Capítulo 23.

14 6 0
                                    

Acordei, tomei banho, troquei de roupa e peguei minhas armas, o arco da Vênus e sua aljava com algumas de suas flechas antigas. Olhei para o Gabriel e falei:

— Está na hora de acordar. Quero você na área de treinamento em 15 minutos, procure o Hunter.

Ele abriu os olhos, bocejou, levantou e falou:

— Sim, senhor.

Toquei em seu ombro como cumprimento, afirmei com a cabeça e fui para a cerejeira rainha. A olhei, coloquei as armas no chão, toquei em seu tronco e tudo ficou escuro, flashes de lembranças começaram a circular pela minha mente, até que uma delas parou eu vi tudo, a cerejeira começou a me mostrar um acontecimento que ocorreu com a Hera. Depois de um tempo tirei minhas mãos da cerejeira e deixei as lágrimas escorrerem pelo rosto, sentindo muita falta de ar. Haviam usado nela o mesmo soro que usaram na Aura, ela não era realmente uma traidora, ela estava sendo controlada. Corri até a área de treinamento e todos já estavam treinando. O Hunter veio até mim e falou:

— Bom dia. Como você está? Parece assustado.

O olhei e falei:

— Bom dia. Eu acho que cometemos uma injustiça e precisamos consertar.

Ele me olhou e falou:

— Como assim?

O olhei e falei:

— A Hera não era uma traidora por escolha.

Ele me olhou e falou:

— O que? Como assim?

Suspirei e falei:

— Lembra da Aura? A sacerdotisa que utilizaram um soro nela?

Ele cruzou os braços e falou:

— Lembro.

O olhei e falei:

— Usaram esse mesmo soro na minha mãe.

Ele me olhou assustado e falou:

— Puta merda. E agora?

Respirei fundo e falei:

— Eu vou trazê-la de volta.

Ele me olhou e falou:

— Mas como?

O olhei e falei:

— Magia das trevas, eu li que havia uma que dava para salvar a mãe.

Ele me olhou assustado e falou:

— Você tem certeza? Não tem nenhuma que traga a Vênus de volta?

Afirmei com a cabeça e falei:

— Tenho certeza. Se tem, eu não descobri. Não havia nos livros, então eu acho que não existe.

Dei uma pausa e falei:

— Mas mudando de assunto, nós temos um mês para treinarmos dobrado. Os líderes precisam ensinar novas táticas de guerra, principalmente porque lutaremos no gelo e ninguém aqui está acostumado.

Ele assentiu com a cabeça, olhou para minha mão e falou:

— Tatuagem nova?

O olhei e falei:

— Temos um novo aliado, um híbrido. Em breve você saberá quem é, ele virá treinar hoje. Pegue pesado com ele.

Ele sorriu e falou:

— Pode deixar.

Caminhei novamente até a cerejeira rainha, suspirei e falei:

— Eu preciso trazer a minha mãe de volta e vou precisar de você para isso.

Meu pé de cerejeira branca - Livro II.Onde histórias criam vida. Descubra agora