Sede de poder

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- O que aconteceu? Você apagou de repente. – pergunta meu namorado.

Noto que ainda estou de pé, segurando a espada firmemente.

- Eu tive algum tipo de visão sobre meu pai, sobre tudo. – respondo.

- O que descobriu? – ele demonstra curiosidade.

Nesse momento ouvimos passos, quando Rick ilumina o local, Norman caminha ficando a frente do holofote.

- Acho que isso me pertence. – diz ele.

Sua imagem tremeluz, se transformando em um homem ruivo de pele clara.

- Tyler? – falo baixo, um pouco confusa.

- Que bom que você já me conhece. – enfatiza. – Agora me dê a espada.

Protejo-a, negando seu pedido. Meu namorado olha para mim sem entender o que acontece.

- Você é igual ao seu pai, sempre dificultando as coisas. – ele fala impaciente.

Tyler estica o braço, conforme vai fechando a mão, Rick e eu perdemos a respiração, sinto minha traqueia fechando e não demora até desmaiarmos.

Acordo e vejo que Willian está do meu lado, ele me ajuda a levantar.

- Como chegou aqui? – indago.

- Quando eu soube que você e Rick vieram sozinhos, parti imediatamente. – o homem explica.

Estamos ao ar livre, a frente da casa de Norman. avisto meu namorado a alguns metros de distância, ao lado dele estão Chlöe, Holly, Dylan e o verdadeiro Norman, todos amarrados e de joelhos, alguns estão confusos, outros assustados. O patriarca da família se encontra em péssimo estado físico. Vou em sua direção, mas me choco com uma parede invisível. Defiro socos contra o escudo, tentando me libertar, mas não adianta.

- Nós estamos presos aqui. – afirma Willian, apontando para o circulo perfeito que se forma ao nosso redor.

- Não se preocupe meu amor, eu estou bem. – Rick tenta me tranquilizar.

- Nos salve, por favor. – Chlöe implora. – Esse homem entrou em minha casa de uma hora para outra e pegou o meu marido, depois começou a nos ameaçar; por algum motivo eu não conseguia falar a verdade para as pessoas.

- Fique calma senhora, já estou pensando em algo. – esclarece o arcanjo.

À frente dos reféns vejo um grande pentagrama desenhado no chão.

- Qual o seu plano? – questiono.

- Na verdade não tenho nenhum, já tentei de tudo. – ele fala em voz baixa, preocupado.

Tyler sai da casa com Charlie nos braços, ele também carrega uma adaga e a espada do meu pai.

- Solte meu filho seu monstro! – a mulher manda, seus olhos lacrimejam.

Com um sinal, o homem a manda ficar quieta.

- Assim você vai acabar acordando ele. – o homem ironiza.

- Faça o que quiser comigo, mas não machuque meus filhos. – ela começa a chorar.

- Eu já mandei você ficar quieta. – ele diz seriamente.

Norman permanece inexpressivo, sempre de cabeça baixa; Holly não demonstra o medo que está sentindo, somente tenta se acalmar e acalmar a mãe; o pequeno Dylan olha a situação sem entender.

Capuz de Sangue - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora