Capítulo 4.

70 16 1
                                    

Acordei no dia seguinte, tomei banho, troquei de roupa, saí do alojamento e fui para o campo de treinamento. Respirei fundo e comecei a treinar com os bonecos de treinamento, eu estava irritado, a raiva percorria pelo meu corpo junto com o sangue.

Eu batia, empurrava, chutava, já havia destruído vários bonecos, estava tão concentrado, que não percebi os guerreiros chegando para o treinamento. O Hunter me olhou, segurou meu braço e falou:

— Owen... Owen... relaxa, deixa alguns para nós.

Todos riram, eu acordei do "transe", o olhei e falei:

— Desculpe, não vi vocês chegando.

Pigarreei, ele sorriu e falou:

— Descansa, você anda muito estressado, tem que relaxar.

O olhei e falei:

— Acabei de relaxar.

A Rosie me abraçou, em seguida a Atena, ao olhar para o lado, vi que a Demetra observava de longe. Olhei para todos e falei:

— Guerreiros, tenham um bom dia.

Eles falaram juntos:

— Bom dia.

Comecei a caminhar até o estábulo, peguei o Saturno e comecei a cavalgar pela floresta e o Falco começou a voar acima de mim. Eu sentia uma suave brisa batendo em minha pele, eu fechava os olhos e sentia uma paz imensa, que a muito tempo eu não sentia. Cavalguei até uma clareira, desci do cavalo, deitei na grama e comecei a olhar para o céu.

Fechei os olhos, sentindo alguns raios de sol tocando o meu rosto e algum tempo depois uma sombra o cobriu, abri os olhos e lá estava a Aura, ela sorriu e falou:

— Olá. Parece que vou ter que dividir meu lugar preferido com você.

A olhei, levantei e falei:

— Oi. É, mas eu cheguei primeiro.

Ela sorriu e falou:

— Não seja rude. Eu gosto muito desse lugar, porque ninguém nunca vem aqui.

A olhei e falei:

— Não sou rude. E digo o mesmo sobre o lugar.

Ela sentou na grama e falou:

— Por que você é tão fechado e mal humorado?

A olhei e falei:

— Não sou fechado, apenas não gosto de expor minha vida como se fosse um livro. E também não vejo motivo para sorrir e rir de tudo. Rir e sorrir de tudo é desespero. E eu não estou desesperado.

Ela me olhou e falou:

— Tudo bem, mas pelo que eu soube você não era assim. Me falaram que você era alegre, feliz, gentil, cavalheiro, amável. Entre outras coisas.

A olhei e falei:

— Era, você disse bem. Mas a vida resolveu que eu não seria mais assim, ela roubou minhas coisas boas, matou meus sonhos e fez minha alma definhar. Sou o resultado de tudo que aconteceu comigo.

Ela abaixou o olhar e falou:

— Sinto muito por tudo isso.

Desviei o olhar, montei no cavalo, olhei para o relógio e falei:

— Tudo bem. Já estou indo para o alojamento já são quase 12:00. E você deveria ir também devem estar esperando por você na enfermaria.

Ela me olhou, levantou e falou:

Meu pé de cerejeira branca - Livro II.Onde histórias criam vida. Descubra agora