Meu emocional, um amigo

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Durante meu relacionamento com Evandro e das situações que envolviam Tatiana, me cansava muito emocionalmente. Algumas vezes sem perceber, e toda aquela situação já estava tomando conta da minha mente. 

Era horrível.

Como dito anteriormente, Evandro também acabou se mudando para outro país. E ainda assim, não teve sossego por parte de Tatiana. Mas, o fato de saber que já não se encontrariam e que já não estavam tão perto me tranquilizava um pouco.
Ela continuava com o seu show, e com suas atitudes de "namorada não assumida" que queria chamar atenção. 

Não sei quem era a mais tonta, no meio de toda essa situação... A corna ou a não assumida que também estava sendo enganada, quando lhe diziam que já não estávamos juntos. 

Risos!

O tempo foi passando, e a cena continuava.

E Eu? Parei de me importar  tanto com tudo que estava acontecendo. 

Bloqueei Tatiana em todas as redes sociais, e da minha Vida inclusive.

2012 foi um ano puxado.
Mas, seguimos nosso relacionamento apesar de toda aquela situação desagradável.
Enquanto Evandro estava morando na Namíbia, tentamos o máximo nos manter perto apesar da distância que nos separava.

Quanto mais a gente tentava, parece que mais se complicava o que continuava a mexer com o meu emocional. A falta de atitude e interesse de Evandro, e o fato dele levar a amizade com alguém que estava a tentar acabar com o relacionamento que ele mesmo dizia que prezava, era intrigante.

E o ritual se repetia.

Você deve estar pensando no porque que não terminei e acabei com isso logo, ou que só Eu não enxerguei que Evandro já não se importava tanto assim com o nosso relacionamento. Não é? E a resposta pra isso é: Eu amava Evandro, e nada disso importava.

Neste mesmo ano, conheci o Geovanne e começamos uma amizade desde então.
Geovanne era um rapaz super tranquilo, e quando decidimos começar a amizade, me passava a segurança que muitas vezes faltava.
Quando alguma coisa acontecia comigo, Ele estava lá. Embora algumas vezes defendia Evandro, pelo simples fato de ser homem para justificar seu comportamento.
Enfim...
Meu relacionamento estava se tornando cada vez mais difícil, e complicado.
Chegou um momento, que estava sendo empurrado e não vivido.
Varias vezes sentimos vontade de terminar de novo, mas parecia que não era a altura. 

Tínhamos não só, a necessidade de manter nosso relacionamento, mas uma força interior dizia que tínhamos que continuar... e devo ressaltar aqui mais uma vez o que sempre digo: Eu o amava, e infelizmente não me enxergava com outro cara.
Passaram-se alguns meses, e o rumo começou a mudar quando decidimos novamente conversar e seguir. Colocamos então, uma pedra por cima dessa situação e Evandro voltou a passar a segurança e confiança que faltava em Mim.
Apesar da distância os planos continuavam, e o desejo de estar junto muitas vezes era suprido por viradas de noites falando ao celular.

E continuamos.

Em abril de 2013, foi a minha formatura do ensino médio. Um ano depois de terminar, que nem lembrava mais que isso aconteceria. 

Mas, foi um momento incrível (a colação, o baile, família, e alguns amigos).
Fui parabenizada por Evandro, e suas palavras de força faziam com que Eu continuasse nessa caminhada.

Afinal, a luta continuaria e aquilo era só um momento especial do ensino médio que foi deixado para atrás. 

Duas semanas depois, acabei ficando muito doente e deprimida. 

(Pausa Para Lágrimas)

Estava feliz pela faculdade, pelo começo das minhas aulas práticas, e pelos novos amigos. Mas, aquele começo da doença acabou por meses comigo.
Muitos acreditavam que era cansaço das aulas e as minhas cobranças frente à isso. Outros, que era o fato de ter começado a ter contacto com o corpo de ser humano morto durante as aulas práticas e o cheiro do formol que afetava meu sistema respiratório.
O que abalava mais o meu emocional.
Em uma noite comum em casa enquanto tentava ocupar minha mente conversando com alguns amigos, tive uma crise respiratória horrível. 

Fazia anos que isso não acontecia.

(Piores lembranças)

Fui levada para o hospital ainda angustiada, aflita e com um medo insuportável.
Todos muito assustados em minha volta, o que tornava toda aquela situação mais difícil.
Minha prima foi chamada para ficar em casa, com as minhas irmãs mais novas por uma questão de segurança, enquanto íamos para o hospital e foi até lá com Geovanne.
Por volta das 00:00 voltamos para casa, depois de horas de inalação e exames.

No dia seguinte, falei com Evandro sobre o sucedido, e sua preocupação era notória apesar de não querer incomodar. Pedia para ficar calma que nada aconteceria. Durante a fase de tratamento e as repetições das crises, também se manteve por perto.

Até Ele se cansar... 

Acredito que cansou, pois muitas vezes sua atenção já não era a mesma.

Doces & Amargos (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora