Estamos Perdidos

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Por um descuido, não percebemos o caminho após sair do acampamento, estamos perdidos em uma mata fechada, isso pode ser perigoso mas tenho que tirar a Emmy daqui.

− Dyllan, como vamos voltar para o acampamento? – Emmy perguntou com um olhar assustado.

− Eu não sei, fique perto de mim, vou tirar a gente daqui. − Respondi segurando em uma de suas mãos.

Na verdade, eu também estou assustado, mas não posso deixar isso transparente para não piorar as coisas, já está de noite, não temos água e nem comida, os celulares não funcionam por estar fora de cobertura.

− Emmy, vamos tentar voltar por essa trilha, desliga o seu celular para economizar energia, por enquanto o meu ainda não tem sinal mas vou usar como lanterna, fica perto de mim, vamos tentar voltar.

− Vai devagar por favor, não me deixe para trás. − Emmy falou com um tom de choro.

Começamos a voltar pelo caminho e toda árvore que passamos eu marquei com minha faca, a intenção foi não andarmos em círculos, funcionou, mas não adiantou e não achamos o caminho de volta, já era tarde e eu realmente comecei a ficar preocupado.

− Dyllan, vamos parar um pouco eu não aguento mais andar, não aguento mais esses mosquitos e estou morrendo de medo de ficar aqui. – Emmy falou escorrendo lágrimas em seus olhos.

− Olhe para mim, eu não vou deixar nada acontecer com você, eu te prometo, mas preciso que confie em mim. Já está tarde, não podemos mais ficar andando por aí, descansamos um pouco e depois vamos procurar algum lugar para acampar, de manhã vamos achar o caminho de volta.− Falei sussurrando enxugando as lagrimas de Emmy com meus dedos.

− Eu estou com medo Dyllan. − Emmy falou sussurrando ainda com um olhar assustado colocando uma de suas mãos em cima da minha que estava em seu rosto.

− Não fique, apenas confie em mim. − Eu disse abraçando-a.

− Ouviu isso? − Emmy perguntou olhando para o lado.

Caminhamos em direção ao som e logo nos deparamos com uma cachoeira, apesar da noite, apenas a luz da lua cheia foi suficiente para nos mostrar a beleza do lugar.

− Emmy, me dá o seu cantil, vou colocar água da cachoeira nele, a gente ferve depois para quando tiver vontade de beber.

− Eu não vou beber agua da cachoeira. – Emmy falou com convicção.

− Claro que vai madame, deixa a sede chegar e quero ver se não vai tomar.

− Toma, cuidado com meu cantil, meu pai que me deu. – Falou Emmy meio pirracenta.

− Okay madame, pronto! Vamos continuar andando e ver se achamos algum lugar bom para dormir. − Falei passando tranquilidade a ela.

Continuamos andando e Emmy reclamava a cada passo o quanto lamentava de ter vindo ao acampamento e o quanto ela odiava os mosquitos, apesar de ser perigoso, sem comida, perdidos, isso amenizava ao saber que estou com ela, preciso protege-la e tira-la desse lugar. Andamos por uns 20 minutos e avistamos um carro abandonado, havia um cobertor dentro dele como se alguém já tivesse dormido dentro.

 Andamos por uns 20 minutos e avistamos um carro abandonado, havia um cobertor dentro dele como se alguém já tivesse dormido dentro

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Senhor do Tempo - Preciso salvá-laOnde histórias criam vida. Descubra agora