preciso que você avise aonde estamos pra Brenda!
- Hospital? Céus!
- Mãe calma, apenas avise á mãe dela e venha até o hospital por favor- peço.
- Tudo bem eu vou!
Meu celular desliga no momento exato. Sento na poltrona para esperar pelo médico, que por sinal vai demorar.
Logo o médico entra na sala, e veio diretamente a mim, que quando o vê levanta em um pulo.
- Você é...?
- Allana, a amiga dela!
- Sim, ela chegou aqui se queixando de dores na costela, achamos que tinham quebrado, mas fizemos exames e está tudo bem com ela, foi mais o susto que ela levou!
Eu me permito relaxar um pouco.
- Ela vai ter alta quando?- pergunto aliviada.
- Assim que ela acordar, é bom que esteja lá neste momento para que ela não se assuste. Demos remédios para ela dormir um pouco, mas sugiro que não á deixe sozinha por um tempo, pois o trauma foi por ser pega por pessoas que ela não pode ver, e sofrer agressões!
- Tudo bem, eu vou fazer- sorrio.
Agitamos nossas mãos e ele vai embora. Não demora muito para minha mãe aparecer, com os pais da Anabel.
- Filha- minha mãe me abraça.
- Oi mãe!
- Lana como ela está?- Taylor pergunta.
- Bem, apenas dormindo, ela sofreu agressões, mas nada grave, nada quebrado, porém o médico acha melhor não deixar ela sozinha pois o trauma dela foi duplo!
Eles se abraçam, me sinto melhor por ter achado ela e cuidado dela.
- Eu tenho uma proposta- minha mãe anuncia.
Nós três focamos nela.
- Eu vou fazer uma viagem, se vocês aceitarem, eu levo a Anabel comigo, e claro, com a Allana!
Eu arregalo meus olhos, essa não seria uma boa idéia depois do que ela me disse.

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