capitulo 45

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Batidas foram ecoadas pelo recinto e eu abri os olhos um pouco zonza. Nossa, eu estou exausta. Mais batidas foram ouvidas e eu olhei ao redor, coçando os olhos. Vi o Julio se mexer um pouco e senti algo na minha coxa. Olhei pra baixo e ri.

- a culpa é sua. - Julio disse e eu ri. Beijei ele.

- eu pensei que já tinha conseguido o que queria. - falei e ele riu.

O que eu quero é você. - ouvi na minha cabeça e sorri um pouco. Ele fechou os olhos, percebendo que eu ouvi e eu sorri.

- eu adoro isso. - falei e ele revirou os olhos.

- tem alguém aí ? É a polícia. - um grito surgiu do outro lado da porta ecoando pela casa. Abri a boca incrédula e Julio me encarou confuso.

- polícia ? Será que aconteceu alguma coisa com a minha mãe ? Ou com a Sue ? - perguntei e Julio me encarou.

- ou talvez tenham me encriminado de algum crime fatal por eu ter transado com a namorada do bebê do The Street. - Julio ironizou e eu revirei os olhos.

- larga de ser babaca. - disse e dei um selinho antes de levantar.

- tá pelada, como... ?

- eu não sou tão burra. - disse e peguei um dos casacos da minha mãe do lado da porta. Coloquei ele e o fechei como se fosse um roupão muito curto. Abri a porta e policiais estavam ali. Uma viatua, dois policiais e uma velha que conhecia muito bem.

- desculpa incomodar senhorita, mas estamos aqui para averiguar uma reclamação de barulho. - ele disse tentando não olhar pra minhas pernas ou pros seios com partes expostas.

- barulho, mas...

- tinha barulho pra tudo quanto era lado. Coisas batendo, vidro quebrando, até madeira quebrando e rosnados de animais. E depois, veio os gritos e urros como se fossem animais lutando. - a velha se intrometeu e eu suspirei me encostando no batente.

- tenta ir pra um asilo. Tá começando a ouvir coisas. Talvez te internem junto com os com os fantasmas da sua cabeça. - falei e ela revirou os olhos.

- sinto muito senhorita, mas ela não foi a única a reclamar. - o policial disse e eu bufei.

- briguei com o meu primo. - respondi e o outro policial que estava parado apenas anotando por ser muito novo e aparentar estar em trenamento, olhou minhas mãos, pernas, braços e pescoço, encontrando marcas de sangue seco.

- e cadê ele agora ? - ele perguntou e eu sorri um pouco.

- Moran, por favor. - o mais velho disse e eu ri.

- ele é mais inteligente que você, se quer saber. Estava tão preocupado em desviar o olhar dos meus seios e pernas que mal percebeu que eu tô com sangue seco espalhado por todo o corpo. - falei e o mais velho me encarou assim como o mais novo. Ele percebeu as machas de sangue e levou a mão a arma no quadril.

- cadê ele ? - o mais velho repetiu e o mais novo revirou os olhos.

- se liga, ela não confessaria do nada, é uma observação. Você foi treinado mesmo, Batista ? - Moran perguntou e o mais velho o encarou furioso.

- ele tá certo. - falei e o tal Batista me encarou.

- cadê ele ? - Batista voltou a perguntar e senti braços ao redor da minha cintura.

- ele quem ? - Julio perguntou beijando meu pescoço. Me segurei pra não arfar e os policiais nos encararam com cara de tacho. Até porque ele estava só de cueca e com um volume não muito agradável de se ver.

O Idiota Do Meu PrimoOnde histórias criam vida. Descubra agora