capitulo 18

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- ahn... então, daqui a pouco o show começa, né, que pressão...

- não, tô de boas. Sem nenhuma pressão. - eu falei ouvindo minha voz se misturar com a do Julio. O encarei e sorri assim como ele.

- tudo bem, vou pegar mais bebidas. - Vic disse e se levantou. Ela voltou e sentou. - desculpa, não tá tudo bem. Vocês ficam trocando sorrisos como dois maniacos psicopatas, e o clima tá pesado. Tá pesado pra caralho. Afinal, ela diz que você quebrou a confiança dela e você diz que é necessario. O que tem de tão ruim que não podem confiar um no outro ? - perguntou e nos encaramos. A olhei e suspirei.

- Vic, por favor, não se mete. - pedi e ela me encarou por um tempo.

- vou preparar os instrumentos. O show começa em meia hora. - ela disse eu sorri assentindo. Ela piscou pra mim e saiu.

- eu vou com ela. - Peter saiu e sorri.

- eu vou beber mais. - Suely disse e levantou. Ela se virou. - eu bebi uma cerveja, e tô quase caindo. Vocês, cada um tomaram... - ela mostrou as mãos abertas com os cinco dedos e riu. - vocês tomaram cinco... - ela contou os dedos de novo como se estivesse em duvida e riu. - dez... vocês tomaram dez garrafa de Vodca e não estão nem um pouco doidões. Vocês são tipo lobisomens em Teen Wolf que não podem ficar bêbados ? - perguntou e bufei.

- fique onde eu possa ver. Vamos pra casa assim que o show acabar. Nada de casinhos. - falei e ela riu tentando se equilibrar no proprio pé.

- claro, mãe. - murmurou e eu sorri fraco, abaixando o olhar. Ela foi pra pista de dança e eu suspirei.

- elas crescem tão rapido. - Julio disse e eu revirei os olhos.

- não fale por você. - falei e ele ri.

- bebê que tenta fazer bebê não é mais bebê. - falou e eu revirei os olhos. - e olha o que eu trouxe. - ele disse e ergueu um baralho antigo. Sorri.

- não vejo isso a séculos. Onde estava ? - perguntei e ele riu.

- levei pro Rio comigo. Mas quero que fique com você agora. - ele disse e eu peguei o barulho.

- ainda estamos de mal. - falei e ele riu.

- não é um tratado de paz - falou e eu sorri.

- o que tem demais no baralho ? - Breno perguntou e Julio o encarou. Ele se recostou no sofá e cruzou os braços como se fosse um guarda costas. Revirei os olhos.

- é um tipo de herança de familia. É o baralho do nosso avô. Ele ensinou a gente a usar. - respondi e Breno riu.

- como assim usar ? Não quis dizer jogar ? - perguntou e eu sorri.

- não, quis dizer usar. Ele ensinou a jogar todos os jogos possíveis com um baralho antigo, mas também ensinou a usar. - falei e ele me encarou confuso. Encarei o Julio e ele revirou os olhos.

- vai, conta. Eu não ligo. - falou pegando a garrafa de Vodca. Ele saiu e foi em direção a pista.

- se não poder me contar, eu não me importo. - Breno disse e eu sorri.

- fico feliz por não se importar, porque eu não contar ou mostrar. Isso é algo da minha familia, guardei segredo, prometi não contar. - falei e Breno me encarou por um tempo. Ele assentiu e eu guardei as cartas dentro de um compartimento no cinto. Outra coisa que Julio me deu; um cinto cheio de compartimentos escondidos que ele pegou na casa do meu avô.

O Idiota Do Meu PrimoOnde histórias criam vida. Descubra agora