Capítulo 21.

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Acordei cedo, tomei banho, troquei de roupa e acordei o Gabriel. O olhei e falei:

— Bom dia. Está na hora de acordar.

Ele me olhou com cara de sono e falou:

— Bom dia, mas está tão cedo.

O olhei e falei:

— Os guerreiros de Pandora acordam cedo. Eu vou resolver umas coisas, enquanto isso, você toma banho, veste roupas quentes, come alguma coisa e me espera no campo de treinamento. Se você se perder, pergunte a alguém e te levarão. Ok?

Ele sorriu e falou:

— Está bem, só mais cinco minutos.

Parei na porta, o olhei e falei:

— Não me faça voltar.

Ele levantou rapidamente e falou:

— Sim, senhor.

Sorri de canto, comecei a caminhar até o arsenal das novas armas. As olhei conferindo se estava tudo certo, sai de lá. Fui até a casa do senhor que cria os trajes e roupas de guerra e bati na porta. Ele abriu, me olhou e falou:

— Senhor Owen, em que eu posso servi-lo? Entre.

Nos abraçamos, entrei e falei:

— Precisamos conversar sobre os novos trajes. Temos pouco tempo para que fiquem prontos.

Ele sorriu, me olhou e falou:

— Eu adoro um desafio. E estou pronto para cumpri-lo, o que deseja?

O olhei e falei:

— Por isso você é o melhor de todos. Os trajes precisam ser macacões de couro, revestidos com aquele material a prova de balas. Além de serem quentes e confortáveis, vão ajudar na segurança de todos nós.

Ele me olhou coçando a barba e falou:

— Certo. Para os guerreiros, terá que ter algum detalhe que indique sua tribo. E suponho que para os líderes, terão que ser da cor de seus elementos, não é?

O olhei e falei:

— Me surpreenda com os trajes novos. E sim, o dos guerreiros tem que ter algum detalhe da cor de sua tribo e dos líderes completamente da cor das tribos. Mas o meu eu quero preto e não quero nenhuma cor a mais, certo?

Ele anotou num papel, me olhou e falou:

— Certíssimo. Mais algum pedido?

O olhei e falei:

— Eu vou usar o arco da Vênus, então, se puder fazer um suporte para as fechas, ficarei grato.

Ele anotou no papel, me olhou e falou:

— Ok. Pode deixar. Você sente a falta dela, não é?

Abaixei o olhar, soltei a respiração e falei:

— Sim. E depois que descobri que a morte dela poderia ter sido evitada, isso está machucando ainda mais.

Ele pegou na minha mão, me olhou e falou:

— Eu fiquei sabendo do que a Hera fez... E eu sinto muito.

O olhei e falei:

— Já eu não estou sentindo praticamente nada. Só raiva, ódio, nojo e saudade da Vênus. Às vezes eu queria esquecer, só para parar de doer, sabe? Porque dói muito, machuca muito. E isso é horrível. Posso não sentir nada fisicamente, mas emocionalmente estou totalmente estragado.

Meu pé de cerejeira branca - Livro II.Onde histórias criam vida. Descubra agora