Não se preocupe!

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Ficamos quase uma hora na secretaria sentados na cadeira da sala um ao lado do outro aguardando a secretária mal-humorada avisar que podíamos entrar na diretoria. Nesse meio tempo que ficamos esperando o boato se espalhou e todos da escola estavam sabendo da " quase Briga" minha e do Alex. Logo chegou uma mensagem no meu celular e era a Emmy.

#Emmy: Dyllan, o que aconteceu? Todo mundo da escola está falando que você e Alex estavam brigando no banheiro, me explica isso? Onde você está?
Eu respondi o SMS:

#Dyllan: Uma longa história, não brigamos foi um mal-entendido, Alex está abalado pelo luto e veio querendo brigar, mas não brigamos. Estamos esperando a diretora para conversar.

#Emmy: Mas você está bem? Sabe que eu fico preocupada.

#Dyllan: Estou bem Emmy, não se preocupe!

Nesse momento a secretária nos avisa para entrar na sala da diretora pois ela está nos aguardando, então entramos.

− Ora...ora...ora... o que temos aqui, Sr. Scott envolvido em briga de novo, eu não sei porque, mas não estou surpresa. − A diretora falou sendo irônica. − Vamos, me explique o que aconteceu!

− Pergunta para o Herói, sempre estou errado mesmo. − Alex falou me olhando com desprezo.

− Então Sr. Cooper, o que aconteceu? − A diretora me perguntou, eu poderia dizer que o Alex veio para cima de mim falando várias coisas ofensivas como aconteceu, mas não é necessário, ele está consumido pelo luto e ódio que não sabe o que está fazendo e eu não quero alimentar mais ainda esse desprezo.

− Foi um mal-entendido, nós realmente discutimos, mas não teve briga igual todos estão falando, Alex não teve culpa. − Afirmei e nesse momento ele olhou para mim meio que sem entender o que eu tinha dito.

− Sr. Cooper, volte para a sua classe, chega por hoje e você Alex, volte para sala também, é a segunda vez nesse mês que se mete em confusão, na terceira vamos resolver de outra forma. − A diretora falou quase que nos expulsando da diretoria, passamos pela porta e não havia ninguém nos corredores. Alex ainda estava com muita raiva e mesmo eu tendo aliviado a barra dele as coisas ainda estavam erradas com a gente.

− Isso não mudou nada Herói! Isso não mudou nada! − Alex afirmou enquanto caminhávamos para a nossa sala. Ele disparou na frente abrindo a porta da sala e entrando rapidamente, logo eu também entrei e todos pararam para nos observar, " Que ótimo, ser invisível não está dando muito certo" sentei na cadeira e até o final da aula eu fiquei na minha para evitar conversa e por sua vez, Alex também ficou na dele.

O sinal do final da aula tocou, todos levantamos e começamos a sair, fui em direção à Emmy e de mão dadas caminhamos em direção à saída da escola.

− Fiquei tão preocupada com você Dyllan, o que realmente aconteceu? − Emmy perguntou.

− Nada demais Emmy, foi só uma discussão boba, o professor chegou bem na hora e levou a gente para diretoria, não há nada para se preocupar. − Falei com um sorriso no rosto e beijando a cabeça de Emmy.

− Tudo bem então. − Ela concluiu sorrindo. Andamos em direção ao estacionamento até entrarmos em meu carro, colocamos os cintos e saímos da escola. Emmy me pediu para leva-la até um parque próximo à casa da Lunna onde elas ficariam por lá. No carro, comecei a perceber que a Emmy ainda está me olhando com um olhar diferente, como se algo estivesse errado ou diferente.

− Eu sinto que você está um pouco distante de mim, foi algo que eu fiz? − Ela se virou para mim e perguntou quase em sussurros. Eu estou tão preocupado e com raiva do Tristan estar solto por aí que acabei deixando visível isso, ela está vendo que estou diferente.

− Não Emmy, você não fez nada meu amor, só estou preocupado com alguns problemas.

− Você pode compartilhar comigo se quiser, talvez eu possa te ajudar e podemos passar por isso juntos Dyllan, me diz! − Ela concluiu sussurrando passando uma de suas mãos em meu rosto. Nesse momento chegamos ao parque, havia um carro saindo de lá em nossa direção, era o Tristan, provavelmente ele havia deixado Lunna por lá e estava saindo. Quando passou ao nosso lado, olhou para o meu vidro e sorriu acelerando o carro sumindo de vista, achei que não ficaria tão preocupado pois ele havia saído de lá, mas fiquei.

− Emmy, tem mesmo que ficar aqui? Eu posso te levar para casa ou ficar aqui com você. − Eu perguntei me virando para ela tentando não passar muita preocupação.

− Eu vou ficar! É só um parque em frente à casa da Lunna, está tudo bem Dyllan, não precisa ficar − Ela falou sorrindo e me beijou lentamente, eu acariciei o seu rosto e encostei o meu no dela.

− Eu sei amor, me escuta, eu não confio no Tristan, se ele aparecer aqui de novo me liga, eu volto para te buscar e te levar em casa. − Eu sussurrei encarando aqueles lindos olhos azuis. Nesse momento eu saio do carro e abri a porta para ela sair também, um abraço bem apertado foi a primeira coisa que fiz e ela sussurrou.

− Tudo bem, Eu te amo!

− Eu te amo! − Sussurrei e ela foi em direção a Lunna que estava sentada em um dos bancos da praça. Voltei para a carro, preocupado, mas sabia o que fazer para aliviar isso, me afastei um pouco mais com o carro em uma distância que ainda pudesse observa-las, peguei o celular e liguei para o meu pai.

#Chamada Pai On

− Oi Filho, está tudo bem?

− Oi pai, está sim, acabei de sair da escola e levei a Emmy num parque próximo à casa da Lunna, Tristan acabou de sair de lá, Emmy pediu para ficar e conversar. Tenta colocar alguns dos policiais próximo de lá caso o Tristan volte, estou muito preocupado pai.

− Já falei para você tomar cuidado meu filho, tenta convencer a sua namorada ficar longe também, esse cara é perigoso, onde você está?

− Próximo ao parque, estou indo para casa, mas primeiro mande os homens para cá!

− Você sabe que a gente não pode prendê-lo, mas vou mandar o pessoal ficar de olho nelas caso ele apareça novamente.

− Obrigado pai!

#Chamada Pai Off

Eu fiquei um pouco mais tranquilo porque sabia que em minutos alguns detetives do meu pai estariam vigiando o lugar por precaução, só não imaginava que as coisas acontecem muito rápido e quanto mais nos preocupamos mais ficamos vulneráveis. A porta do meu carro se abriu e um homem entrou bem rápido no meu banco carona com um balde de pipoca na mão e perguntou:

− O que estamos observando?

Senhor do Tempo - Preciso salvá-laOnde histórias criam vida. Descubra agora