Conforme o Vento Assopra (Romance Lésbico)

Capítulo 38

Acordo nesta manhã disposta, mais uma vez para viver a vida ao lado da mulher que eu amo, e com meus amigos que cada vez se achegavam para perto de mim.
- Bom dia amor- ouço Anabel ao me lado.
Olho então para ela com seus olhos fechados, toco seu rosto e planto um breve beijo em seus lábios. Então ela abre os olhos e da aquele sorriso que me desmonta todos os dias.
- Bom dia bebê- sorrio.
- Vamos levantar, temos muita coisa para fazer hoje- ela diz animada.
Franzo o cenho com tanta demonstração de animação em plena segunda.
- Amor hoje é segunda!- dou risada.
- Não me impede de ser feliz- ela da de ombros.
- Língua rápida- sorrio de lado.
Ela se levanta revelando suas curvas em seu baby doll transparente branco. Como ela é linda da cabeça aos pés.
- Pare de me admirar, vá para o banho, enquanto eu preparo o café- ela ordena.
Então me deixa falando sozinha, protestando contra sua animação que nem ao menos um beijo de todas as manhãs eu recebi. Reviro os olhos e caminho para o chuveiro, dou graças a Deus que cortei meu cabelo, em cima continua grande, gosto dos meus coques, mas dos lados e atrás eu raspei para não me causar tanto calor e trabalho. Coloco uma bermuda preta com uma blusa que parecia um smooke, roupa que Anabel escolheu pra mim, amarro meu cabelo em coque e escovo meus dentes.
- Que cheiro ótimo- sinto o aroma das panquecas de Anabel.
- Coma rápido enquanto me arrumo!
- Ao menos pode me contar o que planeja?- pergunto me servindo.
- Não, surpresa- ela ri tímida.
Ela adentra o quarto enquanto eu como devagar as panquecas, com calda de chocolate, uma explosão de sabor. Termino lavando os pratos, logo vejo Camila entrando na minha cozinha.
- Anabel pronta?- Camila grita.
- Já vou- Anabel grita do quarto.
- Bom dia pra você também- reviro os olhos.
- Mal humorada, não teve uma foda noite passada?
- O que você está tramando com Anabel?
- Nada- ela revira os olhos.
Anabel surge com um vestido bege lindo, tomara que caia, seus cabelos em rabo de cavalo, e como sempre o apartamento de enchia com seu perfume doce.
- Ual- sorrio admirada.
- Obrigada amor- Anabel sorri. -Coloca a venda nela e vamos!
Arregalo os olhos.
- Que?- grito.
- Não me morda, Anabel está adestrando você para não fazer isso- Camila ri vindo até mim.
- O que vocês vão fazer comigo?
- Amor confia em nós- Anabel pede.
Então sinto ela se aproximar e plantar um breve selinho em meus lábios, o que me acalmou.
- Pronto, tá vendo alguma coisa?- Camila pergunta.
- Tô vendo tudo preto- respondo sarcástica.
- Esse é meu mundo sem você- ouço Anabel dizer.
Não consigo conter um sorriso enorme.
- Que gay- Camila diz rindo.
Mostro o dedo do meio sem me importar se estava apontando para Camila. Elas me guiaram até o elevador e o estacionamento, aonde certeza que entrei no carro de Camila no banco de trás.
- Tô me sentindo vítima de um sequestro- resmungo.
- Sequestrada por mim, olha que honra- Anabel diz rindo.
Ouço a risada de Camila e não consigo me conter e caio na gargalhada também. Não demora muito e o carro para, fica tudo silêncio, ouço portas de abrindo, mas ninguém faz menção de me tirar daqui de dentro.
- Gente?- chamo.
Sem respostas ameaço tirar a venda, mas sou impedida.
- Não estraga- ouço uma voz masculina.
- Mike?- pergunto.
- Não, coelho da Páscoa- ele ri.
- Estúpido! Cadê as meninas?
- Logo você vai saber, agora salta daí!- ele ordena.
Com sua ajuda saio do carro, ando o que me parece ser quilômetros, então eu paro, percebo que sai do sol quando aquele vento gelado bate em meu pescoço me refrescando.
- Pode tirar agora- ele pede.
Eu elevo minhas mãos aos olhos e retiro a venda devagar, arrumando meu cabelo juntamente. Arregalo os olhos com várias cadeiras espalhadas pelo jardim que eu também não sabia que existia aqui; todos da minha família estavam ali sentados, outros comendo, família de Anabel rindo e se divertindo.
- O que é tudo isso?- pergunto.
- Bem-vinda ao seu casamento com Anabel!